quinta-feira, 31 de março de 2011

Desemprego mantém-se estável na maioria das regiões

A taxa de desemprego total manteve-se relativamente estável, ao passar de 10,4%, em janeiro, para os atuais 10,5%. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto passou de 7,6% para 7,7% e a de desemprego oculto (2,8%) não se alterou. A taxa de participação variou de 60,1% para 59,8%, no período em análise.
A Pesquisa de Emprego e Desemprego - PED, realizada pelo Dieese, mostra que, em fevereiro, o total de desempregados no conjunto das sete regiões onde a pesquisa é realizada foi estimado em 2.318 mil pessoas, 27 mil a mais do que no mês anterior.
Em fevereiro, o nível de ocupação reduziu-se em 0,6%. A eliminação de 123 mil postos de trabalho e a saída de 96 mil pessoas da População Economicamente Ativa resultaram no acréscimo de 27 mil pessoas ao contingente de desempregados. O total de empregados nas sete regiões investigadas foi estimado em 19.662 mil pessoas e a PEA, em 21.980 mil
O nível de ocupação diminuiu em Salvador (1,6%), Fortaleza (1,5%), Recife (0,8%) e Belo Horizonte (0,8%) e ficou relativamente estável em Porto Alegre (-0,4%), São Paulo (-0,3%) e no Distrito Federal (-0,2%).
No conjunto das regiões, o nível ocupacional reduziu-se nos Serviços (68 mil ocupações, ou 0,6%), no Comércio (65 mil, ou 2,0%) e na Construção Civil (8 mil, ou 0,6%) e permaneceu em relativa estabilidade na Indústria (8 mil ocupações a menos, ou -0,3%). Apenas no agregado Outros Setores houve crescimento do nível de ocupação (28 mil, ou 1,7%).
Rendimento
O rendimento médio da população ocupada em janeiro foi de R$ 1.382, caindo 1,7% em sete regiões metropolitanas do Brasil. Para os assalariados o nível se manteve estável (-0,1%), sendo o rendimento de R$ 1.440.
A remuneração verificada por região metropolitana indica queda do rendimento médio dos ocupados em 2,6%. Porto Alegre registrou o maior aumento percentual com os trabalhadores, passando a ganhar, na média, 1,4% a mais, chegando a R$ 1.393.
Salvador apresentou decréscimo de 2,1%, para R$ 1.089. No Distrito Federal, a queda foi de 0,8%, para R$ 2.098. Em Belo Horizonte, houve leve redução, de 0,2%, para R$ 1.361. A remuneração média dos ocupados no Recife também caiu, em 0,6%, para R$ 938.
Segundo a Seade e o Dieese, a população ocupada exclui os trabalhadores assalariados e os empregados domésticos que não tiveram remuneração no mês, além dos trabalhadores familiares sem remuneração e os trabalhadores que ganham exclusivamente em espécie ou benefício.
Portal Economia SC

Vendas crescem 10,9% no primeiro bimestre, segundo a Abimaq

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos fechou fevereiro com vendas de R$ 5,811 bilhões, mostrando um aumento de 11,8% sobre o mesmo mês de 2010. Na comparação com janeiro, houve um aumento de 12%, segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Maquinas e Equipamentos (Abimaq).
Como resultado, ainda segundo a entidade, o setor de máquinas acumulou faturamento de R$ 11 bilhões no primeiro bimestre, representando uma alta de 10,9% na comparação com o mesmo período de 2010.
As exportações brasileiras de máquinas e equipamentos atingiram US$ 895 milhões em fevereiro, o que corresponde a um avanço de 57,8% ante o mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, as importações de bens de capital mecânicos subiram 32%, para US$ 2,04 bilhões.
O levantamento da Abimaq ainda mostra que o nível de utilização da capacidade instalada no setor ficou em 80,6% no mês passado, abaixo dos 81,2% de janeiro. Já a ocupação no setor subiu 0,7% de janeiro para fevereiro, chegando a 253,4 mil pessoas empregadas.
A Abimaq está projetando um saldo negativo de US$ 30 bilhões na balança comercial do setor em 2011. No ano passado, as importações superaram as exportações em US$ 15,73 bilhões.
Valor

Confiança da indústria fica estável em março, diz FGV

Ainda assim, índice é o mais baixo desde novembro de 2009.
Nível de utilização da capacidade instalada diminuiu para 84,3%.

O índice que mede a confiança da indústria da Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou praticamente estável entre fevereiro e março, passando de 112,5 para 112,4 pontos, com ajuste sazonal. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (31).
Apesar da queda de 0,1%, essa foi a terceira redução consecutiva do índice em 2011. Dessa forma, o ICI de março é o mais baixo desde novembro de 2009 (109,6 pontos). Medido em termos de média trimestral, o indicador de 112,6 pontos registrado em março é o menor desde janeiro de 2010 (112,2).
O componente de situação atual aumentou em 0,8 %, para 113,0 pontos. O de expectativas caiu 1%, para 111,7 pontos, o menor nível desde novembro do ano passado.
O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) diminuiu, de 84,5% em fevereiro para 84,3% em março.
"Esta foi a terceira queda consecutiva do Nuci. O nível atual está igual ao do mesmo mês do ano anterior e é o mais baixo dos últimos 13 meses", afirmou a FGV em nota.
"A média do primeiro trimestre do ano supera em 0,5 ponto percentual a de igual trimestre de 2010, mas está 0,5 ponto abaixo do Nuci médio do ano passado."
Com informações da Reuters
Fonte: G1

terça-feira, 29 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Governo promete rigor técnico sobre importados, diz CNI

