sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dólar baixo afeta competitividade da indústria de SC

O dólar baixo tem prejudicado as exportações catarinenses. A moeda americana desvalorizada frente ao real torna os produtos do estado mais caros no competitivo mercado internacional. Dados divulgados pela Federação das Indústrias (FIESC) mostram que de janeiro a setembro, as exportações aumentaram 18,7%, para US$ 5,63 bilhões, ritmo de expansão bem inferior aos 69,8% de crescimento (para US$ 8,46 bi) registrado nas importações nesse mesmo período no ano passado. Com isso, o saldo da balança comercial do estado acumula déficit de US$ 2,82 bilhões em 2010. Além do câmbio, influenciam esse desempenho os incentivos à importação pelos portos catarinenses.
O primeiro vice-presidente da FIESC, Glauco José Côrte, afirma que o dólar baixo é um fator de perda de competitividade para as exportadoras, porque a economia mundial vem crescendo a taxas menores e isso faz com que a disputa aumente no mercado internacional. Côrte destaca que a indústria vem fazendo sua parte, com o aumento da produção de bens de valor agregado e com o corte de custos, mas defende medidas governamentais urgentes. "No curtíssimo prazo, o governo deve desonerar as exportações, que recebem uma carga tributária muito alta, e abrir espaço para a redução dos juros, a partir da contenção dos gastos públicos que são muito altos", afirmou.
No acumulado do ano, os dez principais produtos exportados pelo estado registraram crescimento. Entre eles estão blocos de cilindros e cabeçotes para motores (178,3%), motocompressores herméticos (47,2%), grãos de soja (45,4%), motores, transformadores e geradores elétricos (21,8%) e carne de frango (20,1%).
Dentre os principais destinos dos embarques do estado estão Estados Unidos, Holanda, Argentina, Japão, Alemanha e China.
De janeiro a setembro, entre os produtos importados pelo estado que mais registraram crescimento estão os insumos policloreto de vinila (368,6%), laminados de ferro e aço (267,6%), fios de algodão (228,6%), polipropileno (140,4%) e catodos de cobre (126,9%).
A China é o país de quem Santa Catarina mais importa. Na seqüência aparecem Chile, Argentina, Estados Unidos, Alemanha e Índia.
Fonte - Fiesc

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