sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Programa reduz custos e ajuda fornecedores da indústria

Um programa levado ao setor industrial de forma subsidiada pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pelo SEBRAE está permitindo a um grupo de empresas catarinenses ganhos de produtividade de até 69%, além de redução no refugo da produção, no deslocamento dos funcionários e no espaço utilizado. Em Santa Catarina, o Programa de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas já conta com a participação de mais de 40 empresas ligadas a nove chamadas âncoras e será o tema do 3º Encontro dos Gestores Regionais do IEL e do SEBRAE, nesta quinta (24) e sexta (25), em Florianópolis.
"O programa promove uma relação de confiança entre as grandes empresas e os seus fornecedores. A âncora ajuda a estruturar os seus fornecedores e assim pode transferir a eles a responsabilidade sobre a qualidade", diz o superintendente do IEL/SC, Natalino Uggioni. Para isso o programa presta consultoria em gestão financeira, da qualidade, da produção, de marketing e da inovação.
Em Santa Catarina participam empresas dos setores têxtil, metalmecânico e plástico. As âncoras são de Joinville, Blumenau, Saudades, Apiúna e Rio do Sul. Por meio das empresas fornecedoras que estão sendo qualificadas, o programa chega a 19 municípios, inclusive um do Rio Grande do Sul, com o objetivo de ampliar a competitividade industrial.
Os ganhos das empresas participantes se traduzem em resultados financeiros. A Víqua, de Joinville, já percebeu resultados após quatro meses. "Reduzimos custos após o desenvolvimento do módulo de gestão da produção e já obtivemos um retorno financeiro cerca de 10 vezes maior que o valor investido para executar o programa", destacou o engenheiro da empresa, Evandro Loureiro.
Para Isaldo Pimentel, diretor de planejamento da Mantac, empresa de Joinville especializada em produção de mangueiras, tubos e acessórios, as pequenas melhorias realizadas no processo de produção passaram a gerar um lucro mensal extra de R$ 7 mil.
O programa tem duração total de 18 meses e oferece ainda ações para promover a geração de negócios como visitas técnicas, fóruns temáticos, rodadas de negócio e palestras. O SENAI e o SESI também participam, prestando serviços aos participantes do programa.
O encontro dos gestores vai permitir a troca de experiências entre os diversos estados onde ele é realizado e vai discutir o avanço dos projetos em andamento.
Fiesc

Indústrias catarinenses adotam modelo alemão de gestão ambiental

Primeiro encontro foi realizado em Blumenau e abordou tecnologias inovadoras para otimizar o tratamento de água residual
Teve início na semana passada uma série de workshops com consultores da empresa alemã Arqum, uma das responsáveis por gerenciar, juntamente com o SENAI/SC, o projeto REEF Santa Catarina. O trabalho é fruto de um acordo do SENAI com a Universidade de Stuttgart, da Alemanha, para a realização conjunta de consultoria ambiental. Dez empresas de Santa Catarina participam do projeto e terão subsídios para a realização das consultorias.
O primeiro encontro foi realizado em Blumenau e abordou as tecnologias inovadoras para otimizar o tratamento de água residual. Até o final do ano, estão previstos mais sete workshops com especialistas alemães e do SENAI/SC. As empresas participantes também receberão consultoria para atender às suas necessidades específicas sobre melhorias em tratamento de efluentes, matriz energética, geração de resíduos sólidos, reciclagem de água, remoção de cor, redução de custos com tratamento de efluentes, entre outros.
A parceria entre o SENAI e a universidade alemã foi fechada depois de dois anos de trabalhos em conjunto, chamados de ações de curta duração. Os trabalhos permitiram o conhecimento da forma de atuação e a identificação de potenciais clientes. As dez empresas selecionadas devem ser as mesmas nas quais foram realizadas as atividades que antecederam a formalização da parceria. As consultorias, com duração prevista de dois anos, identificarão oportunidades de refinar o uso dos recursos naturais e energia, com repercussão na redução de efluentes, resíduos sólidos economia de energia.
Os projetos serão financiados pelo instituto DEG, ligado ao governo alemão e que financia projetos de ciência e tecnologia. As empresas brasileiras beneficiadas deverão participar com quase 50% do valor do projeto, por meio de contrapartidas econômicas, aquelas que não representam desembolsos. Na prática, serão calculados os custos que as empresas terão, por exemplo, com horas de trabalho de sua equipe, na execução dos projetos. O SENAI, por sua vez, terá seus consultores recebendo treinamento. Os alemães têm interesse na prospecção de projetos futuros de melhorias da produção e economia de energia.
Além do SENAI, da Universidade de Stuttgart, e do instituto DEG, a parceria conta com a participação da LVI (câmara de meio ambiente ligada ao Ministério da Economia de Baden Württemberg) e das empresas Wehrler Umwelt (de consultoria e projetos ambientais) e Arqum (que gerencia projetos do DEG).
A parceria com a Universidade de Stuttgart também facilitará a transformação do núcleo ambiental do SENAI em Blumenau em Centro de Referência Ambiental. O núcleo oferece serviços laboratoriais e de consultoria.
O SENAI de Santa Catarina também mantém parcerias com instituições alemãs nas áreas de logística, e está negociando outros projetos nas áreas metalmecânica, educação a distância, entre outros.
Fiesc

