sexta-feira, 30 de abril de 2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Montadoras da China se preparam para invadir o Brasil

A lista de automóveis chineses no mercado brasileiro está crescendo quase no mesmo ritmo do mercado interno de carros da própria China. Em 12 meses, sete montadoras terão carros à venda no país.
Esta estimativa inclui ainda aquelas que já estão no mercado brasileiro e as que anunciaram o início das operações para breve.
Diante da agenda agitada desses lançamentos, o salão do automóvel de Pequim, que será aberto ao público na próxima segunda-feira (26), tornou-se uma vitrine para marcas chinesas serem vistas por importadores brasileiros.
A feira mostra quase mil modelos e cerca de 20 lançamentos, sendo a maioria voltada ao mercado interno chinês. Alguns dos carros sequer recebem nomes em caracteres ocidentais.
Apesar da maior atenção à China, o evento é visto como oportunidade para a apresentação dos novos veículos que desembarcam no Brasil até 2011, principalmente entre os carros de passeio.
Há na feira veículos comerciais que devem chegar ao país nos próximos meses, como novas versões da linha de minivans comerciais Towner. Depois de entrar no país com mais força nos carros comerciais, em especial as vans, os principais lançamentos virão nos veículos de passageiros.
O salão de Pequim mostra sete carros de passeio que estão para desembarcar no Brasil: quatro modelos da JAC que começam a ser vendidos no primeiro trimestre de 2011, uma réplica não autorizada do BMW Mini da Lifan, e três carros da Great Wall, sendo uma SUV, uma picape e uma minivan similar ao Kia Soul.
Desafios
Apesar da rápida expansão no portfólio de carros de passeio chineses no Brasil, tudo indica que o processo de aceitação nesta categoria é mais complexo do que nos veículos de trabalho.
O padrão de acabamento de muitos desses veículos chineses está bem abaixo do limite que o consumidor brasileiro está acostumado. Entre os estandes de fabricantes locais no salão, é comum ver veículos equipados com itens como airbags, ar condicionado e câmbio automático mas que, ao mesmo tempo, pecam pelo mau acabamento nas soldas, costuras dos bancos, e painel.
Em uma análise menos minuciosa, é fácil perceber que mesmo grandes montadoras chinesas como a BYD - a maior de capital 100% chinês - ou a JAC ainda insistem nos carros com design copiado de modelos estrangeiros. Isso restringe as opções de exportação, já que os importadores temem ser impedidos de comercializar esses carros por ações de propriedade intelectual.
As opções que os importadores brasileiros parecem procurar para superar esses problemas estão na tropicalização dos veículos ou no preço ultracompetitivo.
Indústria madura
Um terceiro caminho seria esperar o amadurecimento das montadoras chinesas. "Enquanto os japoneses levaram 30 anos para produzir bons carros e os coreanos gastaram 15, os chineses vão levar sete", analisa Sérgio Habib, ex-presidente da PSA Peugeot-Citroën no Brasil, que vai importar os carros da JAC.
Com uma meta ambiciosa de vender 36 mil carros em 2011, quando lançará a JAC no país, Habib conseguiu negociar diversas alterações nos modelos exclusivamente para o mercado brasileiro.
A montadora vai trocar o motor 1.5 do sedã médio J5 por um 2.0, por exemplo. O interior dos carros também está sendo redesenhado em um estúdio de design da JAC em Milão, na Itália.
Já os carros da Great Wall estão sendo importados pela CN Auto, a mesma que traz as vans das montadoras Jinbei e Hafei com as marcas Topic e Towner, respectivamente.
A expansão da brasileira que só importa veículos comerciais para os carros de passeio chineses é uma amostra do que está acontecendo no mercado.
A CN Auto também estuda importar carros de passeio da Brilliance, que é do mesmo grupo da Jinbei, e da Chana, que se fundiu com a Hafei no grupo Changhe.
"Estudamos o mercado com a CN Auto e podemos ter carros Brilliance no Brasil dentro de dois anos", diz o vice diretor geral da área de exportação da Brilliance, Shaodong Jia.
Fonte: CN

Tupy irá investir R$ 420 milhões até 2011

A Tupy S.A., uma das maiores fundições da América Latina e uma das cinco maiores do mundo, prevê investimentos de R$ 420 milhões até 2011.
A estratégia da empresa é aumentar a capacidade produtiva em 100 mil toneladas, além de agregar valor aos produtos fabricados, por meio da ampliação dos serviços de usinagem. Estas medidas também têm a função de alavancar o mercado da Tupy que foi severamente afetada em função da crise econômica no setor automotivo no ano passado.
A receita bruta da Tupy chegou a R$ 1,448 bilhão em 2009, enquanto em 2008 o valor foi de R$ 2,016 bilhões.
A Tupy, que tem capacidade para transformar até 500 mil toneladas de ferro ao ano, desenvolve e fabrica componentes estruturais de sustentação, segurança e propulsão de veículos, braços de suspensão, carcaças de direção, entre outros. Além de conexões de ferro maleável para tubulações condutoras de líquidos, gases e vapores e perfis contínuos de ferro para usos industriais diversos.
Atualmente a Tupy exporta 40% do que produz para EUA, México, Itália, Inglaterra e Alemanha.

Fonte: Infomet

FIESC define industriais que receberão a Ordem do Mérito

A Federação das Indústrias (FIESC) anunciou no dia 23 de Abril, os nomes dos industriais que receberão a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina e dos sindicatos de indústria (veja a lista abaixo) que serão agraciados com o Mérito Sindical. Os empresários homenageados são: Carlos Odebrecht, da Karsten, Ovandi Rosenstock, da Schulz, Santos Longaretti, da Calças Calcutá Indústria e Comércio e Vilson Hermes, do Grupo Dass. A solenidade de entrega das comendas será no dia 21 de maio, durante evento em que se iniciarão as comemorações dos 60 anos da FIESC.
A Comenda da Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, criada em 2000, reconhece as contribuições dos industriais ao desenvolvimento da indústria catarinense. O Mérito Sindical é conferido aos sindicatos que cooperam para o fortalecimento da representatividade empresarial catarinense e que permanecem filiados por um longo período.
No dia 21 de maio, a FIESC também vai apresentar a agenda Desenvolvimento SC: Uma Visão da Indústria, documento elaborado a partir de ampla consulta da FIESC às bases industriais catarinenses, que reúne propostas do setor para o desenvolvimento do estado. A agenda será apresentada aos candidatos nas eleições 2010. A programação prevê ainda o lançamento do livro FIESC 60 anos, publicação que conta a história da FIESC e o desenvolvimento da indústria do estado, além do lançamento da mostra itinerante da indústria catarinense.
fonte:
Site Fiesc

terça-feira, 27 de abril de 2010

Atividade da indústria paulista sobe e bate recorde no trimestre

A atividade da indústria subiu 2,8% em março em São Paulo no comparativo com o mês anterior, na série com ajuste sazonal, segundo os dados divulgados nesta terça-feira pela Fiesp (federação das indústrias do Estado) e pelo Ciesp (centro das indústrias). Já na série sem ajuste, o INA cresceu 18%, melhor resultado em seis anos (em 2004 fora de 22,1%).
No confronto com março do ano passado, que teve o desempenho afetado pelo agravamento da crise internacional, o indicador apresentou alta de 20,7%.
No acumulado do primeiro trimestre, houve expansão de 18,2%, o melhor desempenho para um primeiro trimestre da série histórica, iniciada em junho de 2001.
Nos últimos 12 meses, o nível de atividade ainda apresenta queda, de 1,1%.
As entidades revisaram o indicador de fevereiro, de alta de 1,1% para 1,0%, na comparação com janeiro, nos dados com ajuste sazonal. Sem ajuste, a variação passou de acréscimo de 0,4% para 2,9%.
O nível de utilização da capacidade instalada, que mensura o uso de máquinas e equipamentos nas indústrias, ficou em 81,3% no mês passado, ante 76,4% registrado em fevereiro e 77,6% contabilizado no mesmo mês de 2009, considerando os dados sem ajuste sazonal.
O levantamento mostrou ainda que o total de salários pagos em março, já descontada a inflação do período, teve alta de 0,7% ante fevereiro e de 7,3% no confronto com igual intervalo no ano passado.
Já as horas trabalhadas na produção subiram 1,2% e 9,0%, respectivamente, enquanto as vendas reais da indústria tiveram elevação de 4,9% no comparativo com o mês anterior e 13,6% ante março do ano passado.
Sensor
O indicador que aponta a percepção dos empresários sobre as perspectivas da economia, mensurado pelo Sensor Fiesp, mostrou piora neste mês. O índice atingiu 55,9 pontos, ante 57,7 pontos verificados em fevereiro. O sensor varia entre 0 e 100 pontos e números acima de 50 indicam otimismo.
Entre os itens que formam o índice, o que teve a maior pontuação foi mercado, com 61,9 pontos, seguido por investimentos (59,4), emprego (53,1), estoque (52,9) e vendas (52,0).
Folha Online

Demanda por infraestrutura volta ao pré-crise

Mesmo nas áreas ligadas ao comércio exterior, cuja retomada se mostrou mais lenta, os números estão próximos de romper a barreira de setembro de 2008
O alívio provocado pela crise internacional no setor de infraestrutura praticamente já é parte do passado. Em alguns setores, como aeroportos, estradas e energia elétrica, a demanda tem sido tão forte que os indicadores superam os níveis pré-crise, mostra levantamento feito pela Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Mesmo nas áreas ligadas ao comércio exterior, cuja retomada se mostrou mais lenta, os números estão próximos de romper a barreira de setembro de 2008, como é o caso do transporte ferroviário e portuário, além do gás natural. Na prática, a recuperação dos indicadores significa a volta dos gargalos da infraestrutura, que atormentam tanto a vida das empresas como do cidadão brasileiro.
"O avanço forte da demanda pelos serviços de infraestrutura vai exigir um esforço maior de investimento no setor, seja do governo ou da iniciativa privada", destaca o presidente da Abdib, Paulo Godoy. Até então, a associação havia detectado uma necessidade de ampliar em 10% o volume de investimentos no setor (que em 2009 deve ter ficado em R$ 100 bilhões), atingindo R$ 160 bilhões por ano em 2014. Mas, com o ritmo acelerado do consumo, esse cronograma terá de ser revisto, alerta Godoy. "As ações estão sendo tomadas, mas tudo demora muito. A demanda cresce mais que a oferta." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Revista Amanhã

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sindicato Patronal aguarda retorno de proposta apresentada ao Sindicato dos Trabalhadores

Na segunda-feira, 26 de abril, o Sindimet (Sindicato das Empresas Metalúrgicas e de Material Elétrico de Joinville) apresentou a proposta de reajuste para a categoria durante a reunião de mediação da negociação coletiva, realizada na Gerência Regional do Trabalho. O Sindicato Patronal propôs reajuste de 6% sobre o salário de 31 de março e piso salarial unificado de R$ 682,00 a partir de 1º de abril.

