sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Desemprego sobe menos e renda aumenta em janeiro

Os resultados de janeiro da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) confirmaram o bom momento do mercado de trabalho brasileiro. Apesar do natural aumento da taxa de desocupação, que passou de 6,8% em dezembro para 7,2% no mês passado, a fotografia de janeiro mostrou a menor elevação do desemprego da série histórica para o período entre dezembro e janeiro, além de ter registrado aumento de 1,1% do rendimento para a população ocupada.
"O mês de janeiro foi cheio de recordes. Se a crise não acabou, estamos passando por ela de forma bastante interessante", frisou Cimar Azeredo, gerente da PME. "Os resultados mostram que o cenário econômico está mais favorável e o mercado de trabalho está com mais vigor", disse.
A taxa de desocupação de janeiro foi a melhor para o mês desde o início da série histórica, atrás apenas dos 6,8% de dezembro de 2008 e dezembro de 2009. O volume de ocupados, de 21,605 milhões, também foi o maior para um mês de janeiro, assim como o volume de desocupados, de 1,687 milhão, foi o menor para um primeiro mês do ano.
Janeiro também apontou a queda da informalidade, já que o volume de empregos com carteira assinada no setor privado subiu em 71 mil, embora a alta de 0,7% seja considerada estatisticamente como estabilidade. Azeredo explicou que o movimento é natural no primeiro mês do ano, já que a dispensa após o aquecimento das vendas em dezembro costuma atingir principalmente os contratados sem carteira. Nesse segmento houve queda de 5,1% no volume de ocupados em relação a dezembro, o equivalente à perda de 142 mil postos de trabalho.
A dispensa natural de empregados em janeiro também beneficiou o rendimento médio da população ocupada, que subiu 1,1% na comparação com dezembro, para R$ 1.373,50. "A tendência é de dispensa dos recentemente contratados, que ganham menos", explicou Azeredo.
Na comparação com janeiro do ano passado, o rendimento caiu 0,4% e o técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) creditou o recuo ao comportamento ruim do mercado de trabalho no ano passado, quando houve uma maior dispensa de pessoal, o que acabou elevando mais o rendimento médio.
A notícia ruim ficou por conta do setor industrial, no qual houve dispensa de 79 mil trabalhadores entre dezembro e janeiro, uma queda de 2,2% - considerada estabilidade pelo IBGE. O movimento foi considerado natural, já que apenas o setor de serviços prestados às empresas apresentou alta, de 2,1% - também estabilidade -, ou 67 mil postos de trabalho a mais. A piora na indústria ficou mais explícita na comparação com janeiro do ano passado. Nessa relação a indústria fechou 59 mil postos de trabalho, uma queda de 1,6%, puxada pelo tombo de 5,6% em São Paulo, que representa 40% do mercado de trabalho do setor no país, com o fechamento de 104 mil postos em relação a janeiro do ano passado.
"A indústria ainda mostra algumas mazelas no mercado de trabalho. Continua menor que no ano passado e, embora seja estatisticamente estável, mostra trajetória de queda", ponderou Cimar Azeredo.

Fonte: Valor Econômico Rafael Rosas, do Rio
26/02/2010

Confiança da indústria é a maior desde 2007, diz FGV

Os empresários da indústria brasileira ficaram mais confiantes em fevereiro, informou a Fundação Getúlio Vargas nesta sexta-feira (26).
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,9%, ao passar de 113,6 para 115,8 pontos, o maior nível desde dezembro de 2007.
“Apesar dos sinais de acomodação da produção na virada do ano, o elevado grau de otimismo do empresariado fica evidenciado nas previsões favoráveis para novas contratações e nas perspectivas para os negócios no horizonte de seis meses", informou a FGV em comunicado.
De acordo com o indicador, houve melhora tanto na percepção dos empresários sobre a situação presente quanto em relação aos próximos meses.
Em fevereiro , o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 0,7%, ao passar de 112,6 para 113,4 pontos; e o Índice de Expectativas (IE) elevou‐se em 3,3%, de 114,5 para 118,3 pontos, o maior da série histórica da FGV.
Fonte: site Globo.com

Ser joinvilense é..., por Mário Brehm*

Sobre o caderno especial publicado no dia do aniversário do jornal “A Notícia” (24/2), podemos acrescentar que ser joinvilense é...