Sessenta por cento das máquinas da indústria nacional são importadas

Segundo a Abimaq, apenas 40% do consumo de bens de capital brasileiro, que chegou a R$ 100 bilhões em 2010, é nacional
A divisão entre produtos nacionais e importados é exatamente inversa à verificada no final de 2004
São Paulo - A pressão cambial e a consequente perda de competitividade da indústria de bens de capital brasileira ante suas concorrentes estrangeiras têm causado mudanças no consumo de máquinas e equipamentos no país. Atualmente, seis de cada dez máquinas compradas por companhias nacionais não foram produzidas no Brasil.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), cerca de 40% do consumo aparente de bens de capital brasileiro, que chegou a R$ 100 bilhões em 2010, é composto por produtos fabricados pela indústria nacional.
Essa divisão entre produtos nacionais e importados é exatamente inversa à verificada no final de 2004. Há pouco mais de seis anos, seis de cada dez máquinas consumidas no país eram brasileiras, segundo a Abimaq. “Do consumo aparente de máquinas e equipamentos do país, 60% eram fabricados aqui até pouco tempo atrás. Isso se inverteu”, afirmou hoje (23) o vice-presidente da entidade, Carlos Pastoriza.
Segundo ele, essa inversão deve-se, principalmente, ao aumento das importações de máquinas de países asiáticos. Esses países foram os que mais se aproveitaram da valorização do real ante o dólar para aumentar suas exportações para o Brasil. Alguns deles, inclusive, acabaram reduzindo a cotação de sua moeda no mercado global para facilitar sua entrada no país.
“As exportações aumentaram principalmente dos concorrentes asiáticos, que tem como principal vantagem o câmbio artificial”, disse ele, ressaltando os números das importações de máquinas fabricadas na China.
O país que, segundo Pastoriza, mais tem contido a valorização de sua moeda, o yuan, aumentou sua participação nas importações brasileiras de máquinas de 2,1% para 14,7% em sete anos. Atualmente, ele é o segundo país que mais exporta máquinas para o Brasil, atrás dos Estados Unidos. Em 2004, era o quarto.
Para mudar essa situação, Pastoriza quer que o governo tome medidas que favoreçam a indústria. Ele disse que a Abimaq vem conversando com membros do recém-formado governo da presidenta Dilma Rousseff sobre essas medidas. Ele espera que, no mês que vem, elas sejam anunciadas. "Este governo parece estar muito mais sensibilizado”, afirmou.
Entre as ações mais aguardadas pela Abimaq, estão o fim da licença automática para importação de bens de capital, a ampliação da vigência de linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra de máquinas e a desoneração total do setor. Além disso, Pastoriza disse que a indústria em geral aguarda medidas de defesa comercial.
“Se essas medidas forem tomadas podemos reduzir parcialmente os dados catastróficos sobre a economia”, disse representante da Abimaq.
Exame