A Comissão de Negociação do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos deverá decidir se irá submeter a proposta, ou não, à assembléia geral da categoria. A expectativa é que esta resposta seja dada até esta quarta, 28 de abril, data limite da prorrogação da data-base.

A proposta apresentada pelas empresas metalúrgicas é semelhante a que já foi aceita por quatro categorias de trabalhadores de Joinville que também têm data-base em 1º de abril: plásticos, mecânicos, térmicos e reparadores de veículos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vale fecha acordos com todos os seus clientes

Até as grandes siderúrgicas da Europa e da China aceitaram o aumento de cerca de 100% para todo minério comprado por desde o primeiro dia de abril
Depois de muita briga, a Vale concluiu a negociação para reajuste do preço do minério de ferro com todos os clientes, dentro e fora do Brasil. Mesmo as grandes siderúrgicas da Europa e da China, que acusaram a mineradora de abuso de poder econômico, aceitaram o aumento de cerca de 100% para todo minério comprado por elas desde o primeiro dia de abril. E, a partir de agora, esses preços serão revisados a cada três meses.
"O primeiro realinhamento, em 1.º de julho, já será automático", afirma José Carlos Martins, diretor executivo da Vale. As revisões trimestrais serão definidas pela média dos preços dos três meses anteriores, no mercado à vista. Mas a mineradora e seus clientes acertaram a criação de uma banda de flutuação de 5% para o preço. Se, ao final dos três meses, a cotação do minério subir ou diminuir dentro dessa banda, o preço não muda.
Segundo fontes do mercado, a Vale estaria cobrando de US$ 110 a US$ 115 por tonelada de minério de ferro, enquanto o preço no mercado à vista está na casa dos US$ 180. A próxima média, portanto, tende a ser maior. Martins não confirma os preços cobrados pela Vale, mas admite que eles poderão subir. "Vai depender da média até lá, mas os valores do mercado à vista estão sinalizando uma tendência de alta. Quando a cotação no mercado à vista baixar, nossos preços baixam junto." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Site REvista Amanhã

Superado pela Índia, Brasil é 10º maior produtor industrial do mundo

O Brasil perde o posto de nono maior parque industrial do mundo. Dados divulgados pela ONU apontam que a Índia superou o Brasil em 2009 e o País caiu para a décima posição. No topo do ranking, a China supera pela primeira vez o Japão para se tornar o agora o segundo maior produtor de bens manufaturados do mundo.
A liderança é ainda dos Estados Unidos. Mas a economia americana está cada vez mais ameaçada nessa posição. No ano 2000, os americanos representam 26,6% da produção industrial do mundo, o ponto mais alto em 40 anos. Em outras palavras, a cada quatro produtos fabricados no planeta, um vinha dos Estados Unidos. Em 2000, o Japão era o segundo maior produtor. A China vinha apenas na quarta, com apenas 6,6¨da produção mundial.
A ONU não divulgou ainda os números absolutos da produção industrial no mundo em 2009 e o percentual é uma estimativa da participação de cada país. Mas, em 2007, o valor total da produção havia atingido US$ 6,7 trilhões. No ano seguinte, o valor chegou a US$ 6,81 trilhões. Em 2009, a produção industrial no mundo teria perdido 10% de suas atividades, segundo os dados da ONU.
"Mas a realidade é que o mapa mundial da produção industrial está em plena transformação", afirmou Shyam Upadhyaya, diretor de estatísticas da Organização de Desenvolvimento Industrial da ONU. A participação americana começou a cair a partir de 2000 e essa tendência se acelerou diante da crise em 2009. Hoje, 18,9% da produção industrial mundial ocorre nos Estados Unidos.
Em dez anos, a China dobrou sua produção e já tem 15,6% da fabricação de manufaturas no planeta, contra 15,4% do Japão.
Alemanha, Reino Unido, França e Itália também estão em franca queda. Em 2000, os alemãos eram os terceiros maiores produtores, com 6,8% do mercado. Hoje, contam com 6,3%. Os ingleses cairam na quinta posição para a oitava posição.
Brasil
No caso da produção industrial brasileira, a ONU indica que no início da década o País representava 1,66% da manufatura mundial. Espanha, México e Canadá superavam o Brasil naquele momento e o País ocupava a 12ª posição. A partir de 2006, o País ganhou posições, chegando a ser o nono maior produtor de manufaturados e chegando a 1,89% da produção mundial.
Mas, em 2009, a crise atingiu de forma mais importante o Brasil que outros países emergentes. O resultado foi que a Índia conseguiu avançar de forma mais rápida e superou o Brasil no ranking. A Índia dobrou sua participação no mercado mundial em dez anos, subindo de 1,1% em 2000 para quase 2% no ano passado.
Em termos de regiões, a Ásia já se transformou na planta industrial do mundo, produzindo 44% de toda a fabricação do planeta. A Europa conta com 27%, contra 20,5% na América do Norte. A América Latina corresponde a apenas 6,1% da produção mundial, contra um insignificante 1,6% da África.
Os países emergentes hoje produzem 44% das manufaturas do planeta, contra 66% nos países ricos. Mas o Brasil vem perdendo espaço. O País representava 10% de toda a produção industrial das economias em desenvolvimento em 1995. Dez anos depois, caiu para 7,2%.
O Estadão

Versão do Sindicato dos Metalúrgicos - postado no blog

terça-feira, 20 de abril de 2010
REUNIÃO NA SUPERINTENDENCIA DO MINISTERIO DO TRABALHO SERÁ DIA 26 SEGUNDA FEIRA
em função do impasse nas negociações,que depois de 45 dias de negociação o patrão não apresentou números de reposição salarial, as negociações foram encerradas no dia 19.
A reunião na Superintendência do Ministério do Trabalho dia 26 (Segunda Feira) será apenas para dar os encaminhamentos Jurídicos necessários. Cabe agora aos trabalhadores definirem os rumos que serão tomados dentro da fábrica aceitando ou não esta situação de não haver aumento real de salarios mesmo com todo o lucro obtido pelas grandes empresas e pelo ritmo acelerado de produção, com excesso de horas extras.
Com relação ao excesso de horas extras o sindicato estará solicitando ao Ministério do Trabalho diligência nas empresas para verificar as denuncias de que estas não estariam respeitando o intervalo de intrajornada que é de no minímo de 11 horas.
Postado por Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville às 16:42 2 comentários

terça-feira, 20 de abril de 2010

Sindimet apresenta proposta de piso salarial único para metalúrgicos

O Sindimet (Sindicato das Empresas Metalúrgicas e de Material Elétrico de Joinville), por meio da Comissão Negociadora Patronal, começou no dia primeiro de abril as negociações com o sindicato laboral para definir o reajuste da categoria para 2010. Na reunião realizada ontem, dia 19, a comissão patronal concordou com o estabelecimento de piso salarial único no valor de R$ 682,00, superior ao piso salarial estadual que é de R$ 679,00. O Sindimet considerou o tratamento que vem sendo dado ao assunto pelo Ministério Público do Trabalho e pela própria Justiça do Trabalho, a prática que vem sendo adotada em Santa Catarina após a promulgação do Piso Salarial Estadual e também manteve contato com as empresas associadas para concordar com o estabelecimento do piso único.
A definição do piso único era o ponto básico, acordado entre as duas comissões em reuniões anteriores, para avançar nas negociações referentes ao reajuste salarial. O Sindicato Laboral não se manifestou sobre a proposta patronal e solicitou o encerramento da reunião, dizendo que irá pedir a mediação do Ministério do Trabalho e Emprego para dar continuidade às negociações. A Comissão Patronal lembrou, então, o acordo feito no início das negociações que, “para avançar na negociação do reajuste salarial precisaríamos chegar a consenso na questão do piso salarial”, esclarece Mário Brehm, diretor executivo do Sindimet.

Emprego nas médias e grandes indústrias de SC tem alta de 1%

O emprego nas médias e grandes indústrias de Santa Catarina registrou alta de 1,1% em março. O dado representa a abertura de 2.470 novas vagas no grupo de 343 empresas pesquisadas pela Federação das Indústrias (FIESC). O desempenho positivo foi influenciado principalmente pelos setores máquinas e equipamentos, máquinas aparelhos e materiais elétricos e metalurgia básica. Segundo as indústrias, as novas contratações ocorreram por causa do aquecimento das vendas.
No primeiro trimestre, foram criadas 4.850 novas vagas. Em termos percentuais, dos 19 setores pesquisados, 16 registraram novas contratações, com destaque para vagas, com destaque para couros e artigos de viagem (11%), produtos de metal (8,6%), máquinas e equipamentos (7,1%), metalurgia básica (6,3%), produtos químicos (6,2%), produtos de madeira (5,3%) e material eletrônico aparelhos e equipamentos de comunicação (5,3%). Os setores que fecharam postos de trabalho foram veículos automotores (-10,9%), outros equipamentos de transporte (-1,7%) e produtos alimentícios e bebidas (-0,5%).
Neste mesmo período de comparação, em termos absolutos, as atividades industriais que mais contrataram foram máquinas e equipamentos (1.651), metalurgia básica (710), produtos de madeira (584), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (569), produtos têxteis (465), produtos cerâmicos (449) e artigos de borracha e plástico (363).
fonte - Fiesc