... ter frequentado o antigo Bar Sopp; a Confeitaria Dietrich; a Sorveteria Polar; assistido a filmes nos cines Colon e Palácio; comido pastéis no Japonês, em frente ao Colégio Bom Jesus; escalado o morro atrás do Colégio dos Santos Anjos; andado de skate na rampa enorme que tinha na Expoville; jogado bola na rua das Palmeiras com duas das árvores servindo como traves; pescado no rio Cachoeira; ido na boate da Edite ou na boate do Tênis e Savége; comido em frente dela o famoso x-estrogonofe com batata palha; sem falar na galera que ia de vez em quando no Catarinense, Floresta, Ginástico, Alvorada, Rio da Prata, Salão Jacob.

... endeusar o Ernestão e o Olímpico, com os nossos saudosos Caxias e América; ou, ainda, o Abel Schulz, com os nossos gigantes do basquetebol ou futsal; admirar a nossa baía da Babitonga e seus lindos passeios com o barco Príncipe de Joinville ou nossa imponente serra do Mar com suas lindas cachoeiras; admirar nossas flores de jacatirão ou os maravilhosos ipês-amarelos; conviver com esse povo trabalhador, otimista, lutando cada qual por seu sonho, sorrindo na chegada e chorando na partida.

... manter costumes, tradições e cultura como Festival de Dança e Festa das Tradições; orgulhar-se dos diversos museus (Sambaqui, Bicicleta, Artes, Fritz Alt, Fundição, Bombeiros); da Casa da Cultura; do Mercado Público Municipal; da Catedral do Bispado; da Estação da Memória; da Sociedade Harmonia-Lyra; do Colégio Bom Jesus/Ielusc; do glorioso 62º Batalhão de Infantaria; das tradicionais festas das Flores e da Solidariedade; do polo industial que somos; da limpeza das ruas e da cerveja Antarctica feita com água daqui, que era vista como a melhor do Brasil.

... ouvir todos os dias gaúchos, paranaenses, paulistas, mineiros e nordestinos dizerem que Joinville é linda.
*VOLUNTÁRIO DA SOCIEDADE CORPO DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE JOINVILLE

Jornal A Notícia - 26 de fevereiro de 2010. | N° 687
ARTIGO

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Metalúrgicas em recuperação



Depois de um 2009 crítico, as empresas de Joinville estão retomando o crescimento e as contratações
A crise do ano passado, que afetou principalmente as exportações, encolheu o faturamento das metarlúrgicas de Joinville em até 60%, segundo levantamento do Sindicato das Empresas Metalúrgicas e de Material Elétrico de Joinville (Sindimet).
O ano passado terminou com queda no faturamento para 80% das empresas pesquisadas. Entre as empresas de grande porte, as reduções ficaram entre 22% e 34%. Entre as pequenas e médias, as variações negativas oscilaram muito, de um dígito a 60%. A exportação teve um peso significativo nos resultados, com quedas que vão de 32% a 52%. Em relação aos investimentos planejados para 2009, 70% das metalúrgicas cortaram parte do valor previsto.
Das empresas pesquisadas, 80% começaram a recuperar os empregos cortados com a crise já no segundo semestre de 2009. De julho a dezembro de 2009, foram criadas 359 vagas, que representam um crescimento de 5% no volume de empregos do final do primeiro semestre.
No primeiro mês de 2010, o ritmo das contratações aumentou: foram abertas 254 vagas. Com isso, a situação do emprego em fevereiro, se comparada ao primeiro semestre de 2009, fechou com um crescimento de 7,1%.
Apesar de uma expectativa positiva para o ano, 30% das empresas entrevistadas destacaram que não devem alcançar o mesmo faturamento obtido em 2008.
A realização de eleições nas esferas federal e estadual em 2010 não deve afetar o desempenho das metalúrgicas de Joinville. As expectativas com eventuais mudanças na economia ficam para 2011, com o início de um novo governo. No entanto, o aquecimento do mercado interno com as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016, já anima metade das empresas.

A Notícia 25 de fevereiro
Coluna Cláudio Loetz

Cai lucro da Weg

A Weg, de Jaraguá do Sul, apurou lucro de R$ 136,4 milhões no quarto trimestre de 2009. Na comparação com o trimestre anterior, houve queda de 14,8% , mas o resultado é 39,7% superior ao obtido em 2008.