Segundo o presidente da instituição, governo vai exigir uma análise técnica dos itens importados, assim como cobra dos nacionais
Da Agência Estado
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, explicou hoje que a Receita Federal irá melhorar a fiscalização dos produtos importados e poderá ampliar a lista de produtos que precisam passar pelo chamado "canal vermelho". Nesse mecanismo, os produtos são checados na alfândega.
Além disso, disse Andrade, o governo vai exigir uma análise técnica dos itens importados, assim como cobra dos nacionais. Ele citou, como exemplo, produtos como aço, válvulas vendidas para a Petrobras e cabos elétricos. "O Inmetro fará uma fiscalização maior das normas técnicas dos importados", disse Andrade, ao deixar a reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), em Brasília.
O presidente da CNI disse que na reunião também foi discutida a proposta de reativação da CPMF. Ele informou que a CNI entregou uma pesquisa na qual 72% dos brasileiros repudiam a recriação do tributo. Andrade declarou que a CPMF retira a competitividade da indústria.
Segundo Andrade, também foi discutida na reunião uma proposta de desoneração da folha de pagamento dos investimentos e das exportações. O dirigente contou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou que quer rever tributação nesses itens. No entanto, ficou acertado que na reunião do GAC em abril será aprofundada a discussão sobre as medidas de defesa comercial e que apenas em maio o grupo retomará a discussão sobre a carga tributária.
Andrade contou que Mantega pediu aos empresários que tenham o cuidado de não incluir na lista de produtos que passarão por um controle maior mercadorias que não têm similar nacional ou insumos importantes para a indústria brasileira.
A CNI também entregou a Mantega um estudo mostrando que alguns Estados realizaram uma substituição tributária, transferindo a responsabilidade de recolher o ICMS para o produtor. "Isso representa aumento da carga tributária e uma redução do capital de giro das empresas", argumentou Andrade. Segundo ele, a CNI trouxe uma proposta de mudança na legislação para corrigir esse problema.
Próxima reunião
A assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda informou que a próxima reunião do Grupo de Avanço da Competitividade, em abril, será para discutir as medidas de defesa comercial. As questões tributárias, como a desoneração da folha de pagamento das empresas, será tema da reunião de maio do grupo, que se reúne uma vez por mês.
Segundo a assessoria, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não deu garantias aos empresários de que apresentará durante a reunião uma proposta de desoneração da folha.
Mais cedo, ao deixar o ministério da Fazenda, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, informou que Mantega prometeu apresentar uma proposta aos integrantes do GAC sobre a questão na próxima reunião. Segundo a assessoria do ministério, o assunto está em discussão e deve ser amadurecido.
Revista Amanhã

Acordos dão ganho real a 96% dos metalúrgicos em 2010

As negociações salariais do ano passado garantiram ganhos reais para 95,8% dos metalúrgicos no país. A categoria esteve envolvida em 71 convenções ou acordos coletivos de trabalho. Os números fazem parte do balanço dos reajustes salariais da categoria em 2010 divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Federação dos Sindicatos Metalúrgicos (FEM/CUT) e Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT).
O ano passado também pode ser considerado o melhor para a categoria, já que 100% das convenções ou acordos asseguraram ao menos a reposição das perdas causadas pela inflação.
No que diz respeito à proporção de reajustes com ganho real, 2010 fica atrás apenas de 2005 (97,1%) e 2007 (96,4%). O desempenho dos metalúrgicos ainda foi superior ao registrado por outros setores, como indústria (90,5%), comércio (95,7%) e serviços (82,8%).
O deputado estadual e presidente da CNM/CUT, Carlos Grana, avaliou que as negociações foram muito positivas para os trabalhadores. Segundo ele, o desempenho está relacionado com o momento favorável da economia brasileira e o alto nível de organização dos sindicatos ligados aos metalúrgicos. "Esse dois fatores são fundamentais nas negociações para garantir a recuperação da inflação e um aumento real", afirmou.
Grana ressaltou que há uma tendência de evolução significativa nas negociações desde 2004, quando houve um ganho real de 88,4%. Entre 2000 e 2003, o melhor resultado, por exemplo, foi 67,3%, alcançado no primeiro ano da série (2000). "O país voltou a crescer a partir de 2004 e isso foi determinante para melhorar as condições. Ao mesmo tempo, os sindicatos ficaram mais organizados", explicou.
Somando-se os reajustes negociados ao longo dos últimos três anos, conclui-se que a maior parte dos metalúrgicos garantiu valorização dos salários na faixa de 4,01 a 5% acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disso, 39,4% dos metalúrgicos acumularam ganho real superior a 7,01%. Somente 4,2% do total das negociações não recuperaram os impactos causados pela inflação no período entre 2008 e 2010.
Valor Econômico