Indústria importa 60% das máquinas que utiliza

A pressão cambial e a consequente perda de competitividade da indústria de bens de capital brasileira em relação às concorrentes estrangeiras têm causado mudanças no consumo de máquinas e equipamentos no país. Atualmente, seis de cada dez máquinas compradas por companhias nacionais não foram produzidas no Brasil.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), cerca de 40% do consumo aparente de bens de capital brasileiro, que chegou a R$ 100 bilhões em 2010, é composto por produtos fabricados pela indústria nacional.
Essa divisão entre produtos nacionais e importados é exatamente inversa à verificada no final de 2004. Há pouco mais de seis anos, seis de cada dez máquinas consumidas no país eram brasileiras, segundo a Abimaq. "Do consumo aparente de máquinas e equipamentos do país, 60% eram fabricados aqui até pouco tempo atrás. Isso se inverteu", diz o vice-presidente da entidade, Carlos Pastoriza.
Segundo Pastoriza, essa inversão deve-se, principalmente, ao aumento das importações de máquinas de países asiáticos. Esses países foram os que mais se aproveitaram da valorização do real ante o dólar para aumentar suas exportações para o Brasil. Alguns deles, inclusive, acabaram reduzindo a cotação de sua moeda no mercado global para facilitar a entrada no país.
"As exportações aumentaram principalmente dos concorrentes asiáticos, que têm como principal vantagem o câmbio artificial", disse vice-presidente da Abimaq, ressaltando os números das importações de máquinas fabricadas na China.
O país que, segundo Pastoriza, mais tem contido a valorização de sua moeda, o yuan, aumentou a participação nas importações brasileiras de máquinas de 2,1% para 14,7% em sete anos. Atualmente, ele é o segundo país que mais exporta máquinas para o Brasil, atrás dos Estados Unidos. Em 2004, era o quarto.
Para mudar essa situação, Pastoriza quer que o governo tome medidas que favoreçam a indústria. Ele disse que a Abimaq vem conversando com membros do recém-formado governo da presidenta Dilma Rousseff sobre essas medidas. Ele espera que, no mês que vem, elas sejam anunciadas. "Este governo parece estar muito mais sensibilizado", afirmou o empresário.
Entre as ações mais aguardadas pela Abimaq, estão o fim da licença automática para importação de bens de capital, a ampliação da vigência de linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra de máquinas e a desoneração total do setor. Além disso, Pastoriza disse que a indústria em geral aguarda medidas de defesa comercial.
"Se essas medidas forem tomadas, podemos reduzir parcialmente os dados catastróficos sobre a economia", disse o representante da indústria brasileira de máquinas e equipamentos.
Valor