A receita operacional bruta somou R$ 1,3 bilhão, num recuo de 15% em comparação a igual período de 2008. A receita operacional líquida foi de R$ 1,07 bilhão, uma queda de 16,9% sobre outubro-dezembro de 2008 e alta de 2% em comparação ao trimestre anterior.

A Weg aplicou R$ 226,3 milhões em 2009. A companhia já identificou recuperação de negócios nos três últimos meses de 2009, principalmente nos segmentos de produtos de consumo (motores de uso doméstico, principalmente).

O mercado interno representou 67% da receita. A Weg deverá distribuir R$ 300 milhões em dividendos a seus acionistas, após deliberação a ser tomada em assembleia.

fonte: A Notícia LIVRE MERCADO | Claudio Loetz
25 de fevereiro de 2010. | N° 686

Empresários dizem que votar redução da jornada é manobra eleitoreira

Os presidentes das federações de indústrias dos estados condenaram como eleitoreira, em reunião de diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, na terça-feira, 23, a possibilidade de votação, no plenário da Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a jornada de trabalho.

Liderados pelo presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, os dirigentes da indústria visitaram, as lideranças dos partidos políticos na Câmara para argumentar ser inoportuna, numa conjuntura de recuperação da indústria e do emprego, como a atual, a votação da PEC que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e eleva o valor da hora extra. Segundo eles, a medida elevará os custos e diminuirá a competitividade das empresas, além de ampliar a informalidade.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, "como estamos em ano eleitoral, há uma confusão sobre o verdadeiro interesse de se reduzir a jornada". Segundo ele, a jornada média brasileira já é de 41 horas semanais. " Se houver imposição de redução da jornada, setores intensivos de mão-de-obra, como têxtil e calçados, e empresas de menor porte, vão ser muito prejudicados. A PEC, em vez de gerar empregos, pode gerar desemprego", assinalou Skaf.

"O momento para votar esta PEC é absolutamente inoportuno. Colocar em votação agora é uma demonstração clara de posicionamento político, criando-se uma fronteira de indecisão entre os deputados", avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Roberto Macedo.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Jorge Côrte Real, existe "açodamento" na votação da PEC. "A votação é inoportuna, primeiro por se tratar de um ano político e o tema fica contaminado. Depois, porque a redução da jornada não implica automaticamente na geração de emprego", destacou.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (FINDES), Lucas Izoton, disse que a PEC "trata os diferentes de forma igual", prejudicando as micro e pequenas empresas, que representam 60% do emprego formal e podem não sobreviver à imposição legal. "Não é sensato obrigar a redução da jornada independente das diferenças das empresas", enfatizou.

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Alcantaro Corrêa, haverá desemprego e aumento da informalidade com a PEC da redução da jornada, porque a indústria, para reduzir custos, intensificará a automação. "Está provado que a experiência da redução da jornada não trouxe aumento do emprego na França, Alemanha e Itália", acrescentou.

Fonte: Newsletter Semanal do Sistema FIESC | nº 152 | 24.02 até 03.03.2010 | Santa Catarina, 25 de Fevereiro de 2010

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Lobby da indústria

24 de fevereiro de 2010 | N° 8724
INFORME ECONÔMICO | EDUARDO KORMIVES - INTERINO

Os presidentes das federações industriais dos país partiram para o corpo a corpo ontem, em Brasília. Depois da reunião de diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), eles fizeram visitas a lideranças de 10 partidos na Câmara e ao presidente da Casa, Michel Temer. Defenderam que seria eleitoreira a votação da proposta de emenda constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais ainda este ano.

Segundo o presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Alcantaro Corrêa, foi feita uma "via-crúcis" para mostrar que não é interessante colocar o assunto na pauta agora, espremida pelo recesso eleitoral do segundo semestre. Ele argumenta que, na média, a jornada dos trabalhadores brasileiros já é de 40 horas, e que existem setores com situações especiais.

Fiesc defende a livre negociação
Se for aprovada a redução da jornada, diz Corrêa, os setores mais afetados serão agricultura e comércio, que repassariam os aumentos de custos ao consumidor.
O presidente da Fiesc argumenta que os trabalhadores estão tentando se manter no emprego. Segundo ele, apenas 80 mil dos 400 mil empregos perdidos na indústria durante a crise foram recuperados até agora. O caminho defendido pela indústria é a livre negociação entre patrões e empregados.