Produto importado terá barreiras técnicas

O governo adotará barreiras técnicas para conter o ingresso de importados industrializados no país e, já nas alfândegas, exigirá dos manufaturados fabricados no exterior padronização idêntica à requerida dos similares nacionais. A medida havia sido antecipada ao Valor, no início do mês, pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que obteve o apoio do Ministério da Fazenda para o endurecimento nas regras para importados.
A investida envolverá a Receita Federal e o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) em uma ação de defesa comercial a ser oficializada nas próximas semanas. Industriais que negociam a formatação da barreira técnica com o governo não descartam a possibilidade de adoção de medidas de caráter emergencial. Embora sejam dirigidas a todas as importações, as barreiras deverão afetar, principalmente, produtos vindos da Ásia, especialmente a China, fonte de grande quantidade de mercadorias de baixa qualidade, na avaliação de técnicos do governo.
O Inmetro será autorizado a fiscalizar e cobrar especificações técnicas de produtos importados antes mesmo da entrada no país. Hoje, a fiscalização só é feita no varejo e nas fábricas instaladas em território nacional. Esse é um dos mecanismos estudados pelo governo para conter a entrada do que é considerado competição desleal com a produção nacional.
Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negociou os termos da fiscalização intensiva com representantes de 20 entidades da iniciativa privada afetados pelo maior ingresso no país dos importados manufaturados. Mantega deu prazo de duas semanas para que os industriais apresentem, para cada segmento produtivo, listas dos itens fabricados no exterior que terão que cumprir requisitos técnicos mais abrangentes para serem internalizados.
A proposta inicial do governo é idealizar a nova forma de ação da Receita e do Inmetro até a divulgação da segunda versão da Política de Desenvolvimento Produtivo, prevista para o fim do semestre. No entanto, alguns empresários pediram a adoção de medidas de caráter emergencial.
O foco são os produtos industriais asiáticos, principalmente chineses. Entre as medidas emergenciais, os industriais pedem a destinação mais rápida de recursos para o Inmetro, para que o órgão tenha condições de se preparar para uma atuação incisiva na verificação e cobrança das exigências técnicas e normativas.
O presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, disse que o câmbio valorizado reduz a capacidade de competição dos fabricantes nacionais. Ele informou que as importações de máquinas e equipamentos provenientes da China aumentaram 65% entre janeiro e fevereiro deste ano e que, no mesmo período, as aquisições de bens de capital da Coreia do Sul foram ampliadas em 80%.
"Se continuarmos nesse ritmo, o déficit do segmento na balança comercial ultrapassará US$ 30 bilhões este ano. Em 2010, o déficit foi de US$ 22 bilhões", disse. Entre os itens mais adquiridos no exterior, Aubert citou injeções de plástico, bombas e válvulas.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse que uma das medidas a serem adotadas é ampliação da lista dos itens importados industrializados que serão fiscalizados de forma mais criteriosa por parte da Receita Federal.
O Inmetro já havia programado para julho a expansão do número de itens sujeitos á fiscalização de normas técnicas, de 170 grupos de mercadorias para 257, em grande parte produtos de consumo, como eletrodomésticos, além de autopeças, carrinhos de bebê e colchões.
Valor Econômico

A indústria ameaçada

Enquanto no Brasil prossegue sonolentamente a discussão sobre a desindustrialização, em outros países, onde se verifica o declínio do setor industrial, o assunto ganha dimensões de Estado e medidas estão sendo propostas para impedir que a mesma se concretize. O Brasil ainda não ingressou na desindustrialização, encontrando-se, quando muito, na fase da estagnação industrial. Isso lembra a piada do sujeito que despencou do décimo andar e quando passava pelo quinto, alguém lhe perguntou, da sacada: tudo bem? Ao que o sujeito respondeu: até aqui, tudo muito bem.
É mais ou menos o que está acontecendo no Brasil. Por enquanto, tudo bem, mas os fatos indicam que a velocidade da desindustrialização é maior que a da industrialização. Se a queda não for interrompida, chegaremos lá. Tudo conspira contra o setor produtivo: carga tributária exorbitante, juros elevados, infraestrutura precária, legislação trabalhista ultrapassada, tudo convergindo para uma composição extremamente onerosa do custo Brasil, que desemboca em um ambiente de negócios desfavorável. Some-se a isso o câmbio e está pronta a receita para acabar com a indústria. Para que investir e produzir localmente se é mais vantajoso importar?
Segundo a Abimaq, o preço médio do quilo de um centro de usinagem exportado por fabricante brasileiro custa US$ 34, enquanto o mesmo produto importado da Alemanha custa US$ 23, e o da China apenas US$ 10. Para uma máquina de soldar sob pressão os valores do Brasil (US$ 29) são o dobro dos da Alemanha e seis vezes os da China. Dados da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), evidenciam que, em 2010, depois 32 anos, as exportações de produtos básicos superaram a de manufaturados. É ou não um claro sinal de desindustrialização?
Se, no Brasil, o diagnóstico ainda é incerto, os EUA buscam o renascimento industrial para reequilibrar a economia a partir da constatação de que os problemas do setor tem raízes profundas. Não deixa de ser instigante o fato de que os principais problemas dos EUA têm semelhança com a realidade brasileira: as empresas estão desacostumadas a vender no exterior; a falta de acordos que facilitem o comércio internacional; a força de trabalho insuficientemente capacitada e educada; e outros países estão investindo cada vez para substituir a produção americana.
Parece que estamos vendo o retrato do Brasil: é crescente o número de empresas que, por falta de competitividade causada pelo “custo Brasil”, está reduzindo e até deixando o mercado internacional, para direcionar os seus produtos apenas ao mercado interno; o Brasil tem pouquíssimos acordos comerciais, o que sujeita suas exportações às barreiras comerciais onerosas; o Brasil vive o “apagão” de trabalhadores qualificados; a importação de bens de capital vem crescendo, o que é bom para a modernização da indústria, mas é péssimo para os fabricantes locais, que não conseguem competir com os custos extremamente mais baixos de seus concorrentes internacionais.
Se lá ganham relevância os estudos para a redução dos impostos para estimular os investimentos, por aqui se volta a discutir a criação de novos tributos.
Fazer de conta que o declínio da indústria não impactará negativamente a economia é esquecer que o setor representa quase um quarto da economia brasileira: um de cada quatro trabalhadores formais está empregado na indústria, que paga 27% dos salários; é responsável por quase 70% das exportações; por um terço do investimento em pesquisa e desenvolvimento.
Para avançar em relação à sua capacidade competitiva, a indústria pede pouco: isonomia competitiva, via redução do velho custo Brasil!
Glauco Côrte | Primeiro Vice - Presidente da FIESC
Fonte: Jornal do Comércio