Grande varejista amplia compras na China

Movidas por um mercado interno aquecido e por preços mais competitivos, o número de empresas brasileiras que compram produtos chineses aumentou de 16.853 em 2009 para 20.837 no ano passado. Na faixa dos maiores importadores, que adquiriram mais de US$ 50 milhões da China, o número saltou de 41 para 72 no mesmo período.
Entre os grandes compradores de produtos chineses predominam os fabricantes de eletrodomésticos, eletrônicos e produtos de informática. Esses setores somam 40 empresas na lista dos maiores importadores de produtos "made in China".
Em 2010, porém, estrearam na lista dos maiores compradores da China dois varejistas: C&A Modas e Companhia Brasileira de Distribuição, o grupo Pão de Açúcar. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Levando em conta todos os países de origem, o Pão de Açúcar importou em 2009 um total de US$ 149,23 milhões. No ano passado, os desembarques da varejista saltaram para US$ 236,5 milhões. Desse valor, no mínimo US$ 50 milhões vieram da China. A C&A também ampliou significativamente as importações totais no Brasil, que passaram de US$ 74,91 milhões em 2009 para US$ 146,57 milhões no ano passado. Em 2010, um terço dos produtos desembarcados pela C&A no Brasil vieram da China. Procurados, o Pão de Açúcar e a C&A não se manifestaram.
Na faixa de importação de produtos com origem na China entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões, mantiveram-se varejistas como Walmart, Lojas Renner e Lojas Riachuelo. Apesar de terem continuado na mesma faixa de valor de importação de produtos chineses em que já estavam em 2009, Walmart e Renner galgaram posições. O Walmart era o sétimo maior importador dentro da faixa em 2009 e passou para o quinto lugar no ano passado. Já a Lojas Renner, que estava na 116ª posição dentro da faixa, subiu para a 56ª no mesmo período.
Para José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a maior participação dos varejistas nas importações é resultado do aumento do consumo das famílias nos últimos anos, principalmente nas classes C e D, e da clara preferência do mercado doméstico pelo produto importado, especialmente o "made in China". "Provavelmente os varejistas aproveitaram a oportunidade de atender o consumo ascendente comprando a preços menores", analisa.
A oportunidade de preços melhores não foi aproveitada somente pelos grandes importadores. Na faixa de compradores de produtos chineses em valor de até US$ 1 milhão, o número de empresas aumentou de 14.992 em 2009 para 18.153 no ano passado. Trata-se de um aumento superior a 3 mil empresas. Levando em conta o volume total de empresas que desembarcaram produtos chineses, em todas as faixas de valor, houve um acréscimo de cerca de 4 mil empresas.
A elevação, lembra Castro, é considerável se for levado em conta que o total de empresas que importaram, de todas as origens, cresceu de 34.044 para 38.684 no ano passado. Um acréscimo de 4.640 empresas. "Ou seja, a tendência é a empresa entrar no comércio internacional comprando primeiramente da China", observou.
Apesar de ter se mantido no ano passado como principal fornecedor do Brasil, os Estados Unidos não conseguiram aumentar com a mesma representatividade o número de importadores brasileiros de seus produtos. Em 2009, um total de 15.492 empresas desembarcaram produtos americanos no Brasil. No ano passado, o volume aumentou para 17.040 empresas. Em 2010, os Estados Unidos foram responsáveis por 14,89% da importação total brasileira. A China ficou em segundo lugar, mas encostada nos americanos, com fatia de 14,09%. A expectativa de especialistas é que a China torne-se a principal fornecedora do Brasil neste ano.
Bruno Lavieri, analista da Tendências Consultoria, diz que a grande vantagem da China é a fabricação em larga escala, o que permite oferecer produtos com preço muito mais baixo do que o dos demais países. Isso teria dado ao país asiático mais espaço num ambiente em que naturalmente surgiram novos importadores. "Sem dúvida nenhuma o crescimento de 7,5% do mercado interno e a desvalorização do dólar em relação ao real contribuíram muito para a elevação das importações como um todo", diz Lavieri. "Além disso os países desenvolvidos continuaram com a economia patinando, o que não permitiu um aumento de preços no mercado internacional."
A maior penetração dos chineses não deve ser creditada apenas a questões conjunturais. Castro lembra que os pequenos fabricantes chineses possuem muitos incentivos para exportar e tornam-se fornecedores naturais dos pequenos importadores brasileiros, conseguindo atendê-los em volume e tipo de produto. "Para os chineses, um número maior de empresas importando da China significa maior diversificação de setores e presença mais forte no mercado brasileiro."
Valor