Mercado interno lidera novo ciclo

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Cristiano Romero
24/02/2010

O novo ciclo de investimento da economia brasileira está sendo impulsionado pelo mercado interno. No período anterior, foi o setor externo que liderou a demanda. Já houve uma melhora no mercado internacional, mas ela ainda reflete uma recuperação incipiente. A ocorrência de novos abalos em países europeus põe em dúvida o processo de reabilitação. A tendência é que o crescimento do Brasil siga sendo liderado pelo consumo interno.
Entre 2006 e setembro de 2008, portanto, até o advento da crise financeira internacional, o país viveu, como notam os economistas Adriana Inhudes e Gilberto Borça Jr., do BNDES, o mais longo e intenso ciclo de investimentos em mais de duas décadas. Naquele período, a taxa de investimento, medida pela evolução da Formação Bruta de Capital Fixo, avançou numa velocidade 2,5 vezes superior à do Produto Interno Bruto (PIB).
Graças ao então dinamismo da economia mundial, aquele ciclo começou estimulado pelos principais setores exportadores - de siderurgia, papel e celulose e mineração. Em meados de 2008, ele se generalizou, beneficiando também os setores voltados para o mercado interno e a infraestrutura básica. O boom de investimentos refletia a confiança dos empresários na demanda futura - efetivamente, eles estavam ampliando a capacidade produtiva para atender a demanda.
Com a crise, praticamente todos os segmentos da indústria, especialmente os dedicados ao mercado externo, foram impactados. Entre o último trimestre de 2008 e o primeiro de 2009, a queda acumulada dos investimentos foi de 20%. Em meados do ano passado, superada a fase mais crítica da turbulência, as empresas voltaram a investir. Inhudes e Borça Jr. decidiram avaliar a situação para descobrir o perfil do ciclo de investimentos pós-crise.
Utilizando uma metodologia própria, os dois economistas desmembraram o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) em dois: um interno, integrado pelos setores que têm o mercado interno como principal destino da produção; e um externo, com os setores em que as vendas ao mercado internacional são dominantes. O uso do Nuci, neste caso calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) - há um outro, apurado pela FGV -, tem uma explicação. Esse indicador aponta a proporção de recursos industriais já existentes que estão sendo utilizados na produção. Para alguns especialistas, é a variável determinante na tomada de decisão de investimento por parte de um empresário.
"Quando o grau de ociosidade diminui além do planejado, chega-se ao momento ideal para a expansão da capacidade produtiva, que, por conseguinte, se dá a partir de novos investimentos. De maneira inversa, quando o grau de ociosidade fica acima do planejado, ocorre uma contração dos gastos em investimento, limitada pelas necessidades de reposição de capacidade produtiva", explicam Inhudes e Borça Jr., que tratarão do tema no próximo boletim "Visão do Desenvolvimento".
Taxa de investimento e Nuci andam juntos. Quando a primeira cresce, o segundo aumenta. Com a eclosão da crise, o investimento sofreu forte queda e a indústria aumentou, rapidamente, o grau de ociosidade. Olhando para o momento atual, vê-se que os investimentos cresceram na margem, no terceiro trimestre de 2009, 6,5% em relação ao trimestre anterior. Mas quem está liderando as inversões?
No chamado Nuci interno, os dois economistas do BNDES agruparam 11 setores que destinam a maior parte de sua produção ao mercado doméstico. Eles representam 49,5% do Nuci total da indústria. São eles: têxtil; vestuário; edição e impressão; refino e álcool; produtos químicos; borracha e plástico; minerais não-metálicos; produtos de metal; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; material eletrônico e de comunicação; móveis e diversos. Do Nuci externo fazem parte oito setores, com peso de 50,5% no Nuci total da indústria - alimentos e bebidas; couro e calçados; madeira; papel e celulose; metalurgia básica; máquinas e equipamentos; veículos; outros equipamentos de transporte.
A análise dos dois indicadores mostra que, entre 2006 e setembro de 2008, o Nuci externo foi sempre superior ao Nuci interno. Durante a crise, a retração do investimento foi generalizada. Apesar de o consumo das famílias ter se mantido como um amortecedor dos efeitos da crise, os investimentos relacionados tanto ao mercado interno quanto ao externo sofreram forte revés. No processo de retomada, o que se observa é que, agora, o Nuci interno supera o externo (ver gráfico).
"Para 2010, espera-se uma acomodação gradual da velocidade de ocupação da capacidade industrial ligada aos setores domésticos (o Nuci interno), enquanto nos setores mais voltados à exportação esse ritmo dependerá da evolução dos principais mercados de destino dos produtos manufaturados brasileiros, notadamente os países da América Latina", dizem Inhudes e Borça Júnior.
Cristiano Romero é repórter especial e escreve às quartas-feiras.
E-mail: cristiano.romero@valor.com.br
Fonte: Valor Econômico