Consumo de aço deve crescer 10,7% em 2010

SÃO PAULO - O consumo mundial de aço vai crescer 10,7% neste ano, atingindo 1,24 bilhão de toneladas, contrastando com a queda de 6,7% do ano passado, que foi imposta pela depressão econômica mundial. A previsão faz parte de levantamento da World Steel Association (WSA) divulgado hoje em Viena, na Áustria. Com essas projeções, aponta, a demanda mundial em 2010 já vai supera os níveis pré-crise, ficando similar à de 2007.
Para 2011, conforme a WSA, a estimativa é de que o consumo global de aço irá crescer 5,3%, alcançando um volume histórico - 1,3 milhão de toneladas. A resiliência das economias emergentes, explica a entidade, com destaque para a China, tem sido o fator crítico que permite a recuperação da demanda mundial de aço mais cedo do que se esperava.
Conforme o Comitê de Economia da WSA, que se reuniu em Pequim, China, em março, suas deliberações ocorreram antes do impacto do aumento dos preços das matérias-primas. E o risco de uma maior volatilidade dos preços das matérias-primas continua a ser uma grande preocupação para a indústria do aço e seus clientes.
Daniel Novegil, presidente da Comissão de Economia da entidade, comentou que"o quadro geral é a melhoria na previsão em relação ao cenário visto em outubro". Afirmou que"a indústria siderúrgica mundial agora parece estar firmemente fixada no caminho da recuperação. As economias emergentes, mantido o crescimento positivo em meio à crise, continuarão a registrar forte crescimento, impulsionando a demanda mundial de aço".
Novegil observa, no entanto, que a recuperação vista nas principais economias desenvolvidas - Europa, Estados Unidos e Japão - é mais lenta e a demanda projetada por aço para esses mercados, em 2011, está bem abaixo do nível de 2007. Ele lembra que a recuperação, como um todo, foi impulsionada, em grande parte, pelos pacotes de estímulo governamentais e recomposição de estoques. Para Novegil, a preocupação real será como o pós-crise vai lidar com políticas macroeconômicas de equilíbrio fiscal e pressões inflacionárias.
No consumo aparente de aço na China em 2010 é esperado aumento de 6,7%, para 580 milhões de toneladas, sobre impressionante alta de 24,8% no ano passado. Em 2011, a taxa de crescimento cairá para 2,8%, levando o montante consumido a 595 milhões de toneladas. No próximo ano, a China será responsável por 45,5% do consumo mundial de aço, ante 48,4% em 2009.
Na América do Norte, depois de queda de 41,6% no consumo americano em 2009, com recuperação da economia dos Estados Unidos, a previsão é de alta de 26,5% neste ano e 7,5% em 2011. Com isso, o nível de demanda retornará a 1991, com 80 milhões de toneladas. Na região, é esperado em 2011 que o consumo volte ao patamar de 1993.
Para a União Europeia, a previsão da WSA é de aumento de 13,7% em 2010 na demanda por aço, com recomposição de estoques e leve retomada da demanda real. Para o próximo ano, demanda real irá conduzir a recuperação, como expansão do consumo aparente beirando 8%. Com isso, voltaria ao nível de 1997.
No Japão, que sofreu retração de 31,7% no ano da crise, a utilização de aço subirá 10,3%, mas em 2011, a demanda deverá estagnar, com menos 0,2% de crescimento. Isso terá como fator o enfraquecimento de seus principais setores demandantes. Tal cenário vai levar o consumo do país, em 2011, a 58,6 milhões de toneladas, similar ao de 1983.
Em palestra na semana passada em São Paulo, Lakshmi Mittal, principal acionista, chairman e presidente executivo do grupo ArcelorMittal, mostrou cautela quanto à recuperação global do consumo de aço. Segundo ele, as economias desenvolvidas - Estados Unidos e Europa - só vão mesmo mostrar recuperação consistente daqui a dois ou três anos. Onde ele enxerga oportunidades é nos países emergentes, com destaque para Brasil e Índia, além da China, que mantém seu ritmo econômico acelerado.
Fonte - Valor Econômico

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mão de obra pressiona custo das empresas

Fábio Romão: alta nos salários dos novos admitidos se deve principalmente à recuperação da mão de obra na indústria
Os salários estão em alta e a demanda por mão de obra não para de crescer. A rotatividade no mercado de trabalho, tradicional instrumento de redução de custos com funcionários de salários mais altos, perde eficácia. Graças à intensa procura por trabalhadores, os salários estão subindo para níveis cada vez mais elevados. Os contratados com carteira assinada em fevereiro receberam o equivalente a 97% do salário dos demitidos - o segundo maior nível da década, inferior apenas aos 98% atingidos em janeiro de 2008, segundo estudo da LCA Consultores.
Com o aumento da demanda dos empresários por mão de obra para ampliar a produção e os negócios, os sindicatos ganham musculatura e fortalecem seu poder de barganha nas empresas, diz o economista Fábio Romão, da LCA. Em momentos de aquecimento do mercado de trabalho, estreita-se a diferença entre os salários dos demitidos e contratados, como agora. A melhora ocorreu especialmente a partir do segundo semestre do ano passado. Em junho de 2009, num momento em que o mercado de trabalho ainda patinava, a remuneração dos admitidos caiu a 86% do valor da que era obtida pelos desligados.
Para Romão, a alta na remuneração se deve principalmente a um movimento rápido de recomposição da mão de obra na indústria, que paga salários mais elevados que os outros setores. Ele acredita que a indústria pode zerar os postos de trabalho perdidos na crise agora em abril, gerando saldo líquido superior a 90 mil vagas. Em março, a indústria criou 75,5 mil empregos formais.
A aceleração do movimento de procura por força de trabalho começa a esbarrar em gargalos. Há pressões em setores-chaves da recente retomada econômica, como a construção civil. No Rio de Janeiro, segundo o sindicato da categoria, os trabalhadores conquistaram no mês passado reajuste nominal entre 8,99% e 10,86%. Nos 12 meses até março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou alta de 5,3%.
Em São Paulo, o reajuste poderá ser ainda maior. O sindicato dos trabalhadores no Estado negocia proposta de reajuste de 10% acima da inflação. " Há uma guerra entre as empreiteiras, que lutam pelos mesmos pedreiros e mestres de obras. Os trabalhadores estão ganhando sempre. Nem durante os anos 70, quando havia muita demanda devido à política industrial do Estado, vimos situação parecida " , diz Antônio Ramalho, presidente do sindicato.
O vice-presidente de relações capital trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Haruo Ishikawa, adota um discurso cauteloso, preferindo não dizer qual percentual de aumento considera factível para os trabalhadores do setor, por estar na mesa de negociação. " É necessário ter os pés no chão " , diz ele, observando que insumos importantes como o aço têm subido de preço. O longo período de estagnação do setor, que durou até 2004, deixou como herança a escassez de mão de obra mais qualificada, diz Ishikawa. Segundo ele, o setor tem um convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para qualificar 60 mil trabalhadores neste ano em São Paulo. " E o setor está acostumado a qualificar trabalhadores nos canteiros de obras. "
O economista Fábio Ramos, da Quest Investimentos, destaca a alta dos salários na construção civil. Nos 12 meses até abril, o custo da mão de obra subiu 9,71%, segundo o Índice Nacional do Custo da Construção - 10 (INCC-10). É a maior alta nessa base de comparação desde julho de 2004. Ramos ressalta que a criação de empregos formais em março foi disseminada por todos os setores. A construção foi bem, com a geração de 38,6 mil vagas, mas o grande destaque foi o setor de serviços, com 112,5 mil postos. Os juros baixos para padrões brasileiros e a expectativa de forte crescimento são importantes para explicar a atual força do mercado de trabalho, diz Ramos.
Segundo Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), os acordos com reajustes reais devem superar o recorde atingido em 2009. No ano passado, segundo levantamento do Dieese, o equivalente a 79,9% dos sindicatos de trabalhadores conquistaram acordos salariais superiores a inflação. " O ambiente é extremamente favorável às negociações. O país está crescendo de maneira diversificada, todos os setores estão demandando mão de obra, ampliando investimentos e se apoiando no mercado interno, que se fortalece justamente com a melhora do emprego e dos salários " , afirma.
A melhora na remuneração convive com o aumento da formalização, observa Romão. Para o economista, esse movimento duplo facilita o acesso do trabalhador a linhas de crédito, aumentando, portanto, seu poder de compra. A aceleração do consumo, por outro lado, já tem se refletido em aumento de preços (ver abaixo).
As pressões são mais evidentes na construção civil, mas também começam a aparecer em outros setores. Na indústria elétrica e eletrônica já há relatos de falta de mão de obra qualificada, segundo o gerente de economia da Abinee (a associação que reúne as empresas do setor), Luiz Cezar Elias Rochel. Segundo ele, a escassez de profissionais qualificados vai " do chão de fábrica até os níveis executivos " . O ponto é que mesmo no caso dos profissionais que atuam no chão de fábrica há exigência de qualificação, segundo ele.
Na indústria eletrônica, há necessidade de conhecimento para lidar com equipamentos computadorizados, por exemplo. " Começa a ocorrer uma disputa entre as empresas por trabalhadores mais qualificados " , afirma. Não são pressões de custos generalizadas, como no caso de um dissídio elevado, muito acima da inflação, mas de todo modo há um impacto, ainda que mais localizado. O número de trabalhadores no setor, que era de 165 mil trabalhadores em outubro de 2008 e caiu para 155 mil em maio de 2009, por conta do impacto da crise, voltou a 165 mil em fevereiro, diz Rochel.
Na indústria têxtil também começa a haver escassez de mão de obra qualificada em lugares como São Paulo e Santa Catarina, segundo o diretor-superintendente da Abit (a associação do setor), Fernando Pimentel. Ele diz que a questão do custo de mão de obra preocupa o segmento, que já enfrenta a forte concorrência dos asiáticos, facilitada pelo câmbio valorizado. Nesse cenário, ele considera importante que as negociações salariais sejam conduzidas com cautela, para não haver aumentos de custos muito pesados.
" A aceleração da economia pode e deve ser usada em mesas de negociação para aumentar salários " , diz Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que congrega quase 7 milhões de trabalhadores. " Se num ano de crise disputávamos 1% ou 2% de aumento real, podemos conseguir mais num ano de alta forte do PIB. "
Valor Econômico

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Exportação de março cresce 20%, mas saldo comercial tem déficit

As exportações catarinenses em março totalizaram US$ 639,7 milhões, um crescimento de 20,8% ante o mesmo período de 2009. Já os embarques do primeiro trimestre do ano somaram US$ 1,57 bilhão, alta de 11,1% em relação ao mesmo período em 2009, segundo dados divulgados pela Federação das Indústrias (FIESC), nesta quarta-feira, dia 14. Mesmo com o desempenho positivo das exportações, o saldo da balança comercial do estado acumulada déficit de US$ 1 bilhão, puxado pelo aumento das importações, que em março totalizaram US$ 996,1 milhão, alta de 85,9% em comparação com o terceiro mês de 2009.
Para o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma, o aumento das exportações é um bom sinal, mas ainda é cedo para afirmar que esta é uma tendência para os próximos meses. Ele destaca que houve incremento nos embarques de diversos produtos de setores diversificados, como o metalmecânico, alimentos e móveis. "Isso mostra que mesmo com o câmbio desfavorável, o estado vem buscando novos mercados para os produtos, o que é muito importante para a cadeia produtiva", disse.
Em relação ao aumento das importações, o diretor explica que muitos dos insumos importados por Santa Catarina não ficam aqui. Por causa do programa Pró-emprego, os produtos passam pelos portos catarinenses, mas acabam sendo distribuídos para outros estados.
No acumulado do ano, dos dez produtos mais exportados por Santa Catarina, sete registraram alta. Entre eles estão blocos de cilindros e cabeçotes para motores (89,6%), motocompressores herméticos (51,2%), carne de frango (22,2%), móveis de madeira (14,4%), carne suína (13,8%) e produtos de madeira (6,2%). Os três itens que apresentaram decréscimo foram fumo (-16,2%), motores, transformadores e geradores elétricos (-7,2%) e preparações alimentícias de carne de frango (-3,4%).
Dos dez principais parceiros comerciais do estado, sete apresentaram crescimento nos embarques no primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado. As altas mais expressivas foram para o México, com embarques de US$ 28 milhões e crescimento de 123%, Rússia, com compras de US$ 27,4 milhões e aumento de 76,3%, Japão, com exportações de US$ 60,2 milhões e expansão de 71,9% e os Países Baixos, segundo maior comprador do Estado, com exportações de US$ 158,9 milhões e alta de 108,3%. Os Estados Unidos seguem na liderança como principal comprador do estado, com embarques de 179,6 milhões. Os três destinos com retrações foram Hong Kong (-25,6%), Alemanha (-12,7%) e os África do Sul (-10%).
No primeiro trimestre, os dez principais itens importados por Santa Catarina registraram crescimento. Os maiores aumentos foram nas importações de aparelhos de televisão em cores (4.661%), luvas de borracha vulcanizada (316%), fios texturizados (185,7%), catodo de cobre refinado e seus elementos (176,7%) e policloreto de vinila (145%).
Entre os 10 principais países de quem Santa Catarina importou no acumulado do ano estão o México, com alta de 156,9%, Índia, com crescimento de 106,1% e Perú, com aumento de 105,6%.
Site Fiesc