quarta-feira, 23 de março de 2011

Assembleia patronal dos metalúrgicos

O Sindimet (Sindicato das Empresas Metalúrgicas e de Material Elétrico de Joinville) realizará na quinta-feira, 24, a Assembléia Geral Extraordinária das empresas metalúrgicas. Na pauta da reunião está a análise das reivindicações laborais para renovação da convenção coletiva de trabalho para o período de 1º de abril de 2011 a 31 de março de 2012, a delegação de poderes de negociação à Diretoria e a constituição de comissão de negociadores para discussão e realização das convenções coletivas de trabalho.
A assembleia será na Acij, às 16 horas em primeira convocação e a segunda e última convocação, às 16h30.

Metalúrgicos buscam coalizão mundial

O presidente do sindicato americano de metalúrgicos United Auto Workers disse ontem que sua organização está criando uma coalizão mundial para garantir aos trabalhadores uma "fatia justa" dos lucros do setor.
O UAW, que se prepara para iniciar este ano novas negociações com as três grandes montadoras de Detroit, começou a cooperar com sindicatos no Brasil, na Alemanha, na Coreia do Sul e em outros países para pressionar as empresas de maneira coordenada por maiores salários e benefícios, disse seu presidente, Bob King.
No Brasil, as conversas têm envolvido a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CMN/CUT). "Creio que este ano vai surgir alguma novidade por aí", disse o secretário-geral da entidade, João Cayres.
"Estamos construindo uma solidariedade mundial muito maior", disse King. "Criar uma classe média mundial beneficia todos os trabalhadores."
Antes um dos sindicatos mais poderosos dos Estados Unidos, o UAW tem assistido à diminuição do número de filiados nos últimos anos - de cerca de 1,5 milhão nos anos 70 para 375.000 hoje - por causa de enxugamentos nas três maiores montadoras americanas, a General Motors Co., a Ford Motors Co. e a Chrysler Group LLC. O sindicato sofreu um novo revés quando foi forçado a cortar salários e benefícios nas concordatas da GM e da Chrysler, em 2009.
King foi eleito para a presidência ano passado e desde então vem direcionando o sindicato para uma coordenação mundial, na esperança de recuperar seu poder de barganha. Num discurso na convenção da entidade, ele disse que o UAW já formou uma coalizão de sindicatos de operários da Ford no mundo inteiro.
O sindicato também está em contato com os sindicatos da Itália, na esperança de atrair um grupo de representantes do sócio italiano da Chrysler, a Fiat SpA.
"Se uma empresa é sediada nos EUA, teremos uma rede em todos os países em que ela tem operações", disse. O UAW espera conseguir coordenar protestos e outras atividades com sindicatos no exterior como um meio de pressionar mais os clientes, acionistas e operações dessas empresas.
É uma mudança visceral de rumo para uma sindicato que há mais de 75 anos representou principalmente operários de apenas três empresas - todas montadoras sediadas em Detroit.
As negociações de contrato deste ano nos EUA devem aumentar a tensão entre o UAW e as montadoras americanas, e também entre as facções intrassindicais. Agora que a GM e a Ford voltaram a divulgar lucros bilionários, alguns integrantes do UAW estão pressionando as lideranças sindicais a reverter concessões salariais e de benefícios obtidas pelas montadoras pouco antes das concordatas da GM e da Chrysler.
King disse aos membros do sindicato reunidos em Detroit que a obrigação do sindicato é "conseguir nossa fatia justa do sucesso da empresa". Ele também notou que o diretor-presidente da Ford, Alan Mulally, recebeu um bônus em ações avaliado em mais de US$ 50 milhões, num momento em que os novos contratados das montadoras estão recebendo metade dos colegas veteranos.
(Colaborou Patrick Brock)
Valor Econômico

Indústria operou abaixo da capacidade instalada em fevereiro

O índice ficou abaixo do esperado devido ao recuo da demanda e à concorrência dos produtos importados.