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SC inicia 2010 com queda nas exportações

As exportações catarinenses de janeiro somaram US$ 426,4 milhões, com redução de 27,3% em relação a dezembro e de 3,1% na comparação com janeiro de 2009, divulgou a Federação das Indústrias (FIESC) na quinta-feira (11). As importações no primeiro mês do ano registram queda de 2,3% em comparação com dezembro de 2009, inferior à contração dos embarques, com isso o saldo da balança comercial fechou negativo em US$ 352 milhões.

Dos dez principais produtos exportados por Santa Catarina, cinco registraram redução. Entre eles estão motores e geradores elétricos (-39,7%), fumo (-24,4%) e papel kraftliner (-5,3%). Entre os produtos que tiveram crescimento estão blocos de cilindros e cabeçotes para motores a diesel (76,2%), motocompressor hermético (42,8%) e refrigeradores e congeladores (15,1%).

Em janeiro, dos dez principais destinos das exportações do estado, oito registram crescimento em comparação com o mesmo período em 2009. Os Estados Unidos tiveram embarques da ordem de US$ 53,1 milhões, um crescimento de 5,1% em relação ao primeiro mês de 2009. As exportações para os Países Baixos somaram US$ 44,7 milhões, alta de 44,3% em relação ao esmo período do ano passado. Para a Argentina o crescimento foi de 23,5%, para a Rússia de 53,2% e para o México 68,4%. Os dois destinos que registram retração nas exportações foram Hong Kong (-40,9%) e Alemanha (-47,8%).

Nas importações, os dez principais produtos da pauta de compras do estado em janeiro registraram aumento na comparação com janeiro de 2009. As maiores altas foram nos insumos outras luvas de borracha vulcanizada (149,1%), fio de algodão (132%), catodo de cobre refinado e seus elementos (118,6%), fios texturizados de poliéster (118,5%) e polietileno (81,9%).

Dos dez principais países de quem Santa Catarina importou em janeiro de 2010, apenas a Coréia teve retração (-21,7%). Entre os que registraram alta estão Malásia (116,9%), México (63,8%), Índia (54,3%), Argentina (47,5%) e Estados Unidos (37,7%).
Fonte: Newsletter Semanal do Sistema FIESC

Emprego nas médias e grandes indústrias de SC teve queda em janeiro

O emprego nas médias grandes indústrias de Santa Catarina teve queda de 0,1% em janeiro. O número representa o fechamento de 287 vagas no grupo de 343 empresas pesquisadas pela Federação das Indústrias (FIESC). Embora janeiro tenha fechado com números negativos, dos 18 setores pesquisados, 14 apresentaram crescimento do emprego neste período.
Em termos percentuais, a queda no número de postos de trabalho no primeiro mês de 2010 foi registrada nos setores veículos automorores (-14,1%), outros equipamentos de transporte (-1%), produtos alimentícios e bebidas (-0,7%) e confecções e artigos do vestuário e acessórios (-0,4%). Neste mesmo período, entre os segmentos que apresentaram crescimento no número de contratações estão material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicação (4,2%), produtos químicos (4,1%), couros e artigos de viagem (2,7%), produtos de madeira (2,3%), edição, impressão e reprodução de gravações (1,8%) metalurgia básica (1,4%) e produtos de metal (1,4%).
Nos últimos 12 meses (fevereiro de 2009 a janeiro de 2010), o nível de emprego acumula queda de 3,5%, uma redução de 7.834 vagas no grupo que participou do levantamento. Neste período, em termos absolutos, os segmentos que mais fecharam postos de trabalho foram alimentos e bebidas (-3.634), veículos automotores (-2.425), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1.647).