Trabalhadores e empresas defendem intervalo de 30 minutos para almoço

Representantes dos trabalhadores e de empresas dos setores metalúrgico, têxtil, vestuário, plástico e químico de diversas regiões do estado defenderam a manutenção do intervalo intrajornada de 30 minutos, durante seminário realizado na Federação das Indústrias (FIESC), na terça-feira (13). Empregados e empregadores estão mobilizados para garantir a permanência dessa prática, que já é uma tradição nesses segmentos. Estima-se que a medida atinge mais de 300 mil trabalhadores, mas vem sendo questionada pelos órgãos fiscalizadores. O encontro reuniu também representantes do Tribunal Regional do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho, da Superintendência Regional do Trabalho e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Para cumprir a jornada de 44 horas semanais sem precisar trabalhar aos sábados, os trabalhadores fazem um intervalo de almoço de 30 minutos, permitido por lei desde que seja cumprida uma série de requisitos relacionados ao bem-estar dos empregados. Entre eles estão, por exemplo, a exigência de um restaurante nas dependências da empresa. O intervalo de meia hora é uma prática comum, definida entre empregadores e empregados nas convenções coletivas de trabalho, mas está ameaçada.
Quando se trabalha numa fábrica, se tem uma visão diferente da Justiça do trabalho, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Brusque, José Isaias Veck. "Temos que analisar o que o trabalhador deseja e anseia. Para muitos, a redução do intervalo pode significar a perda de direitos, mas para nós é uma conquista," afirmou.
Na avaliação do presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, a interpretação praticada por órgãos de fiscalização passou a considerar de forma literal a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que determina que o intervalo seja de no mínimo uma hora e de no máximo duas, o que obrigaria os empregados a trabalhar nos sábados. "Essa é uma legislação da década de 1940, quando a realidade era totalmente diferente. A questão da mobilidade urbana é um exemplo. Por isso, consideramos que deve prevalecer o bom senso na interpretação da lei", diz Corrêa, lembrando que as empresas oferecem alimentação balanceada em seus restaurantes. "O intervalo de 30 minutos é uma tradição de 100 anos, que valoriza a vontade dos empregados e das empresas. Ou seja, estamos defendendo a manutenção de algo que está dando certo", acrescenta.
Para o ex-ministro do Tribunal Superior do Trabalho Vantuil Abdala, que ministrou palestra no encontro, em qualquer atividade é preciso conhecer a realidade. "Quem conhece Santa Catarina e os sindicatos não tem dúvida da capacidade e da legitimidade das negociações". Ele defende que seja levada em consideração as particularidades e as peculiaridades de cada atividade. "A Constituição de 1988 veio prestigiar as negociações coletivas e a portaria do Ministério do Trabalho e Emprego número 42, que regulamenta a redução do intervalo intrajornada, reafirma isso", disse.
O ex-ministro do Tribunal Superior do Trabalho José Luciano Castilho Pereira, que também participou do evento, acredita que a portaria 42 é viável, e do ponto de vista legal é sustentável. "Estamos procurando melhorar as condições do trabalho e do trabalhador, disse". Para ele, a constituição trouxe grandes novidades, especialmente reconhecimento aos sindicatos. Como exemplo ele citou a obrigatoriedade da participação dos sindicatos nas negociações coletivas.
Site Fiesc

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sindicatos de trabalhadores e empregadores e entidades governamentais assinam convenção inédita em Santa Catarina que vai garantir mais saúde e segurança para o trabalhador

Convenção coletiva reúne os setores metalúrgico, mecânico e térmico de Joinville

Pela primeira vez em Santa Catarina três sindicatos patronais, três laborais, entidades ligadas à saúde e segurança do trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego assinam uma convenção coletiva para melhoria das condições de trabalho em prensas mecânicas e hidráulicas e equipamentos similares de Joinville. Convenção semelhante existe apenas no estado de São Paulo e serviu como parâmetro para as negociações que começaram em julho de 2009.
A convenção será assinada no dia 15 de abril, na Acij. Representando os trabalhadores estarão o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos na Fundição, na Siderurgia e na Indústria do Material Elétrico de Joinville, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Refrigeração Aquecimento e Tratamento de Ar, Indústrias de Compressores Herméticos para Refrigeração e Indústrias de Artigos e Equipamentos Odontológicos, Médicos e Hospitalares de Joinville e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville e Região. Representado os empregadores estarão o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e do Material Elétrico de Joinville (Sindimet), o Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar, de Compressores Herméticos para Refrigeração e de Artigos e Equipamentos Odontológicos, Médicos e Hospitalares de Joinville (Sinditherme) e o Sindicato da Indústria Mecânica de Joinville e Região (Sindimec). Também assinarão a convenção a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Santa Catarina, a Fundacentro/SC (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) e o Cerest/Joinville (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Macro-Região de Joinville).
O acordo prevê que, em 54 meses, todas as cerca de 1.300 empresas do setor, usuárias de prensas mecânicas e hidráulicas e equipamentos similares abrangidas pela convenção, instalarão dispositivos de proteção ao trabalhador para promover a sua saúde e segurança. Para isso foi estabelecido um cronograma para elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares (PPRPS) que começa a partir da data da assinatura do documento.
De acordo com o presidente do Sindimet, Evair Oenning, as empresas estão conscientes da necessidade de melhoria contínua nas condições de trabalho em prensas mecânicas e hidráulicas e equipamentos similares, como condição primordial a uma adequada política de segurança e conseqüente diminuição do quadro de acidentes do trabalho em seus estabelecimentos. “Com certeza, todas têm o máximo interesse de instalar dispositivos de proteção ao trabalhador, para promover a sua saúde e segurança. O valor social do trabalho está estabelecido sobre alguns pilares estruturados em garantias sociais tais como o direito à saúde, à segurança, à previdência social e ao trabalho”, garante Evair Oenning.
A proteção acidentária é determinada pela Constituição Federal como ação integrada de Seguridade Social dos Ministérios da Previdência Social, Trabalho e Emprego e Saúde. Essa proteção deriva do art. 1º da Constituição Federal que estabelece como um dos princípios do Estado de Direito o valor social do trabalho. O direito social ao trabalho seguro e a obrigação do empregador pelo custeio do seguro de acidente do trabalho também estão previstas no artigo 7º da Constituição Federal.
Para assegurar as adequações dos ambientes fabris das três categorias econômicas convenentes – metalúrgicas, mecânicas e térmicas - estima-se que o investimento das empresas ultrapasse a casa dos R$ 100 milhões. O investimento, além da melhoria das condições de trabalho, deverá gerar uma queda significativa nos acidentes de trabalho com os conseqüentes reflexos nos FAPs, - Fator Acidentário Previdenciário das empresas.
A medida também vai movimentar a economia do município com a venda de equipamentos e contratação de empresas e profissionais para executar as adaptações necessárias nos equipamentos. Os ajustes previstos requerem homologação que deve ser feita por engenheiro credenciado.
Ricardo Bessa Albuquerque, auditor-fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, lotado na Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Joinville, que participou do processo de negociação da convenção, ressalta os benefícios para os três setores. “Os trabalhadores terão mais qualidade de vida, as empresas evitarão custos com pagamento de ações trabalhistas e regressivas, e o governo terá redução no número de benefícios previdenciários concedidos àqueles que se acidentam nesses equipamentos. O Ministério continuará fiscalizando as empresas e acompanhando o cumprimento da convenção.” Albuquerque lembra que todas as empresas dos setores envolvidos, independente de serem associadas ou não aos sindicatos, terão de cumprir o que determina o documento.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Joinville, Genivaldo Marcos Ferreira, estima que aproximadamente 45 mil trabalhadores serão abrangidos com a convenção. “A medida representa um avanço significativo para o Estado. O trabalhador será o maior beneficiado, pois terá sua integridade preservada, ganhando mais qualidade de vida, melhoria na sua autoestima e evitando o risco de ser excluído do mercado de trabalho”, destaca Ferreira. Desde o começo das negociações o sindicato foi favorável a elaboração do acordo, mesmo considerando que o prazo não seria o ideal. “Entendemos que as empresas precisam de tempo e recursos para a realização das melhorias”, pondera. O dirigente sindical também acredita que o acordo poderá servir de modelo para outras regiões de Santa Catarina.
O acompanhamento da execução do cronograma será feito por uma comissão tripartite. É consenso entre as entidades que a implementação da CCT de Prensas e Similares deverá reforçar o diálogo social entre empregadores e trabalhadores e significa um avanço rumo às melhorias ambientais no trabalho e à maior qualidade de vida dos trabalhadores, concretizando o que também é um desejo de todo empregador. Embora existam as leis específicas, é consenso também que a convenção aproxima trabalhador, empregador e entidades governamentais, facilitando o seu cumprimento.