GERAÇÃO DE EMPREGOS EM SC EM FEVEREIRO
Pos.
Cidade
Adm.
Desl.
Saldo
1
Blumenau
9.668
6.950
2.718
2
Joinville
10.485
8.582
1.903
3
Jaraguá do Sul
4.660
3.266
1.394
4
Itajaí
5.326
4.437
889
5
Chapecó
4.124
3.244
880
6
São José
5.328
4.502
826
7
Concórdia
1.481
1.017
464
8
Videira
1.328
878
450
9
Gaspar
1.588
1.171
417
10
Rio do Sul
1.907
1.493
414
Fonte: CAGED - MTE/SPPE/DES/CGET




Blumenau foi a cidade catarinense com melhor saldo na geração de empregos no mês de fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ao longo do mês, foram contratadas na cidade 9.668 pessoas, enquanto outras 6.950 foram desligadas. O saldo positivo de 2.718 novos postos de trabalho supera o resultado de Joinville, que apesar de ter registrado mais admissões (10.485), apresentou saldo de 1.903 vagas. O ranking avalia apenas municípios com mais de 30 mil habitantes.

Completam as cinco primeiras posições
Jaraguá do Sul (1.394 novas vagas de trabalho geradas), Itajaí (889) e Chapecó (880). Florianópolis aparece na última posição entre as 36 cidades catarinenses avaliadas. Em fevereiro, a Capital mais demitiu do que contratou e registrou um saldo negativo de 274 vagas. Contribuiu para o resultado o término de contratos de trabalho temporário de verão. O mesmo fenômeno atingiu Balneário Camboriú, que contabilizou menos 37 postos.
SC TEM O MELHOR FEVEREIRO DOS ÚLTIMOS NOVE ANOS

Em todo o Estado, foram criados 18.914 empregos, o melhor resultado para o mês de fevereiro de toda a série histórica elaborada pelo Caged. Em relação a 2010, o crescimento foi de cerca de 17% – 2.803 postos de trabalho a mais. A Indústria da Transformação liderou a criação de vagas, com 8.352 novos empregos. O setor de Serviços empregou 4.474 pessoas e Administração Pública contribuiu com 3.598.

No acumulado do ano, Santa Catarina já contabiliza acréscimo de 36.511 postos de trabalho. É o segundo melhor desempenho da região Sul, atrás apenas do Rio Grande do Sul (+38.372 vagas). Nos últimos dozes meses, o nível de emprego acumula crescimento de 6,58%, com a geração de 109.434 novas vagas.
Noticenter

Emprego nas médias e grandes indústrias acumula alta de 0,99%

O emprego nas médias e grandes indústrias de Santa Catarina fechou o bimestre com alta de 0,99%. Levantamento da FIESC realizado com 339 empresas mostra que no período foram geradas 2.219 novas vagas no grupo pesquisado. Em termos absolutos, os setores que mais contrataram foram máquinas e equipamentos (640 vagas), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (477) e metalurgia básica (339).

Nos últimos doze meses, as empresas ouvidas geraram 7.911 novas vagas, com destaque para máquinas e equipamentos (3 mil vagas), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1.739 vagas) e metalurgia básica (1.726 vagas). Em contrapartida, nesse mesmo período, o setor veículos automotores apontou decréscimo, com redução de 1.192 vagas.
COMPORTAMENTO DO EMPREGO EM  2011
 
Meses
Número de Empregados
 
Variação %
Início
Final
Saldo
Jan
223.624
223.669
45
0,02
Fev
223.669
225.843
2.174
0,97
No ano
223.624
225.843
2.219
0,99
Fonte: FIESC/PEI
Número de indústrias informantes: 339

sexta-feira, 18 de março de 2011

Senai vai estimular indústria a contratar menor aprendiz

O Senai de Santa Catarina pretende desenvolver ações de estímulo às indústrias para a contratação de jovens aprendizes. "A formação profissional nessa modalidade se completa com a presença do aluno nas empresas, é a forma mais adequada de oferecer uma formação plena a esses estudantes, que estão se iniciando no mercado de trabalho", afirmou o diretor de educação e tecnologia do SENAI de Santa Catarina, Antônio José Carradore, em encontro dos coordenadores da aprendizagem industrial da instituição, nesta quarta-feira, 2, em Florianópolis.
Os cursos de aprendizagem industrial atendem estudantes a partir de 14 anos até completarem 24 anos. A partir do 16º aniversário, eles podem trabalhar nas empresas em meio período - continuando a educação profissional no outro. "As empresas que contratarem um jovem aprendiz do Senai estarão contribuindo para a formação de novos profissionais e ajudando a reduzir os impactos da carência do mercado", salienta Carradore.
Segundo o diretor, o Senai está empenhado na melhoria contínua de seu processo educacional, incluindo os cursos de educação profissional. "Nas 35 unidades distribuídas pelo estado, temos 399 laboratórios didáticos e 468 salas de aula, o que demonstra a preocupação numa educação que une a teoria à prática", afirma. A instituição mantém o modelo pedagógico de Educação por Competência, fundamentado na articulação de conhecimentos, habilidades e atitudes.
A aplicação dos pilares do Programa de Educação em Movimento, criado para o desenvolvimento da qualidade na educação, servirá como plataforma para o crescimento sustentado da educação profissional. O Programa contempla o desenvolvimento de projetos de cursos, recursos didáticos, educação continuada de professores, processos didático-pedagógico, sistema de avaliação e documentos norteadores. O desenvolvimento de recursos didáticos, por exemplo, prevê a criação de materiais para acesso por tablets.
Em 2010, foi ultrapassado o número de oito mil estudantes na modalidade, 20% superior ao do ano anterior e 85% maior do que o de 2008. No encontro, os coordenadores estabeleceram a meta de oferecer uma média de, no mínimo, 700 horas aula por aluno por ano e reduzir a evasão a níveis inferiores a 10%. Isso porque, embora os cursos sejam gratuitos, o índice de abandono chega a 18%, considerado elevado pela instituição.
Novo modelo
O Senai vem desenvolvendo um novo modelo de aprendizagem industrial, que já conta com a adesão de 28 indústrias de Santa Catarina e sistematiza as atividades realizadas nas empresas. "Neste modelo, a atividade laboral complementa de maneira mais objetiva o aprendizado no curso", afirma Carradore. A sistematização da atividade prática é exatamente o diferencial em relação ao modelo previsto em lei, que exige apenas a realização do curso num período e o trabalho profissional no outro. Ao articular a atividade profissional com aprendizado, com a supervisão de professores e profissionais das empresas, os cursos também aumentam a carga horária, de 800 para 1,6 mil horas anuais.
Fiesc