Siderúrgicas ainda vão apresentar números piores que os de 2009

Embora os analistas esperem que o cenário para a indústria do aço deva melhorar a partir do segundo trimestre de 2011, com a alta de preços do aço na Europa e a expectativa de reajuste no Brasil, as prévias de Usiminas e Gerdau revelam resultados fracos no quarto trimestre de 2010, bem diferente da estimativa traçada para a mineradora Vale.
A média das projeções dos analistas para a Usiminas aponta receita de R$ 2,8 bilhões nos últimos três meses do ano passado, abaixo dos R$ 2,9 bilhões do quarto trimestre de 2009. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) é estimado na média em R$ 323,7 milhões, ante R$ 663 milhões do mesmo período do ano anterior, enquanto o lucro líquido esperado na média é de R$ 205 milhões, com queda de 68%. A margem Ebitda da Usiminas deve despencar ante o índice de 22,2% atingido ainda no quarto trimestre de 2009. As estimativas desse indicador oscilam entre os 11,3% da Brascan, 12,4% da Bradesco Corretora e 14% da SLW.
Os números do desempenho da siderúrgica mineira no último trimestre do ano devem ser conhecidos hoje, antes da abertura do mercado. Ferraz, da Brascan Corretora, prevê em relatório um volume de vendas líquidas de 1,5 milhão de toneladas, inferior aos 1,7 milhão de toneladas do mesmo período de 2009. Do total, cerca de 30% devem se referir à exportação. Com a depreciação do dólar, esse percentual prejudica a receita da companhia, na avaliação da Bradesco Corretora.
Além do efeito do dólar barato na receita de exportação, a Usiminas enfrentou no período uma concorrência predatória da importação de aço no país pelas distribuidoras. Para enfrentar essa concorrência, teve que, juntamente com as outras siderúrgicas nacionais, dar desconto entre 5% e 15% no preço do aço vendido. Agora começa a abolir o desconto, já que os estoques vêm caindo nas distribuidoras, devendo se normalizar em torno de um período de três meses de abastecimento em março. Também está previsto aumento de preço a partir desse período, quando os analistas trabalham com um cenário de recuperação (veja quadro ao lado).
A Gerdau deve divulgar seus resultados no dia 3 de março. O resultado previsto por analistas para o grupo gaúcho também deixa a desejar. Embora as projeções de receita sejam na média de R$ 7,5 bilhões, acima dos R$ 6,3 bilhões do quarto trimestre de 2009, o Ebitda é previsto na média em R$ 856 milhões e o lucro líquido, em R$ 290 milhões. No mesmo período do ano anterior, a Gerdau registrou Ebitda de R$ 1,2 bilhão e lucro de R$ 643 milhões.
A Gerdau, como a Usiminas, vem sofrendo também com a alta dos insumos consumidos pela indústria do aço, que são o carvão, o minério de ferro e a sucata. (VSD)
Valor

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Indústria desacelera uso da capacidade em janeiro

O nível de utilização da capacidade industrial instalada (UCI) ficou abaixo da mediana em janeiro. O índice UCI registrou 45,2 pontos no primeiro mês do ano. O índice varia entre 0 e 100 pontos: os indicadores acima de 50 pontos indicam nível de utilização da capacidade instalada aquecido. Os dados fazem parte da pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Trata-se do segundo mês consecutivo em que a entidade apontou que o setor industrial utilizou capacidade de produção abaixo da média registrada no período, o que não ocorria desde a crise o início da financeira global, em 2008.
Segundo o economista da CNI Marcelo Azevedo, a queda do nível de atividade foi provocada pela redução da demanda. "A indústria se antecipou e ajustou a sua produção ao perceber que a demanda está em declínio desde o fim do ano passado", disse.
O número de janeiro ficou abaixo do nível de dezembro do ano passado (48,2 pontos), que já indicava uma redução do ritmo da atividade industrial.
Mesmo com a queda no índice de ocupação da capacidade instalada, as empresas mantiveram, segundo a pesquisa, os estoques estáveis, com 50,4 pontos. O número demonstra que a redução na atividade era esperada pela indústria.
O índice que reflete as projeções para a demanda teve uma leitura de 61,3 pontos, acima da média histórica (59,6). O mesmo quadro se repetiu no tocante às exportações, que registraram 51,6 pontos, com as compras de matérias-primas, que ficaram com 58,8 pontos, e com o número de empregados, item que registrou 54,6 pontos.
A sondagem é elaborada a partir de questionários enviados para 1.449 empresas. a pesquisa foi feita entre os dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro. (Agências noticiosas)
Valor

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

COOPERAÇÃO ECONÔMICA BAVIERA – BRASIL 2011

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC, por meio do seu Centro Internacional de Negócios, está divulgando a 14ª edição do projeto de COOPERAÇÃO ECONÔMICA BAVIERA – BRASIL 2011

de 02 a 09 de julho de 2011

Augsburg, Alemanha

Realizado pelo Centro de Formação Profissional da Indústria Bávara (BFZ), juntamente com a Representação do Estado da Baviera no Brasil.
O projeto tem como objetivo o fomento das relações comerciais entre os setores empresariais catarinenses e bávaros por meio de parcerias.
Serão selecionados 12 representantes de empresas e instituições brasileiras, os quais durante 08 dias, terão a oportunidade de participar de um ciclo de encontros comerciais na Baviera. As pessoas selecionadas serão convidadas a participar de um seminário preparatório com duração de um dia em São Paulo (05/05/11).
O intercâmbio é direcionado, a empresas/instituições que atuam com os seguintes produtos/setores: Autopeças,Máquinas,Aeronáutico,Embalagens, Telecomunicações, Informática, Mídia, Biotecnologia, Tecnologia Ambiental, Tecnologia Medicinal, Energias renováveis

Aos interessados em participar do projeto, solicitamos que seja feito o preenchimento do formulário “International Economic Cooperation, Bavaria –Brazil 2011”, disponível no site www.fiescnet.com.br/cin até o dia 15 de abril/11.