Sindicato anuncia redução de jornada na GM do Rio Grande do Sul

O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, no Rio Grande do Sul, informou ontem que negociou a redução de carga de trabalho de 44 horas para 42 horas, sem redução de salários para os trabalhadores da General Motors daquela unidade. Segundo o sindicato, a redução de jornada foi acordada em reunião entre diretores da GM e representantes dos metalúrgicos na segunda-feira. Procurada, a montadora não confirmou a negociação.
De cordo com o sindicato, a redução das atuais 44 horas para 42 horas semanais seguirá um cronograma. A partir de agosto, a carga de trabalho será reduzida para 43 horas semanais. A diminuição para 42 horas ocorrerá apenas em dezembro.
"Como não sabemos da aprovação da redução de jornada no Congresso Nacional, a solução é a negociação por acordos", diz o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, referindo-se à proposta de Emenda Constitucional atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados. A proposta prevê redução da carga semanal de trabalho de 44 para 40 horas e pode ser votada ainda este ano.
As negociações entre o sindicato de Gravataí e a montadora foram acompanhadas pela Força Sindical do Rio Grande do Sul. Na sexta-feira, diz Ascari, os trabalhadores havia anunciado greve a partir de hoje, caso a contraproposta da empresa não fosse aprovada na assembleia de ontem. Segundo o sindicato, outros pontos da proposta foram aceitos pela direção da montadora. Os trabalhadores da GM, incluindo os sistemistas, terão reajuste de 7,4%, o que significa cerca de 2% a mais além da inflação. Os trabalhadores ganharão abono salarial de R$ 1,5 mil a ser pago no dia 23. Além disso, a participação nos resultados deve ser de R$ 5,5 mil. Desse valor, R$ 2 mil devem ser pagos em julho e o restante será recebido pelos trabalhadores em janeiro do próximo ano.
Entidades que reúnem os empregadores são contra a redução da jornada de trabalho. Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), disse ontem que a redução de 44 para 40 horas semanais não vai se traduzir na criação de mais empregos, como argumentam as principais centrais sindicais do país.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95, que prevê a diminuição das horas trabalhadas, está em tramitação na Câmara, mas enfrenta a resistência de alguns parlamentares. Sindicalistas, por sua vez, pressionam para tentar colocar a matéria em votação ainda em 2010, pois acreditam que os deputados podem aprovar o texto por se tratar de um ano eleitoral, já que estariam mais suscetíveis aos apelos da sociedade.
Francini, no entanto, disse que a redução da jornada não ajuda a criar novos empregos e pode até fechar postos de trabalho nas pequenas empresas, que seriam as maiores prejudicadas com a eventual mudança.
"Se vende aos trabalhadores a ideia de que a redução gera empregos. Só que as pequenas empresas vão reduzir o emprego porque são, principalmente elas, que mais trabalham dentro do horário estipulado", assinalou. "O que está se difundindo como uma medida pró-emprego, no fundo é uma medida antiemprego", argumentou Francini, que defendeu a negociação de acordo setoriais para a redução da jornada. "Aliás, muitos acordos já foram fechados. Atualmente, a média de horas trabalhadas é de 41 semanais."
Ontem, cerca de 2 mil pessoas estiveram em em frente ao prédio da Fiesp para pedir a aprovação da PEC no Congresso. Com carros de som, bandeiras e balões, os manifestantes chegaram a paralisar o trânsito em um sentido da Avenida Paulista, uma das principais vias da cidade de São Paulo, onde se encontra a sede da entidade.
Valor

Matérias-primas e salários pressionam custo industrial

A Gerdau informa que o impacto dos aumentos do minério de ferro e do carvão serão significativos
A elevação dos preços de algumas das principais matérias-primas e o início de uma nova rodada de reivindicações salariais pressionam os custos de grandes grupos industriais do país, revelaram ontem os empresários presentes à entrega do prêmio "Executivo de Valor" aos profissionais que mais se destacaram em 24 setores de atividade. A revista "Executivo de Valor" circula hoje para assinantes e em bancas.
A Gerdau, segundo maior fabricante de aços do Brasil, informa que o impacto dos aumentos do minério de ferro e do carvão serão significativos. A ele se somam os dissídios salariais, disse André Gerdau Johannpeter, presidente da companhia. "O impacto do aumento de 100% no minério e de mais 50% no carvão será muito forte e ambos afetam também o custo da sucata", lembrou.
Já o preço do aço é uma das grandes preocupações de várias empresas, como a Fiat. Os reajustes do minério de ferro e do aço preocupam Cledorvino Belini, presidente da montadora. "Nossa matéria-prima é o aço e já existe uma pressão de custo há mais de seis meses", disse Harry Schmelzer Jr., presidente da WEG, que fabrica equipamentos e motores elétricos. Segundo ele, a empresa vai anunciar reajustes de preços em breve.
Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose, disse que a alta do petróleo, com o consequente aumento dos fretes internacionais, e a recuperação de preços da soda cáustica, insumo básico do setor, elevaram os custos. José Drummond Júnior, presidente da Whirlpool, maior fabricante de produtos da linha branca no país, adiantou que os reajustes das matérias-primas já foi sentido e busca conter gastos para que os aumentos "não diluam nossa competitividade". Laercio Cosentino, da Totvs, da área de tecnologia da informação, diz que "a grande pressão de custos vem dos dissídios coletivos".
Apesar das pressões, boa parte dos empresários não concorda que os juros devam subir agora.
A Gerdau informa que o impacto dos aumentos do minério de ferro e do carvão serão significativos
A elevação dos preços de algumas das principais matérias-primas e o início de uma nova rodada de reivindicações salariais pressionam os custos de grandes grupos industriais do país, revelaram ontem os empresários presentes à entrega do prêmio "Executivo de Valor" aos profissionais que mais se destacaram em 24 setores de atividade. A revista "Executivo de Valor" circula hoje para assinantes e em bancas.
A Gerdau, segundo maior fabricante de aços do Brasil, informa que o impacto dos aumentos do minério de ferro e do carvão serão significativos. A ele se somam os dissídios salariais, disse André Gerdau Johannpeter, presidente da companhia. "O impacto do aumento de 100% no minério e de mais 50% no carvão será muito forte e ambos afetam também o custo da sucata", lembrou.
Já o preço do aço é uma das grandes preocupações de várias empresas, como a Fiat. Os reajustes do minério de ferro e do aço preocupam Cledorvino Belini, presidente da montadora. "Nossa matéria-prima é o aço e já existe uma pressão de custo há mais de seis meses", disse Harry Schmelzer Jr., presidente da WEG, que fabrica equipamentos e motores elétricos. Segundo ele, a empresa vai anunciar reajustes de preços em breve.
Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose, disse que a alta do petróleo, com o consequente aumento dos fretes internacionais, e a recuperação de preços da soda cáustica, insumo básico do setor, elevaram os custos. José Drummond Júnior, presidente da Whirlpool, maior fabricante de produtos da linha branca no país, adiantou que os reajustes das matérias-primas já foi sentido e busca conter gastos para que os aumentos "não diluam nossa competitividade". Laercio Cosentino, da Totvs, da área de tecnologia da informação, diz que "a grande pressão de custos vem dos dissídios coletivos".
Apesar das pressões, boa parte dos empresários não concorda que os juros devam subir agora.
Valor

Meia hora a mais no trabalho

A Justiça e o Ministério Público estão questionando intervalo de jornada reduzido na indústria
Cerca de 300 mil trabalhadores no Estado poderão descansar por uma hora durante a jornada de trabalho. Os setores têxtil, metalúrgico e do vestuário serão os mais atingidos. Apesar da posição contrária de empresários e empregados, o Ministério Público do Trabalho e o Tribunal Regional do Trabalho mantêm posição contra o intervalo de meia hora, adotado pela maioria das indústrias catarinenses.
Uma orientação do Tribunal Superior do Trabalho, alterada em novembro de 2009, torna inválido o acordo ou convenção coletiva de trabalho que reduz o intervalo mínimo de uma hora, porque interfere na higiene, saúde e segurança do trabalhador. A medida vai afetar as próximas negociações entre patrões e empregados de diversos setores e modificar a prática atual das indústrias, que oferecem meia hora de descanso.
O tema foi discutido ontem, na Federação das Indústrias de SC (Fiesc). Estiveram presentes mais de 300 pessoas, entre trabalhadores, sindicalistas e empresários de Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, Brusque, Timbó, Indaial e Criciúma. Os empregados preferem meia hora de intervalo, porque evitam trabalhar em período integral no sábado, numa jornada de 44 horas semanais.
A Procuradoria Regional do Trabalho diz que não haveria problema na redução do intervalo se a empresa oferecer refeitórios e o empregado não fizer horas extras.
Mudança inviabiliza três turnos
Empresários e trabalhadores foram unânimes em pedir a manutenção dos 30 minutos de intervalo, no debate de ontem, na Fiesc. Entre os problemas apontados com a ampliação do intervalo de 30 minutos para uma hora, estão o prejuízo da vida social e das atividades físicas do trabalhador, a execução de tarefas domésticas no único dia de descanso e a ausência de creches públicas que funcionem no sábado.
O presidente Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Clementino Tomaz Vieira, ressalta que uma hora de intervalo inviabiliza os três turnos nas empresas.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), Ulrich Kuhm, diz que, na empresa blumenauense, há 70 anos os trabalhadores têm intervalo de meia hora. Segundo ele, nunca houve problema para o trabalhador.
A Notícia