Emprego nas indústrias catarinenses finaliza bimestre em alta

Os setores que mais contrataram foram máquinas, equipamentos e metalurgia básica
O emprego nas médias e grandes indústrias de Santa Catarina termina o bimestre com alta de 0,99%. O levantamento realizado pela FIESC com 339 empresas mostra que no período foram geradas 2.219 novas vagas no grupo pesquisado.
Em termos absolutos, os setores que mais contrataram foram máquinas e equipamentos (640 vagas), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (477) e metalurgia básica (339).
Nos últimos doze meses, as empresas ouvidas geraram 7.911 novas vagas, com destaque para máquinas e equipamentos (3 mil vagas), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1.739 vagas) e metalurgia básica (1.726 vagas).
Por outro lado, nesse mesmo período, o setor veículos automotores apontou diminuição, reduzindo para um númeero de 1.192 vagas.
Fiesc

quarta-feira, 16 de março de 2011

Exportação de SC tem incremento de 22,6% no 1º bimestre

As exportações catarinenses no primeiro bimestre de 2011 somaram US$ 1,14 bilhão, com incremento de 22,6% em relação ao mesmo período no ano anterior. Dados divulgados pela FIESC mostram que, nesse mesmo período, as importações cresceram num ritmo maior, totalizando US$ 2,09 bilhões, com alta de 31,8%. Com isso, o saldo da balança comercial fechou com déficit de US$ 947,2 milhões.
Para o primeiro vice-presidente da FIESC, Glauco José Côrte, em 2011 a expectativa é que o setor exportador tenha um ano melhor do que foi 2010. Ele ressalta que a economia dos países que são destino dos produtos catarinenses estão em crescimento consistente. "A cada ano após a crise, os países desenvolvidos estão crescendo um pouco mais. Em 2011 o mercado interno será menos aquecido e isso vai obrigar o setor exportador a fazer um esforço adicional para colocar no exterior os produtos que não serão consumidos no Brasil", afirmou Côrte.
No acumulado do ano em comparação com o mesmo período em 2010, entre os produtos mais exportados houve maior crescimento nas receitas com blocos de cilindros e cabeçotes para motores (67,4%), papel kraftliner (56,9%), motores, transformadores e geradores elétricos (41,8%), carne suína (40,6%) e carne de frango (37,5%).
Dos dez principais países compradores do estado, oito registraram alta, com destaque para a Argentina (54,7%), Japão (50,8%), Rússia (45,4%), África do Sul (24%) e Alemanha (20,2%).
Quanto às importações, Côrte afirma que não será mantido o mesmo ritmo de crescimento de 2010, quando Santa Catarina fechou com saldo comercial negativo de US$ 4,39 bilhões. "No ano passado, as importações cresceram porque o país também cresceu. Nesse ano, a expectativa é de crescimento do Produto Interno Bruto em torno de 4% porque o governo, com sua politica de elevação da taxa de juros, colocou um freio na economia. Isso vai fazer com que as importações caiam em relação a 2010", disse o primeiro vice-presidente da Federação.
Dos produtos mais importados pelo estado, os que registraram maior incremento nos dois primeiros meses de 2011 foram borracha natural (248,3%), cevada cervejeira (221,8%), pneus novos para ônibus, caminhões e automóveis (55,4%), policloreto de vinila (46,4%) e fios de fibras (44%).
Côrte ressalta que a indústria de Santa Catarina está preparada para o novo ciclo de crescimento da economia no país e em relação aos países mais desenvolvidos. Contudo, destacou a necessidade de investimentos pesados em inovação, tecnologia e design, que estão fazendo o diferencial para manter a competitividade do estado no exterior e no país.
Fonte: Fiesc