Fonte: Newsletter Semanal do Sistema FIESC

Segmento de Fundição já apresenta sinais de recuperação

O presidente do Sindicato das Indústrias de Fundição do Estado de Minas Gerais , Sifumg, Afonso Gonzaga, afirmou que o setor deve fechar janeiro com produção de cerca de 110 mil toneladas de ferro fundido, quantidade 31% superior à produzida em dezembro do ano passado, que foi de 84 mil toneladas. Se comparada com janeiro de 2009, quando o setor amargava os efeitos da crise financeira mundial, a produção no mês passado deverá registrar aumento de cerca de 315%. O conjunto das empresas mineiras de fundição é o segundo maior produtor, atrás apenas de São Paulo – representa 28% do mercado nacional. São 398 empresas com capacidade instalada de 2,5 milhões de toneladas/ano. A produção destina-se principalment e aos estados de Minas Gerais e São Paulo e é justamente o mercado interno que, segundo Gonzaga, encontra-se mais favorável ao setor.
Fonte: Newsletter Foundry Gate

Máquinas: demanda mundial dá sinais de recuperação

(21/02/2010) - Dados recentes, divulgados por entidades norte-americanas, alemãs e japonesas indicam recuperação nos negócios com máquinas-ferramentas no mundo. Os números, porém, ainda estão muito abaixo dos níveis obtidos em 2008.
Após quatro trimestres de queda, no último trimestre de 2009 a indústria alemã de máquinas-ferramentas registrou aumento no volume de negócios. Os pedidos cresceram 12% em relação ao trimestre anterior. "Desde setembro, o volume de pedidos vem melhorando mês-a-mês”, disse Martin Kapp, presidente do Conselho da VDW (Associação dos Fabricantes de Máquinas-Ferramenta da Alemanha), na semana passada, em Frankfurt.
Enquanto os pedidos no mercado interno se mantinham em baixa, de 16%, as vendas para o Exterior cresceram 38%. Segundo dados da VDW, em 2009 o faturamento do setor na Alemanha caiu 55% em relação ao ano de 2008. Enquanto as vendas internas sofreram queda de 61%, as exportações caíram 50%.
Os fabricantes alemães, de acordo com Kapp, estão com confiança renovada para 2010. Reconhecendo que este ano também será difícil para o setor, afirmou: “esperamos uma retomada significativa nos negócios durante o primeiro semestre do ano".
No Japão, os pedidos de máquinas do setor privado aumentaram 20,1% em dezembro de 2009, na comparação com o mês anterior. No quarto trimestre de 2009 as encomendas por máquinas avançaram 7,8% na comparação com o terceiro trimestre. No acumulado do ano, entretanto, o volume de pedidos ficou 31,8% abaixo do registrado em 2008.
Nos EUA, em dezembro, o consumo de máquinas-ferramentas e equipamentos afins cresceu 22,9%, registrando o terceiro aumento mensal consecutivo. Na comparação com dezembro de 2008, a queda foi de 5,7%. No ano, os negócios com máquinas ficaram 60,4% abaixo do obtido em 2008. Para o presidente da AMT, entidade que reúne os fabricantes de máquinas dos EUA, "o aumento dos pedidos em novembro e dezembro reflete o vencimento dos incentivos ao investimento, previstos para o final de 2009", acrescentando que a AMT, junto com outras 40 entidades, encaminhou documento ao governo e ao senado dos EUA solicitando medidas de estímulo ao investimento.
“2009 foi um período muito difícil para os fabricantes de máquinas-ferramenta e equipamentos nos EUA. A atual tendência ascendente de novas encomendas e embarques, porém, dá demonstrações que irá se manter”, avalia Douglas K. Woods, presidente da AMT.
Fonte: Usinagem Brasil

Setor metalúrgico

23 de fevereiro de 2010. | N° 684Alerta

LIVRE MERCADO | Claudio Loetz


O Sindicato das Empresas Metalúrgicas de Joinville está finalizando a tabulação dos dados referentes à pesquisa que realizou entre seus associados, na primeira quinzena de fevereiro.

Levantamento “A Situação Econômica e as Perspectivas do Segmento Metalúrgico no Pós-crise” mostra que, em 2009, houve queda no faturamento para 80% das empresas pesquisadas.