terça-feira, 13 de abril de 2010

Fiat produz menos que em 2008, mas vende mais

César Felício e Júlia Pitthan, de Belo Horizonte e Joinville
Para a Fiat, o início do ano representou uma recuperação em relação à crise econômica global, mas ainda ficou longe do recorde de produção de dois anos atrás. De janeiro a março, a Fiat produziu 171,8 mil veículos em Betim, ante 158,9 mil no mesmo período no ano passado e 190,3 mil no primeiro trimestre de 2008.
Em termos econômicos concretos, a empresa, que compete com a Volkswagen pelo primeiro lugar no setor automotivo, vive uma estabilidade há três anos, já que é integrada a venda dos carros no Brasil e na Argentina, onde a Fiat mantém uma montadora em Córdoba. Há dois anos, não houve importações da linha argentina. Em 2009, com a queda pronunciada do mercado daquele país, as importações foram significativas. Este ano, há um equilíbrio entre importação e exportação, que representam cerca de 10% da produção.
A comercialização de carros neste início do ano superou o resultado de 2008. Há dois anos, a empresa vendeu entre janeiro e março 155 mil automóveis, número que caiu para 152,7 mil no mesmo período do ano passado e agora subiu para 167,5 mil.
Ninguém na montadora espera repetir o resultado, nem de vendas, nem de produção, no segundo trimestre. A avaliação é que houve um movimento de antecipação de compras para aproveitar o incentivo do IPI zero. Com a volta do tributo, espera-se uma queda de comercialização a partir da segunda quinzena deste mês. Na primeira quinzena, ainda são contabilizados parte dos negócios fechados no fim de março.
Para diminuir o uso de horas extras, que chegou a 52 horas semanais, segundo avaliação do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, a Fiat fechou no mês passado um acordo para admitir mil empregados definitivos até o fim de maio. Com essa admissão em massa, a empresa retornará ao nível de 15,2 mil funcionários que dispunha antes da crise econômica global. Em dezembro de 2008, já sob o efeito da retração, a empresa empregava 14.097 pessoas. Em 2009, sinalizando a retomada, a montadora fechou o ano com 14.231 empregados. Já foram admitidos 70% do total negociado.
A empresa deve anunciar até junho o seu plano de investimentos para 2011. Este ano, devem ser gastos R$ 1,2 bilhão. A empresa está sendo pressionada pelo governo mineiro a ampliar as suas linhas de fábricas, mas não deve fazê-lo por ora: a empresa está usando 85% de sua capacidade, com a montagem de 3.055 veículos por dia.
O setor metalúrgico vê com otimismo a retomada dos negócios no primeiro trimestre de 2010. De acordo com uma pesquisa feita pelo Sindicato das Empresas Metalúrgicas e de Material Elétrico de Joinville (Sindimet) no primeiro mês de 2010 houve abertura de 254 vagas. Com isso, a situação do emprego em fevereiro, se comparada ao primeiro semestre de 2009, fechou com um crescimento de 7,1%. No entanto, o número ainda é 9% inferior ao cenário pré-crise, em junho de 2008.
Para a Marcegaglia do Brasil, o primeiro trimestre foi o melhor desde que a empresa se instalou no país, em 2000. "Produzimos e faturamos mais do que durante o ano de 2006 inteiro", vibra o diretor Antonio Carlos Dias de Oliveira. Só em tubos de aço carbono, um dos principais produtos da empresa, a Marcegaglia produziu 95% a mais do que em 2009 no período - com ocupação de 87% da capacidade instalada, de 180 mil toneladas.
A situação de "overbooking" na capacidade produtiva, expressão usada por Oliveira para explicar o ritmo de produção dos primeiros três meses de 2010, se repete em outras linhas. A linha de tubos de aço inoxidável, com 6 mil toneladas de capacidade, está 100% tomada, de acordo com o diretor. A produção de condensadores aramados, de 7 milhões de unidades, e de tubos de aço para refrigeração, com 240 milhões de metros, têm ocupação de cerca de 90%.
A Marcegaglia espera fechar 2010 com um faturamento na casa dos R$ 600 milhões, crescimento de 46% em relação a 2009. "Temos clientes com pedidos em carteira para abril e maio", diz o diretor.

Valor

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Termômetro da indústria, venda de papelão cresce 20,56% em março

Média mensal de vendas do setor em 2010 é de 200,537 mil toneladas
A indústria brasileira de papelão ondulado registrou vendas de 221,172 mil toneladas em março de 2010, o novo recorde mensal do setor desde o início do levantamento feito pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), em 2000.
O resultado, ainda preliminar, representa uma expansão de 16,52% em relação a fevereiro deste ano (quando as vendas foram de 189,812 mil toneladas) e de 20,56% ante março do ano passado (183,459 mil toneladas).
O setor, considerado um dos termômetros da indústria brasileira por estar ligado diretamente à produção de alimentos e eletroeletrônicos, entre outros segmentos, registra recordes mensais de vendas desde agosto do ano passado. Com isso, o resultado no acumulado do primeiro trimestre de 2010 somou 601,611 mil toneladas, expansão de 19,72% ante igual período do ano passado e levemente acima da projeção anterior da entidade para o período.
A média mensal de vendas do setor em 2010 é de 200,537 mil toneladas, o equivalente a uma expansão de 5,83% em relação à média mensal do acumulado de 2009, que foi de 189,489 mil toneladas.
Fonte: A Notícia

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Cem mil esperam negociações

Cem mil trabalhadores estão de olho nas reuniões entre patrões e empregados. As negociações salariais das principais categorias de trabalhadores de Joinville caminham lentamente.
Metalúrgicos, mecânicos, plásticos e empregados das indústrias de refrigeração têm a data-base em 1º de abril, mas os sindicatos adiaram o prazo até final do mês. Já os comerciários, têm até 1º de maio para fechar o reajuste.
O único segmento em que as negociações estão mais adiantadas é o dos plásticos. Ontem aconteceu a terceira reunião. O sindicato pede 10% de aumento, juntando inflação com ganho real, mas as empresas ofereceram 5%. “Nós não aceitamos, queremos garantir um pouco mais de reajuste”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Plástico, Reinaldo Schroeder.
Além disso, os trabalhadores também pedem que todas as empresas paguem a diferença retroativa desde janeiro, referente ao aumento do piso estadual. “Cerca de 25% das 240 indústrias de plásticos estão resistindo a fazer este acerto”, explica. A data-base da categoria foi prorrogada para 30 de maio.
Os metalúrgicos aguardam uma contraproposta para os próximos dias. A categoria também pede 10% de aumento. A expectativa é deque as negociações sejam melhores do que as de 2009. A próxima rodada de negociações está marcada para o dia 12.
As negociações salariais mais atrasadas são a dos mecânicos e a dos trabalhadores nas indústrias de refrigeração. Os mecânicos podem pedir intermediação do Ministério do Trabalho para assegurar as negociações.
OS PEDIDOS
METALÚRGICOS
Trabalhadores: 16 mil
O que pedem: 10% de reajuste (inflação e ganho real)
Como estão as negociações: aguardam posição do sindicato patronal
MECÂNICOS
Trabalhadores: 15 mil
O que pedem: 10% de reajuste (inflação e ganho real) e aumento do piso para R$ 800,00
Como estão as negociações: aguardam posição do sindicato patronal
PLÁSTICOS
Trabalhadores: 30 mil
O que pedem: 10% de reajuste (inflação e ganho real) e aumento do piso para R$ 765,00
Como estão as negociações: em andamento
COMERCIÁRIOS
Trabalhadores: 25 mil
O que pedem: 5% de ganho real e mais índice da inflação, reajuste de 15% no piso que hoje é de R$ 720,00
Como estão as negociações: as reuniões com o sindicato patronal começam na próxima semana
TRABALHADORES DAS INDÚSTRIAS DE REFRIGERAÇÃO
Trabalhadores: 14 mil
O que pedem: reajuste da inflação mais ganho real de pelo menos 2,5%
Como estão as negociações: em andamento
A Notícia

As notas abaixo estão no Blog do Sindicatodos Trabalhadores Metalúrgicos na Fundição, na Siderurgia e na Indústria do Material Elétrico de Joinville

quinta-feira, 8 de abril de 2010
ASSEMBLÉIA EM FRENTE A TUPY ESQUENTA A CAMPANHA SALARIAL
Hoje 08/4,realizamos uma Assembléia na porta de fábrica da TUPY, os trabalhadores do primeiro e segundo turno ouviram as informações das rodadas de negociação, não concordando com o comportameto dos empresários de ficar enrolando mais de 40 dias e não apresentarem uma única proposta de aumento real de salários.
O Presidente do sindicato Genivaldo colocou em votação se os trabalhadores concordavam que o sindicato fosse até as últimas consequências para conquistar aumento real de salários. E os trabalhadores da TUPY aprovaram por unanimidade a proposta de lutarmos para alcançar este objetivo.
No dia 3 sábado os trabalhadores presentes no encontro dos metalúrgicos decretaram estado de greve permanente.
Portanto as condições estão colocadas,para lutar e exigir do patrão uma negociação salarial que valorize os trabalhadores.
genivaldo
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quarta-feira, 7 de abril de 2010
RODADA DE NEGOCIAÇÃO NÃO TEVE AVANÇO!
Mais uma vez os representantes do patrão vieram para a reunião dispostos a não apresentar número de reajuste salarial. A comissão de negociação dos trabalhadores representada por: Alberto Pessoa, Lazaro (TUPY), Gilberto e Damião (SCHULZ), sairam frustados da reunião, ao presenciarem o pouco interesse que o patrão tem para apresentar o número de reajuste salarial. Depois de uma hora de reunião e nada de proposta patronal , ficou agendado nova reunião para o dia12 de abril.
Companheiros é preciso fortalecer a pressão dentro do local de trabalho, pois na mesa de negociação o patrão está confortavel e não irá apresentar reajuste salarial que atenda as espectativas dos trabalhadores.
Genivaldo
Postado por Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville às 15:15 3 comentários

ENCONTRO DOS METALÚRGICOS - 17 de abril

ENCONTRO DOS METALÚRGICOS 17 de abril Local: Associação dos Moradores do bairro Espinheiros
Horário : 9h
Pauta: Negociações salariais, saúde do trabalhador, participação nos lucros e resultados e outros
Venha ajudar a decidir as reivindicações que serão apresentadas ao sindicato patronal. Contamos com a sua presença!
Fonte: site do Sindicato dos Trabalhadores

Sindicatos de trabalhadores e empregadores e entidades governamentais assinam acordo inédito em Santa Catarina que vai garantir mais saúde e segurança para o trabalhador

Convenção coletiva reúne os setores metalúrgico, mecânico e térmico de Joinville

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e do Material Elétrico de Joinville (Sindimet) é um dos seis sindicatos que assinam no dia 15 de abril uma convenção coletiva para melhoria das condições de trabalho em prensas mecânicas e hidráulicas e equipamentos similares de Joinville. O acordo, inédito em Santa Catarina, também será assinado por entidades ligadas à saúde e segurança do trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego. Convenção semelhante existe apenas no estado de São Paulo e serviu como parâmetro para as negociações que começaram em julho de 2009.
O acordo prevê que, em 54 meses, todas as cerca de 1.300 empresas do setor, usuárias de prensas mecânicas e hidráulicas e equipamentos similares abrangidas pela convenção, comprometem-se a instalar dispositivos de proteção ao trabalhador para promover a sua saúde e segurança. Para isso foi estabelecido um cronograma para realização do Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares (PPRPS) que começa a partir da data da assinatura do documento.
Mais informações na próxima semana.