Contratações na indústria paulista devem crescer 3% este ano, prevê a Fiesp

As perspectivas para o emprego na indústria paulista de transformação, este ano, seguem indefinidas. Por enquanto, a única certeza é que o setor não terá um desempenho significativo na geração de postos de trabalho.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) avalia que ainda é cedo para fazer projeções para o resto do ano, sobretudo diante de um cenário macroeconômico incerto. Mesmo assim, a entidade estima que, se a indústria registrar crescimento em torno de 4% em 2011, o emprego na indústria poderá ter expansão de aproximadamente 3%.
"Não esperamos nada espetacular na criação de vagas. O desempenho neste ano provavelmente será aquém das estimativas para crescimento do país (4,5%) e da indústria (entre 3% e 4%)", disse Paulo Francini, diretor da entidade.
Segundo ele, os resultados da indústria em 2011 não podem ter como referência os anos de 2009 e 2010, porque o setor teve no ano passado uma trajetória de recuperação, após amargar perdas no ano anterior por conta da crise financeira mundial.
Além disso, Francini observa que a geração de postos de trabalho na indústria de transformação paulista vai depender do comportamento das taxas de câmbio e de juros e da maneira com que o governo federal pretende enfrentar a concorrência dos importados, especialmente dos produtos oriundos da Ásia.
Há uma expectativa que a presidente Dilma Rousseff e a equipe econômica anunciem em breve novas medidas macroprudenciais, que exigiriam esforço menor do BC para segurar a inflação.
Com os juros crescendo num ritmo menor, a autoridade monetária reduz a atratividade do país para entrada de capital especulativo, o que ajuda a conter a valorização do real. O mercado também aguarda ações de incentivo para as empresas exportadoras. "Tenho a impressão que medidas possam ser anunciadas entre março e abril. É um palpite. A orquestra está em período final de arrumação", disse Francini, referindo-se ao início do governo Dilma.
Em fevereiro, foram criados 20,5 mil postos de trabalho, aumento de 0,81% em relação a janeiro, comportamento considerado normal pela Fiesp. O avanço no mês passado foi muito similar ao registrado em anos anteriores nos mesmos períodos, com exceção de 2009 e 2010, que tiveram impacto da crise global. No acumulado do ano, o emprego apresenta alta de 1,36%, com 34,5 mil vagas geradas. Dentre os 22 setores analisados em fevereiro, 16 contrataram, três ficaram estáveis e três demitiram.
Os segmentos com maior destaque no mês passado foram fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,5%) e alimentos (2,9%). Os que mais demitiram foram metalurgia (-1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-0,2%).
Valor Econômico

Siemens planeja produzir em SC

A Siemens planeja iniciar a produção de equipamentos médicos na cidade de Joinville, em Santa Catarina. Segundo fontes próximas ao assunto, a multinacional está em negociações com o governo do Estado.
Hoje, a empresa tem, na cidade, uma unidade de distribuição de equipamentos para exames laboratoriais e de diagnóstico em imagem no Industrial Perini Business Park, que tem uma área de 1,8 mil metros quadrados.
Além desse centro de distribuição - que opera há dois anos - a subsidiária brasileira também tem uma fábrica em Minas Gerias, que produz cerca de 750 equipamentos de Raio X por ano.
O governo do Estado confirma as conversações, mas enfatiza que nenhuma decisão foi tomada. Segundo o secretário adjunto da Secretaria da Fazenda, Almir Gorges, o Estado oferece vantagens fiscais para atrair as empresas, como a desoneração do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na construção, diferimento do ICMS na compra de matéria-prima dentro do Estado e a ampliação de prazos de recolhimento do imposto. Esse, na opinião de Gorges, não seriam os principais fatores de atração das companhias.
"As vantagens fiscais são as mesmas que se dá em qualquer Estado", disse o secretário adjunto. Na sua opinião, a situação geográfica de Santa Catarina, próxima aos parceiros do Mercosul, e a infraestrutura, principalmente a portuária, são os fatores que apoiariam a atuação de empresas como a Siemens.
Nos últimos anos, os investimentos das multinacionais na área de saúde têm crescido no país. No ano passado, a americana General Electric (GE) inaugurou em Contagem (MG) sua primeira fábrica do segmento na América do Sul. Os investimentos previstos nessa unidade somam US$ 50 milhões e devem ser desembolsados ao longo de dez anos. Em 2011, a empresa vai focar na produção de equipamentos de diagnóstico por imagem, como Raio X, mamografia e tomografia.
A Phillips é outro importante ator deste mercado. A empresa investiu R$ 350 milhões nos últimos três anos em suas duas fábricas da área de saúde. Em Manaus, a empresa produz equipamentos para monitoramento de pacientes (além dos eletroeletrônicos), com uma capacidade de 6 mil peças por ano. Em Lagoa Santa (MG), a companhia produz equipamentos de diagnóstico por imagem.
A área de healthcare é um dos segmentos que mais cresce dentro das operações globais da Siemens, representando aproximadamente 20% do faturamento de € 76 bilhões no ano fiscal de 2010. Procurada, a empresa não se pronunciou sobre o assunto.
Valor Econômico

Receita tenta barrar produto importado subfaturado

Produtos terão que passar pelo chamado Canal Cinza, o mecanismo mais demorado de liberação da mercadoria na alfândega
Da Agência Estado
A Receita Federal vai dificultar a importação de alguns produtos que estão entrando no país com valores subfaturados. A lista de mercadorias está sendo fechada e deve ser anunciada em breve. As importações destes produtos terão que passar pelo chamado Canal Cinza, o mecanismo mais demorado de liberação da mercadoria na alfândega.
O Fisco também irá estabelecer uma tabela com valores mínimos para fins de cobrança do imposto de importação. Este instrumento é conhecido como valoração aduaneira e serve para trazer os valores dos importados subfaturados a preço de mercado. Com isso, o governo elimina a concorrência desleal com produtos de fabricação nacional.
A medida faz parte de um conjunto de ações que o Fisco prepara para combater fraudes no comércio exterior e promover a defesa da indústria nacional, que perdeu competitividade com a valorização do real frente ao dólar. O subsecretário de Aduana da Receita, Fausto Vieira Coutinho, disse que o órgão vai focar no combate ao subfaturamento, nas declarações falsas de certificados de origem e de classificação dos produtos importados.
"Para alguns setores vamos anunciar um monitoramento mais acirrado", antecipou Coutinho. Ele contou que as medidas já surtiram efeito sobre o preço de 16 tipos de perfis e laminados de aço, que estão no Canal Cinza e sob o regime de valoração aduaneira desde outubro de 2010. "Vamos expandir para outras especificações fiscais."
Coutinho explicou que os dois mecanismos poderão ser usados para um setor ou para alguns produtos. As importações de bens de capital não estão neste primeiro rol de produtos, mas podem ser incluídas caso denúncias de subfaturamento sejam confirmadas.
Revista Amanhã