Apoio Financeiro:
O Ministério da Economia, Infra-estrutura, Transporte e Tecnologia do Estado da Baviera assumirá os custos de: organização do seminário preparatório em São Paulo, permanência dos 12 participantes na Baviera, incluindo: acomodação e transporte, agendamento das visitas individuais nas empresas e organizações econômicas bávaras e custos de intérpretes.

Investimento das empresas catarinenses selecionadas:
Os selecionados no projeto terão despesas de: passagem aérea para o seminário preparatório em São Paulo, passagem aérea Brasil/Alemanha/Brasil e de alimentação.

Para um melhor aproveitamento do projeto, o conhecimento de inglês é desejável, mesmo que intérpretes estejam à disposição dos participantes.

Para quaisquer informações adicionais, favor contatar a Representação do Estado da Baviera no Brasil, com a Sra. Elfrida Meusburger (Coordenadora de Projetos), pelo telefone: (11) 5187- 5152 ou pelo e-mail: baviera@ahkbrasil.com

Desconto de ICMS sobre máquinas volta a vigorar

Maurício Barros: empresários estudavam ir à Justiça contra a Fazenda
Para evitar uma onda de ações judiciais, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo decidiu suspender duas normas administrativas, em vigor desde novembro, que restringiam a aplicação de benefícios fiscais de ICMS sobre a aquisição de máquinas e equipamentos. Um dos benefícios era a redução da alíquota do imposto de 18% para 12% nas compras feitas dentro do Estado. O outro permitia a redução da base de cálculo do ICMS em operações interestaduais.
A Fazenda, porém, passou a aceitar a aplicação dos benefícios apenas para as compras de bens destinados ao ativo imobilizado de estabelecimento industrial ou agrícola. A suspensão da restrição foi instituída pela Decisão Normativa da Coordenadoria da Administração Tributária (CAT) nº 1, de 2011, criada para garantir a "segurança jurídica" nas relações entre empresas e a Fazenda estadual.
A medida criou uma grande polêmica entre as empresas. Com a delimitação, a compra de bens como peças para veículos e máquinas para a construção civil não seriam mais alcançadas pelos benefícios fiscais. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) estava preparada para ajuizar uma ação judicial contra a restrição. "Como a Fazenda abriu a possibilidade de solução negociada, não usamos ainda esse recurso. Mas é cabível porque a restrição é ilegal", afirma Hiroyuki Sato, diretor executivo da área de assuntos tributários da associação. O diretor diz que, antes mesmo da restrição, o Fisco chegou a autuar algumas empresas. "E elas (autuações) estão sendo derrubadas no Tribunal de Impostos e Taxas", afirma Sato.
A redução das alíquotas foi estabelecida pela Lei estadual nº 7.535, de 1991, e sua aplicação era ampla desde então. A própria Fazenda editou uma lista de máquinas e equipamentos diversos que fariam jus ao benefício. Já a redução da base de cálculo do imposto foi oferecida por meio do Convênio firmado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) nº 52, de 1991, que também contém uma vasta lista de bens alcançados pelo desconto.
Os escritórios de advocacia vinham recebendo consultas de empresas que cogitavam ingressar com ações na Justiça contra a Fazenda. "Algumas estavam preocupadas porque fecharam negócios, de longo prazo, com base nos benefícios aplicados", explica o advogado tributarista Mauricio Barros, do escritório Gaia, Silva Gaede & Associados. Para ele, o Fisco deu um passo atrás por pressão das empresas nesse sentido.
A restrição impedia a aplicação do benefício sobre máquinas ou equipamentos usados, por exemplo, para a movimentação de estoque. "Na lista da lei há ainda algumas autopeças, entre outros bens que não fazem parte do ativo imobilizado da empresa", afirma Barros. Também há máquinas listadas pela legislação, como motoniveladoras e rolo compactador, que não são apenas de uso industrial ou agrícola.
Uma empresa que fabrica hidrômetros para residências aplicava os benefícios da lei paulista tranquilamente. Isso porque seu produto está descrito na lista da lei. Com a publicação da norma que limitou a benesse para o uso industrial ou agrícola, não sabia mais o que fazer. Segundo o consultor tributário Douglas Rogério Campanini, da ASPR Auditoria e Consultoria, ao analisar casos como esse, chegou à conclusão de que nem a lei, nem o convênio exigem a destinação exclusiva para a aplicação industrial ou agrícola. "As normas da Fazenda extrapolaram o texto da lei e do convênio. Assim, seria possível discutir na Justiça", diz.
Na Decisão Normativa nº 1, a Fazenda paulista afirma que "constatou-se a necessidade de aprimoramento da legislação que trata dessas operações". Para o advogado tributarista Vinicius Branco, do escritório Levy & Salomão Advogados, se a exigência voltar, não poderá retroagir e atingir os que já fizeram as operações com o benefício fiscal. Em relação às operações futuras, ele entende que existirá argumentos para contestar a restrição. "Acho discutível o governo aderir a um convênio do Confaz e depois baixar norma infralegal restringindo o direito ao beneficio fiscal", afirma. "Primeiro, a Fazenda deveria renunciar ao convênio."
Procurada pelo Valor, a Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz) informou que seu entendimento já está exposto na Decisão CAT nº 1, de 2011, e não comentou o assunto.
Valor Econômico