Serviço
O quê: Assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho de Melhoria das Condições de Trabalho em Prensas Mecânicas e Hidráulicas e Equipamentos Similares de Joinville – 2010/2012
Quando: 15 de abril – 19 horas
Onde: Auditório da Acij – Rua Aluísio Pires Condeixa, 2550

Lula volta a cobrar mais investimentos em siderurgia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu na defesa do aumento da produção nacional de aço na reunião que teve com toda a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Rio, na terça-feira. Ao recomendar que o banco concentre esforços para elevar os investimentos em siderurgia, o presidente, mais uma vez, se disse inconformado com o fato de o Brasil, maior produtor mundial de minério de ferro, fabricar "somente 35 milhões de toneladas de aço".
Aos executivos do banco, Lula repetiu que gostaria de ver o País transformado em exportador de placas de aço, e não de matéria-prima. Mas, na prática, o banco não tem como "convencer" o setor a investir em novos projetos. Também não há, segundo fontes do BNDES, estudos para um programa com taxas específicas para o setor. Acionista da Vale, CSN e Usiminas, o banco pode, porém, participar da estratégia dessas empresas.
A retomada da demanda externa por aço e as vantagens competitivas do setor no Brasil estão por trás da insistência do presidente Lula. O BNDES compartilha do diagnóstico de que há uma oportunidade para o País no mercado internacional de semiacabados. A intenção não é estimular projetos voltados para o mercado interno, cuja demanda por aço é de apenas um terço da capacidade atual da indústria. O projeto é aumentar a produção brasileira de placas para o exterior, que não sofrem as taxações do aço acabado.
A recuperação mais lenta da demanda em relação à Ásia está levando ao fechamento de várias plantas de semiacabados na Europa e nos EUA. O aumento do preço do minério em mais de 100% por gigantes como a Vale deve agravar ainda mais a dificuldade de compatibilizar custos e vendas nesses países, e abre uma oportunidade ao Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Portal Revista Amanhã

Vendas industriais de SC têm o melhor resultado desde abril de 2009

A Federação das Indústrias (FIESC) iniciou no dia 5 de abril as reuniões regionais para levantar sugestões que integrarão a agenda de prioridades Desenvolvimento SC:Uma Visão da Indústria, que será apresentada aos candidatos nas eleições 2010. O documento será o resultado de ampla consulta da FIESC às bases industriais catarinenses, para levantar as propostas prioritárias, na visão dos empresários do setor, para o desenvolvimento do estado.
O projeto inclui pesquisa de opinião, que está na fase quantitativa neste momento, além das reuniões regionais com os empresários. Depois da reunião desta segunda, em Joinville, serão realizados eventos nos mesmos moldes nas cidades de Blumenau, Chapecó, Criciúma e Lages. "Esta fase de consulta é muito importante para dar legitimidade às propostas que serão levadas aos candidatos aos Executivos e Legislativos estadual e federal", avalia o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, que acompanhará a reunião desta segunda, na sede da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), a partir das 18h30.
Durante a reunião, Corrêa e o presidente da ACIJ, Carlos Rodolfo Schneider, destacaram a importância da união do setor empresarial no ano de eleição. Corrêa lembrou do documento de propostas com o qual se comprometeram os candidatos ao governo do estado e que foi decisivo para evitar alta do ICMS. Ele adiantou também que a novidade desta eleição será o acompanhamento sistemático, pela federação, das ações dos eleitos, avaliando se as propostas apresentadas estão sendo postas em prática.
A pesquisa de opinião com os empresários, que está sendo realizada pelo Instituto Mapa, está agora em sua segunda fase, com o levantamento quantitativo. A pesquisa qualitativa foi realizada ao longo do primeiro trimestre com algumas das principais lideranças do setor industrial do estado.
Newsletter Semanal do Sistema FIESC 07.04 até 14.04.2010

Faturamento da indústria cresce 3,3%

A atividade da indústria registrou melhora em fevereiro, de acordo com dados divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Faturamento real, horas trabalhadas e emprego registraram crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior. "Os indicadores industriais de fevereiro mostram que a recuperação industrial continua em andamento", aponta o relatório da entidade.
O faturamento real das indústrias registrou alta de 3,3 % em relação a janeiro, já descontados os dados sazonais. O número foi 11,3% maior do que no mesmo mês do ano passado. O nível de emprego na indústria cresceu pelo sétimo mês consecutivo. O índice ficou 0,9% acima do registrado em janeiro e 2,8% superior ao de fevereiro do ano passado.
O nível de utilização da capacidade instalada, que mede quanto da capacidade de produção das indústrias está sendo usada, ficou estável em relação a janeiro com percentual médio de 78,6%. Em fevereiro de 2009, o índice ficou em 76,5%.
Segundo o gerente-executivo da CNI, Flávio Castelo Branco, o crescimento da produção com estabilidade na utilização da capacidade instalada significa que os investimentos na indústria estão se solidificando. O indicador ainda está três pontos percentuais abaixo de fevereiro de 2008 e deve crescer. "Na indústria, não se observa pressão sobre preços", afirma Castelo Branco.
O nível de horas trabalhadas registrou aumento de 2,4% em relação ao mês anterior. Sem os efeitos sazonais, o índice foi de 1% e mostrou o sexto aumento consecutivo, com aumento acumulado de 6,1% no período dos seis meses. No bimestre, o nível de horas trabalhadas cresceu 4,4% em relação ao mesmo período de 2009.
A massa salarial registrou queda de 1,8% em relação a janeiro. A diminuição é normal para o mês por conta de férias, segundo a CNI. O índice foi 2,9% maior em relação a fevereiro de 2009. A alta de 2,4% no ano em comparação com ano passado é puxado pela melhora no emprego.
Valor

Vendas industriais de SC têm o melhor resultado desde abril de 2009

As vendas da indústria catarinense em fevereiro registraram crescimento de 8,5% em relação a janeiro. Este é o melhor resultado desde abril de 2009. Se a comparação for feita com o segundo mês de 2009, o crescimento foi de 3,4%, segundo pesquisa da Federação das Indústrias (FIESC), com 200 médias e grandes indústrias do estado.
Em fevereiro, dos dezesseis setores pesquisados, doze expandiram o faturamento real (já descontada a inflação) em relação ao mês anterior, com destaque para o segmento de confecções e artigos do vestuário, que teve alta de 99,4% influenciado pelas vendas da coleção de inverno. O desempenho positivo também ocorreu nos setores máquinas, aparelhos e materiais elétricos (26,9%), móveis (20,7%), produtos têxteis (14,9%) e veículos automotores, carrocerias e autopeças (13,7%). As quatro atividades industriais que registram queda nas vendas foram cerâmica para revestimento (-7,2%), celulose, papel e produtos de papel (-6,9%), produtos químicos (-2,7%) e máquinas e equipamentos (-0,7%).
Dos 16 setores pesquisados no primeiro bimestre de 2010 doze registram crescimento nas vendas em comparação com o mesmo período em 2009. Entre os segmentos que apresentaram alta estão produtos metálicos (42,1%), metalurgia básica (34,3%), máquinas e equipamentos (31,6%), material eletrônico e equipamentos de comunicação (27,5%), e móveis (23,7%). Neste mesmo período, os setores que apresentaram decréscimo no faturamento foram veículos automotores (-48,2%), alimentos e bebidas (-20,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,8%) e produtos de madeira (-6%).
As horas trabalhadas na produção cresceram 7,4% em fevereiro na comparação com o mês anterior. A alta se deve ao retorno de férias coletivas em diversas empresas, ao aumento de horas extras e à abertura de novas vagas. Neste mesmo período, a massa salarial real teve um decréscimo de 3,3%, influenciada pela redução de vagas no setor de veículos automotores. Já a capacidade produtiva das indústrias alcançou 85,2% em fevereiro, o indicador teve uma variação negativa de 0,15 ponto percentual em relação a janeiro.
Newsletter Semanal do Sistema FIESC 07.04 até 14.04.2010

Siderúrgicas reajustam aço para montadoras

SÃO PAULO - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, disse hoje que as siderúrgicas já anunciaram às montadoras aumento no preço do aço, na esteira de reajustes próximos a 100% no minério de ferro, um dos insumos mais importantes da cadeia.
Segundo ele, o impacto no custo de produção de carros dependerá das condições de negociação e das estratégias de produção de cada montadora. Ele lembrou que a negociação se dá de forma individual.
O executivo, no entanto, não informou qual aumento foi sinalizado pelas siderúrgicas. "Pode haver um impacto importante no custo de produção", afirmou Schneider durante entrevista coletiva à imprensa. Ele acrescentou que alguns aumentos de preços de produtos siderúrgicos já chegaram aos fornecedores de autopeças.
As declarações foram dadas durante da apresentação dos resultados da indústria automobilística em março, quando as vendas alcançaram a marca recorde de 353,7 mil unidades.
De acordo com o presidente da Anfavea, com o fim do IPI reduzido no mês passado, a tendência é de uma acomodação nos volumes comercializados durante abril e maio, com uma retomada aguardada para junho.
Com a forte demanda registrada no mês passado, os estoques de veículos na indústria e concessionárias recuaram para um giro de 18 dias de venda, bem abaixo dos 35 dias registrados em fevereiro. A expectativa agora é de uma recomposição dos estoques, que voltarão paulatinamente ao patamar de 26 a 27 dias, como assinalou Schneider.
(Eduardo Laguna | Valor)

Demanda aquece importações

A tendência é estimulada pelo mercado interno aquecido, pelo câmbio e pela queda de preços
As importações de bens intermediários e de consumo, principalmente não duráveis, mantiveram forte ritmo de crescimento no primeiro trimestre. A tendência é estimulada pelo mercado interno aquecido, pelo câmbio e pela queda de preços. As matérias-primas e os bens intermediários já representam 48% do valor das importações totais do país. O volume de intermediários importados cresceu 39,2% no primeiro bimestre, em comparação com o mesmo período de 2009, e o de bens de consumo não duráveis praticamente dobrou na mesma comparação.
Apesar do crescimento das importações, o forte reajuste nos preços do minério de ferro já faz bancos e consultorias revisarem para cima suas estimativas para o saldo comercial. O Bradesco, por exemplo, que previa superávit de US$ 5,5 bilhões no ano, passou a estimar US$ 18,4 bilhões.
Fonte: Valor

Indústria fatura mais

As vendas da indústria catarinense, em fevereiro, cresceram 8,5% em relação a janeiro. Este é o melhor resultado desde abril do ano passado. Se a comparação for feita com o segundo mês de 2009, o crescimento foi de 3,4%, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, com 200 médias e grandes indústrias do estado.
Em fevereiro, dos 16 setores pesquisados, 12 aumentaram as vendas (já descontada a inflação) em relação ao mês anterior, com destaque para o segmento de confecções e artigos do vestuário 99,4% – influenciado pelas vendas da coleção de inverno.
O desempenho positivo também ocorreu nos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (26,9%) e móveis (20,7%). As quatro atividades industriais que registram queda nas vendas foram cerâmica para revestimento (-7,2%), celulose, papel e produtos de papel (-6,9%), produtos químicos (-2,7%) e máquinas e equipamentos (-0,7%).
Coluna Cláudio Loetz - A Notícia

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vale: analistas comentam que ameaças de siderúrgicas chinesas têm pouco impacto