Segundo o diretor executivo do Sindimet, Mário Brehm, a exportação teve um peso significativo nos resultados, com quedas que vão de 32% a 52%. Em relação aos investimentos planejados para 2009, 70% das companhias cortaram todo ou em grande parte o valor previsto. O estudo reúne dados de empresas que representam 70% dos empregos gerados no setor.

Metalúrgicas de Joinville reduziram faturamento em até 1/3 em 2009

Otimismo ressurge em 2010, mas emprego e vendas devem ficar abaixo de 2008

O Sindimet - Sindicato das Empresas Metalúrgicas e de Material Elétrico de Joinville, realizou entre seus associados, na primeira quinzena de fevereiro, o levantamento “A Situação Econômica e As Perspectivas do Segmento Metalúrgico no Pós-Crise”. O levantamento reuniu dados de empresas que representam cerca de 70% dos empregos gerados em Joinville no setor. Metade das empresas pesquisadas é de grande porte (emprega mais de 1.000 trabalhadores) e metade é de pequeno e médio portes.

2009 terminou com queda no faturamento para 80% das empresas pesquisadas. Entre as empresas de grande porte, as reduções ficaram entre 22% e 34%. Entre as pequenas/médias, as variações negativas oscilaram muito, de um dígito a 60%. A exportação teve um peso significativo nos resultados, com quedas que vão de 32% a 52%. Em relação aos investimentos planejados para 2009, 70% das metalúrgicas cortaram todo ou em grande parte o valor previsto.

Das empresas pesquisadas, 80% começaram a recuperar os empregos cortados com a crise já no segundo semestre de 2009. De julho a dezembro de 2009, foram criadas 359 vagas, que representam um crescimento de 5% no volume de empregos do final do primeiro semestre. No primeiro mês de 2010, o ritmo das contratações aumentou: foram abertas 254 vagas. Com isso, a situação do emprego em fevereiro, se comparada ao primeiro semestre de 2009, fechou com um crescimento de 7,1%. No entanto, este número ainda é 9% inferior ao cenário pré-crise, em junho de 2008. Ou seja, entre as indústrias metalúrgicas pesquisadas ainda faltam reabrir 1.285 postos de trabalho para chegar ao mesmo patamar de dezembro de 2008.

Apesar de uma expectativa positiva para o ano, 30% das empresas entrevistadas destacaram que não devem alcançar o mesmo patamar de faturamento obtido em 2008. Quanto ao crescimento do emprego, além das contratações realizadas em janeiro, outras 645 vagas já estão previstas. Mantendo-se esta expectativa, 2010 encerrará com 640 postos de trabalho a menos do que no início da crise, em 2008.

A realização de eleições nas esferas federal e estadual em 2010 não deve impactar o desempenho das metalúrgicas de Joinville. As expectativas com eventuais mudanças na economia ficam para 2011, com o início de um novo governo. No entanto, o aquecimento do mercado interno com as obras de infra-estrutura para a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016, já anima metade dos entrevistados no levantamento. Existe um entendimento de que tanto a Construção Civil quanto a economia em geral devem começar a sentir os efeitos positivos da preparação destes dois grandes eventos no país a partir deste ano.

O levantamento mostrou também que as maiores preocupações das empresas metalúrgicas dizem respeito aos elevados impostos e encargos aos quais as empresas estão sujeitas. A redução da jornada semanal de 44 para 40 horas, por exemplo, não deverá gerar mais empregos, no entendimento do setor. Com a manutenção do mesmo salário, o custo para contratação de mais pessoas irá aumentar. Para manterem a competitividade as empresas deverão investir na otimização de processos e em treinamento das pessoas, o que poderá causar um efeito inverso, com demissões ao invés de contratações.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Começam a sair os pedidos

A Notícia
16 de fevereiro de 2010. | N° 677

NEGOCIAÇÕES SALARIAIS

Sindicato dos mecânicos quer aumento de 10%, piso regional de R$ 800 e jornada de trabalho reduzida