Produção industrial terá um ritmo mais modesto de crescimento em 2011

A produção industrial terá um ritmo mais modesto de crescimento em 2011 do que o observado em 2009 e na primeira metade de 2010. O faturamento da indústria, a massa salarial e o rendimento médio real do trabalhador do setor caíram conforme revela a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta segunda-feira, (14) Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A análise feita pelo gerente executivo de Políticas Econômicas da CNI, Flávio Castelo Branco indica que o aumento das taxas de juros, as oscilações da economia mundial, a restrição de crédito e a questão do câmbio irão desacelerar o ritmo da economia. Ele acredita que "a origem das pressões inflacionárias recentes estão nos preços internacionais ou no setor de serviços e não no setor industrial".
Janeiro
O faturamento real recuou 1,3% em janeiro sobre dezembro, sem influências sazonais, no segundo mês consecutivo de queda. Em dezembro do ano passado, houve declínio de 0,2% no faturamento ante novembro. O indicador cresceu 7,9% sobre janeiro de 2010, superando a casa dos 20% em oito dos 19 setores da indústria de transformação pesquisados. Os destaques foram de outros equipamentos de transporte, material eletrônico e comunicação, couros e calçados, edição e impressão, e produtos de metal.
Para 2011, a CNI estima crescimento menor para o setor industrial este ano em relação ao desempenho do ano passado. "O ambiente de crescimento apresentado em 2010 não deve dominar este ano. Os números a partir do segundo semestre devem ser menores", analisou Castelo Branco.
Massa Salarial
A massa salarial real declinou 15%. Em relação a janeiro de 2010, porém, a massa salarial se expandiu 4%, influenciada pelo aumento do emprego em quase todo o ano passado.
Um dos motivos da queda da massa salarial, segundo a CNI, foi o recuo de 14,9% no rendimento médio real do trabalhador em janeiro comparativamente a dezembro de 2010. Assim como a massa salarial, o rendimento médio real não tem ajuste sazonal. O decréscimo desse índice é explicado pelos pagamentos extras de final de ano, como o 13º salário, que alteram a base de comparação. Em relação a janeiro de 2010, o rendimento caiu 0,9%.
Apesar da queda desses índices, as horas trabalhadas, o emprego e a utilização da capacidade instalada (UCI) registraram variações positivas entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011. O índice dessazonalidado das horas trabalhadas cresceu 0,6% e foi de 0,2% o crescimento do emprego. Os dois índices registraram altas de 3,7% e 4,8%, respectivamente, na comparação com janeiro de 2010.
A UCI atingiu 82,6% em janeiro, contra 82,4% em dezembro sem influências sazonais. Essa ligeira alta recupera a perda registrada em dezembro passado. Em relação a janeiro de 2010, a UCI cresceu 1,4 ponto, informou a CNI.
Portal Economia SC

segunda-feira, 14 de março de 2011

IBGE: emprego industrial recua 0,1% em janeiro

Segundo o instituto, número reflete menor dinamismo da produção industrial desde o segundo semestre do ano passado
O emprego na indústria recuou 0,1% em janeiro de 2011 ante dezembro do ano passado, na série livre de influências sazonais, segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, o instituto anunciou os resultados da Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário (Pimes) de janeiro. Em dezembro, o emprego industrial mostrou taxa negativa idêntica, também de 0,1% em relação a novembro.
Para o IBGE, o desempenho de janeiro mostra um quadro de estabilidade no emprego industrial. Isso reflete o menor dinamismo da produção industrial observado a partir do segundo trimestre do ano passado. De acordo com o IBGE, na comparação com janeiro de 2010, o emprego industrial cresceu 2,7% em janeiro deste ano. A ocupação na indústria acumula alta de 3,7% nos 12 meses encerrados em janeiro deste ano.
Regiões
O emprego industrial em janeiro deste ano avançou nas 14 áreas pesquisadas pelo IBGE, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo informou o instituto, os destaques de aumento no emprego industrial, neste período de comparação, ficaram com as taxas positivas registradas em São Paulo (2,0%), Minas Gerais (4,2%), região Norte e Centro-Oeste (4,4%) e região Nordeste (2,1%).
Na avaliação por setores, o IBGE informou que o emprego industrial avançou em 12 dos 18 ramos pesquisados em janeiro ante o mesmo mês do ano passado. Os destaques positivos na ocupação da indústria no período foram registrados nas atividades de meios de transporte (8,2%), produtos de metal (8,9%), máquinas e equipamentos (7,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,6%) e metalurgia básica (9,0%). Entre as quedas no emprego industrial detectadas pelo IBGE no mesmo período, os destaques negativos foram registrados em papel e gráfica (baixa de 8,1%) e vestuário (queda de 2,8%).
Revista Amanhã