SÃO PAULO - As ameaças das siderúrgicas chinesas e europeias ainda devem causar muito barulho, mas terão pouco efeito prático para a Vale (VALE3, VALE5), acredita Pedro Galdi, analista de investimentos da SLW. O minério de ferro é um produto essencial para as siderúrgicas, que dependem dele para produzir o aço.
Além disso, o preço do minério não para de subir no mercado spot. "A elevação projetada pela Vale agora tem base no preço à vista durante o quarto trimestre, e por isso o aumento proposto é tão expressivo", avalia Galdi. Para Antonio Emilio Ruiz, analista do Banco do Brasil, os atritos são causados justamente por essa combinação entre oferta muito apertada e demanda ganhando fôlego.
Boicote
A Vale anunciou reajustes entre 80% e 90% para o minério de ferro com as principais fabricantes de aço da Coreia do Sul e do Japão, e essa definição normalmente serve de base para as negociações com as siderúrgicas europeias e chinesas.
A CISA (Associação de Ferro e Aço da China), por sua vez, defendeu nesta segunda-feira (5), que as empresas do setor do país boicotem o minério vendido pela Vale, BHP Billiton e Rio Tinto, as três maiores empresas mineradoras do mundo. A CISA avalia que a suspensão poderia durar cerca de dois meses, já que a Associação disse ter armazenado nos portos chineses 75 milhões de toneladas da commodity.
Para Pedro Galdi, a ameaça esbarra em dois problemas: é pouco provável que a logística do país realmente suporte esse volume nos portos e, ainda que isso seja verídico, a demanda chinesa pelo minério está tão aquecida que o estoque poderia durar bem menos do que o avaliado inicialmente pela CISA.
Pouca representatividade
Para Ruiz, a concretização do boicote é improvável porque o mercado chinês é altamente pulverizado, e haveria necessidade de um real embargo para que a China conseguisse deixar de importar minério de ferro das três principais companhias do setor.
"É muito complicado de isso acontecer. A CISA pode ameaçar as mineradoras, mas ela teria que ter muita representatividade para colocar esse plano em prática", aponta o analista do Banco do Brasil. Em sua avaliação, a Associação é conhecida pelas declarações espalhafatosas, mas pouco efetivas.
"Talvez a CISA seja a voz de um grande número de pequenas empresas pouco representativas", resume. Para corroborar a percepção, Ruiz cita comunicado oficial da Vale em que a empresa afirma já ter acertado contratos com 97% de sua base clientes, o que corresponde a 90% dos volumes contratuais.
Eurofer
Por outro lado, a briga com a Eurofer (Confederação Europeia das Indústrias de Ferro e Aço) é um pouco mais sensível, já que é uma organização mais eficiente e sistemática, avalia o analista do Banco do Brasil. A Confederação apresentou queixa na Comissão Europeia alegando que Vale, BHP Billiton e Rio Tinto estão atuando em cartel para definição em conjuntos dos novos preços.
Ainda assim, Ruiz descarta intervenção de alguma agência de comércio na atuação das três mineradoras, ao menos no curto prazo. Teria que ser, em sua avaliação, um lobby muito bem estruturado, com muita atuação política. Isso porque é necessário, para diminuir a concentração do mercado, que as empresas vendam suas minas de minério de ferro para outras concorrentes, algo que não seria aceito pelas companhias sem muita luta.
Pedro Galdi ainda aponta para a inexistência de outra empresa de porte que possa contribuir para a divisão mais equânime do mercado. Assim, se mudanças são tão difíceis, qual será o impacto para a Vale de toda essa gritaria em torno do aumento do minério de ferro?
Lógica
Ambos os analistas respondem que será praticamente nulo. Pedro Galdi utiliza uma lógica bastante simples para explicar seu ponto de vista: "a Vale tem produto para vender. As siderúrgicas precisam do minério de ferro para fabricar aço, não importa a qual preço. A elevação dos custos será repassada no preço dessa commodity para as montadoras automobilísticas, por exemplo, que por sua vez repassarão a alta dos valores para o consumidor. E o resultado disso tudo será uma inflação generalizada".
E aí, é um outro problema, que não será mais da Vale. Alguns governos, como o do Brasil e da China, terão espaço de manobra para aumentar os juros, já que as economias desses países recuperam-se em ritmo acentuado. Por outro lado, o que fará os Estados Unidos com uma inflação pressionando e sem a possibilidade de aumentar a taxa de juros dada a fragilidade da situação econômica? Para Pedro Galdi, cada país terá que encontrar uma solução própria para esse outro problema.
Fonte: Infomoney

Vale ataca siderúrgicas da Europa

São Paulo - A Vale pediu à Comissão Europeia que investigue as siderúrgicas do continente por prática de concorrência desleal. No pedido, a mineradora brasileira acusa as siderúrgicas europeias de agir de maneira orquestrada e ilegal nas negociações para reajuste do preço internacional do minério de ferro - o produto vendido pela Vale.
De acordo com a mineradora, as siderúrgicas também estariam alimentando, por meio da Eurofer, a associação do setor na Europa, uma "forte campanha na mídia" contra a posição das mineradoras, entre elas a Vale. "Em razão dessas circunstâncias, achamos que a Comissão deveria investigar a situação", diz o documento entregue à Comissão Europeia.
"A Eurofer deveria olhar para o próprio umbigo antes de apontar o dedo na direção da Vale. O setor siderúrgico europeu está cheio de condenações por desvio de conduta competitiva", disse José Carlos Martins, diretor executivo da área de ferrosos da Vale.
A ação da Vale, entregue por seus advogados à Comissão de Política da Competição em Bruxelas, é um troco nas siderúrgicas da Europa. Dias atrás, elas procuraram a mesma Comissão Europeia e acusaram os maiores produtores de minério de ferro do mundo (a Vale e as australianas BHP Billiton e Rio Tinto) de usar seu poder econômico para impor ao mercado aumentos de preços abusivos.
A disputa entre as siderúrgicas e seus fornecedores de minério esquentou nas últimas semanas, depois que as mineradoras resolveram abandonar um sistema de reajuste anual que vigorou por 40 anos. A Vale adotou o sistema de reajustes trimestrais, definidos com base na média de preços do mercado à vista nos três meses anteriores.
Quando a crise econômica tornou-se mais aguda, entre o final de 2008 e o começo do ano passado, o presidente da Vale, Roger Agnelli, procurou pessoalmente seus principais clientes no mundo para pedir que respeitassem os contratos entre eles. Disse que, se não pudessem comprar as quantidades que haviam encomendado, ao menos não mexessem no preço estipulado nos acordos. Com a demanda no chão, as siderúrgicas não cumpriram os contratos com a Vale e passaram a forçar a compra do minério de ferro pela cotação do mercado à vista, então bem mais baixo que o dos contratos anuais.
Hoje, depois que o vento mudou e o preço do mercado à vista está na estratosfera, quem não quer mais saber de contratos anuais são as mineradoras. Agora, são elas que gostam do mercado à vista. "Não é a Vale que está reajustando o preço do minério. É o mercado", afirma Martins. "Desde agosto de 2009 o mercado vem pagando preços acima do que acertamos nos contratos e a Vale cumpriu todos os acordos. Agora é o momento contratual do reajustar os preços e a Vale está propondo um sistema flexível." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Portal Exame

FIESC debate projetos econômicos com parlamentares de SC

Deputada federal Angela Amin, Presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, 1º vice-presidente da FIESC, Glauco José Côrte e o senador Neuto de Conto (Foto: Guilherme Ternes)
Parlamentares da bancada catarinense em Brasília participaram da reunião de diretoria da Federação das Indústrias (FIESC) na sexta-feira (26) e assumiram compromisso com posições da indústria que são determinantes para a competitividade empresarial. Mudanças na legislação trabalhista e a necessidade de mudar a forma de distribuição da arrecadação decorrente da exploração do petróleo foram os temas que dominaram o debate com os industriais, do qual participaram o senador Neuto de Conto, a deputada Ângela Amin, além do ex-senador Geraldo Althoff, representando o senador Raimundo Colombo, e Norberto Kretzer, assessor do deputado Odacir Zonta.
O presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, e o 1º vice-presidente, Glauco José Côrte, destacaram os impactos de propostas como a obrigatoriedade da redução da jornada de trabalho e restrições à terceirização. "A proposta em debate no Congresso aumenta os riscos para quem terceiriza etapas do processo produtivo, criando a responsabilidade solidária para o contratante. O que precisamos é a modernização da legislação, para estimular a criação de novos postos de trabalho, enquanto esse tipo de proposta vai em sentido contrário", disse Côrte, que citou também a proposta de obrigatoriedade de distribuição de lucros pelas empresas. "São iniciativas que não consideram a realidade de cada setor e região e, por isso, prejudicam especialmente segmentos em dificuldade ou empresas de menor porte", disse Corrêa.
A deputada Ângela Amin afirmou que a Câmara adotou uma postura de cautela com relação à Proposta de Emenda Constitucional sobre a redução da jornada. "A presidência da Casa e o colégio de líderes definiu que não haverá votação antes da eleição", disse, ressaltando a importância de não permitir que o processo eleitoral deste ano afete a posição dos parlamentares.
"Somos sumariamente contra a redução da jornada. Isso é uma posição partidária", afirmou Althoff, acrescentando que, se aprovada, a medida "criará um engodo" e aumentará significativamente os custos das empresas, disse. O senador Neuto De Conto defendeu a mesma posição. "Como vamos discutir redução da jornada se falta de mão-de-obra? No Oeste do estado tem frigorífico pegando gente de ônibus a 200 quilômetros da fábrica para trabalhar", disse.
A FIESC também chamou a atenção dos parlamentares para que Santa Catarina seja contemplada na distribuição dos royalties do Pré-sal. De Conto afirmou que não é justo e nem adequado que 75% dos royalties sejam repassados ao Rio de Janeiro. "As riquezas que estão no solo ou sob o mar são da União. E a União somos todos nós", disse. "De cada oito poços perfurados, apenas um tem sucesso. Todos nós pagamos pela perfuração dos oito. O lucro daquele um que dá certo fica com o Rio de Janeiro", afirmou.
Côrte lembrou os parlamentares de que a FIESC fez um estudo mostrando o cenário da atividade de exploração e produção de petróleo e gás natural. A publicação também aborda a distribuição dos royalties a partir da exploração de petróleo e deixa clara a baixa participação do estado na distribuição dos recursos - apenas R$ 31,46 milhões, ou seja, 0,14% do montante arrecadado vieram para Santa Catarina em 2008.
A execução do Orçamento Geral da União para infraestrutura de transporte foi outro tema debatido com os parlamentares. A FIESC apresentou dados que mostram que Santa Catarina foi o estado com o pior desempenho: apenas 17,2% dos R$ 487 milhões previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram executados. A entidade ainda pediu apoio dos parlamentares para que sejam incluídos no Orçamento R$ 15 bilhões para investimentos até 2015 nos modais rodoviário (R$ 5,3 bilhões), marítimo (R$3,3 bilhões), ferroviário (R$ 4,9 bilhões), aéreo (R$ 948 milhões), dutoviário (R$ 537 milhões) e hidroviário (R$ 20 milhões).

Fonte:
Portal Fiesc