Investimento chinês no Brasil já vai além das commodities

Os investimentos chineses em atividades produtivas no Brasil alcançaram quase US$ 19 bilhões em 2010, dos quais US$ 16 bilhões ligados a commodities, evidência da estratégia agressiva do país de garantir o autofornecimento de matérias-primas. Os U$ 2,9 bilhões restantes se destinam aos setores de infraestrutura, como energia elétrica, e de produtos manufaturados, como automóveis e máquinas e equipamentos, equivalendo ao total investido pelo Japão no país no ano passado. Esse número deixa claro que a ofensiva chinesa no Brasil não se limita aos segmentos de commodities e à preocupação com o abastecimento futuro. Há um interesse crescente de companhias chinesas em aproveitar a expansão do mercado interno e da América Latina, movimento que alguns analistas classificam como "segunda fase" do apetite chinês.
Os números do levantamento do Valor se referem a operações concluídas ou anunciadas em 2010. Há incertezas quanto ao fluxo de investimento direto que entrou no país, estimado pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização (Sobeet) em até US$ 17 bilhões, mas os especialistas dizem não ter dúvidas de que a China foi o principal investidor. O mapeamento do Valor chegou a quase US$ 2 bilhões a mais de operações do que o da Sobeet.
O setor de petróleo é o que de longe recebeu o maior volume de investimentos chineses - US$ 10,1 bilhões, dos quais US$ 7,1 bilhões da compra de 40% da Repsol pela Sinopec e US$ 3 bilhões pagos pela Sinochem por 40% do campo de Peregrino, que pertence à norueguesa Statoil. Em 2009, o Banco de Desenvolvimento da China fechou um empréstimo de US$ 10 bilhões à Petrobras, com prazo de dez anos, pelo qual se acertou um aumento no volume de exportação do petróleo para o país asiático. Nos outros setores de commodities, os investimentos chegam a US$ 2,1 bilhões em mineração, US$ 3,5 bilhões em siderurgia, e US$ 330 milhões ligados à soja.
A magnitude das operações deixa claro que o apetite por commodities, que causa desconforto em alguns analistas (ver mais abaixo),
é a parte mais relevante da história do investimento chinês no Brasil até o momento, mas quem acompanha de perto a movimentação dos asiáticos garante que os interesses vão bem além dos produtos primários.
Sócio da consultoria Strategus, Rodrigo Maciel diz que os chineses acompanham de perto o crescimento e o avanço do consumo no Brasil, vendo como fundamental entrar no país para conquistar mercado e consolidar suas marcas. Maciel destaca inversões recentes nos setores de máquinas e equipamentos e no setor automobilístico, contando que tem conversado com um grupo chinês fabricante de caminhões de grande porte, interessado em investir no Brasil. A Strategus assessora empresas brasileiras e chinesas na promoção de investimentos e desenvolvimento de projetos nos dois países.
Nos setores de manufaturados, a atuação dos chineses muitas vezes começa pela importação maciça, o que causa desconforto aos produtores locais. É o caso da Kasinski, que traz do exterior, principalmente da China, 80% das peças para as motos fabricadas em Manaus. O segmento de motopeças é um dos que mais sofrem com a importação, o que deu origem à discussão da adoção de um novo Processo Produtivo Básico (PPB) para o setor de motocicletas na Zona Franca de Manaus. A ideia da Kasinski é aumentar paulatinamente a nacionalização, que pode chegar a 45% a longo prazo. Esse movimento, porém, deve ser feito com parceiros chineses, que devem desembarcar no país para fabricar componentes num formato de "cluster" (arranjo produtivo local).