Enquanto os representantes dos trabalhadores do setores dos plásticos e dos metalúrgicos esperam a chegada das assembleias, marcadas para o dia 27 deste mês, para divulgar os rumos que pretendem dar às negociações salariais e de benefícios, o Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região foi o primeiro a anunciar os pedidos da categoria.
“Devemos pedir um acréscimo de 10%, piso salarial regional de R$ 800 e jornada de trabalho reduzida. Hoje, são 44 horas semanais, mas, com o excesso de horas extras, a jornada fica em torno de 50 horas por semana”, diz João Bruggmann, presidente do sindicato da categoria.
As exigência serão votadas em encontro no próximo dia 27, quando outros dois pontos deverão ser discutidos. “Queremos licença-maternidade de seis meses e mudança na data-base, passando de abril para setembro. O objetivo é afastar o dia do início do ano, o que pode ser melhor para a categoria e para os empregadores.”
Entre as motivações que levaram às reivindicações, está o aumento na oferta de emprego. Bruggmann diz que está na hora de recuperar o que foi perdido no ano passado, quando os trabalhadores tiveram redução de jornada e de salários por causa da crise.
Nem mesmo a situação da Busscar, que acabou com mais de mil postos de trabalho por meio de um programa de demissão voluntária, deve afetar as negociações. “Vemos este momento como positivo para o setor”, acrescenta.
O otimismo tem o apoio do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Para o supervisor técnico José Álvaro Cardoso, o Brasil vem registrando uma melhora, levando a uma estimativa de crescimento de, no mínimo, 5% neste ano. “A realidade atual é mais positiva do que no ano passado. Por isso, é normal que os sindicatos considerem aumentos significativos”, sustenta.
“A conquista do aumento no piso estadual, que passou de R$ 611 para R$ 679, é um benefício, mas, em geral, 20% dos trabalhadores das indústrias ganham um salário inferior.”
MARINA ANDRADE | JOINVILLE

CALENDÁRIO
Confira a situação das reivindicações das principais categorias de Joinville

- Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região
Ligado à CUT
DATA-BASE: abril
ASSEMBLEIA: 27 de fevereiro
CATEGORIA: mais de 14 mil trabalhadores

- Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Refrigeração (Sinditherme)
Ligado à Força Sindical
DATA-BASE: abril
ASSEMBLEIA: data ainda não definida
CATEGORIA: mais de 9 mil trabalhadores

- Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville
Ligado à CUT
DATA-BASE: abril
ASSEMBLEIA: 27 de fevereiro
CATEGORIA: mais de 18 mil trabalhadores

- Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Material Plástico de Joinville
Não é ligado a nenhuma central
DATA-BASE: abril
ASSEMBLEIA: 27 de fevereiro
CATEGORIA: mais de 28 mil trabalhadores

Mau começo

A Notícia
12 de fevereiro de 2010. | N° 673

LIVRE MERCADO | Vandré Kramer - interino

Passou a crise e as empresas catarinenses não estão conseguindo recuperar o espaço perdido no exterior. As exportações catarinenses de janeiro somaram US$ 426,4 milhões, com redução de 27,3% em relação a dezembro e de 3,1% na comparação com janeiro de 2009, divulgou a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).
Dos dez principais produtos exportados por Santa Catarina, cinco registraram redução. Entre eles estão motores e geradores elétricos (-39,7%), fumo (-24,4%) e papel kraftliner (-5,3%). Entre os produtos que tiveram crescimento estão blocos de cilindros e cabeçotes para motores a diesel (76,2%), motocompressor hermético (42,8%) e refrigeradores e congeladores (15,1%).

As importações também caem

As importações no primeiro mês do ano registram queda de 2,3% em comparação com dezembro de 2009, inferior à contração dos embarques. Com isso o saldo da balança comercial fechou negativo em US$ 352 milhões.
Mas nos dez principais produtos da pauta de compras do Estado em janeiro deste ano registraram aumento na comparação com janeiro de 2009. As maiores altas foram nos insumos outras luvas de borracha vulcanizada (149,1%), fio de algodão (132%), catodo de cobre refinado e seus elementos (118,6%), fios texturizados de poliéster (118,5%) e polietileno (81,9%).
FUSÕES- - Associação das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) calcula que o volume de fusões e aquisições no Brasil deve crescer de 30% a 40% em 2010.

CRUZEIROS- - O primeiro cruzeiro a chegar na temporada de verão 2010/2011 em São Francisco do Sul vai ser o CVC Imperatriz, em 10 de dezembro. Vão ser 37 escalas até 20 de abril

NEGOCIAÇÕES- - O Sindicato dos Mecânicos de Joinville inicia hoje conversas para definir reivindicações da categoria. Além de reajuste salarial, o presidente da entidade, João Brugmann, não abrirá mão de piso estadual.