Quando a CR Zongshen - uma joint venture de capital nacional e chinês - comprou a Kasinski em Manaus, a fábrica tinha capacidade para 20 mil unidades ao ano. A partir da aquisição, depois de um total de US$ 80 milhões de investimentos, ela foi ampliada para 110 mil unidades em 2010. Segundo o presidente da CR Zongshen, Claudio Rosa Júnior, uma nova aplicação de US$ 45 milhões deve fazer com que a fábrica chegue até o início de 2013 com capacidade ainda maior, de 180 mil unidades.
Os investimentos da CR Zongshen não devem parar por aí. A empresa, diz Rosa, deve acelerar os investimentos para montar um grupo de fornecedores de motopeças no formato de cluster (um arranjo produtivo local), o que deve consumir nos próximos anos investimentos estimados em pelo menos US$ 100 milhões. A empresa faturou R$ 200 milhões no ano passado e prevê aumento de receita de 300% para este ano, reproduzindo, segundo Rosa, praticamente a mesma escala de evolução de faturamento de 2009 para 2010. Nos planos da companhia, a produção da fábrica brasileira não terá como destino apenas o mercado doméstico. "O Brasil deve servir de plataforma de exportação para todas as Américas."
A Kasinski é apenas um exemplo do fôlego do investimento chinês no Brasil. Segundo a Investe São Paulo, agência do governo paulista para promoção de investimentos, a participação dos projetos chineses chega a 26% do total de R$ 3,8 bilhões em projetos prioritários atendidos pela agência e anunciados em 2010. Os projetos chineses incluem US$ 200 milhões da fábrica da Sany Heavy Industries, que vai produzir escavadeiras e guindastes, e US$ 400 milhões da montadora de veículos Chery.
O diretor de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, destaca justamente os anúncios de investimentos no setor automobilístico e de bens de capital, como o da Sany, como sinais de que o interesse chinês vai além das commodities.
Luciano Almeida, presidente da agência paulista, conta que o recebimento de consultas de investidores estrangeiros aumentou 70% de 2009 para o ano passado. A elevação de demanda dos chineses, porém, foi bem maior, atingindo 130%. "Depois da crise econômica houve uma redução das oportunidades de investimento no mundo e o Brasil é considerado um mercado em crescimento", diz ele, para explicar o boom chinês.
A diferença, como lembra o presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, Sérgio Amaral, é que os chineses têm muito fôlego no que ele chama de "diversificação de portfólio". A estimativa, diz, é que os chineses tenham US$ 200 bilhões a US$ 300 bilhões em fundos de investimento. "Mas eles estão reduzindo a compra de papéis americanos e comprando ativos em várias regiões do mundo."
Nessa diversificação, o primeiro foco dos investidores asiáticos foi em segmentos para assegurar suprimentos de matéria-prima, como alimentos, minério de ferro e cobre, para as obras de infraestrutura e projetos de construção civil em curso na China, segundo Amaral. Hoje, está em curso a "segunda fase do investimento", com os chineses chegando com força em projetos de manufatura com agregação de valor e tecnologia.
Para Barros, do Bradesco, o que vai ganhar força daqui para frente é a integração financeira entre China e Brasil. "O Brasil demanda poupança externa para crescer e realizar seus investimentos, ainda mais tendo em vista a Copa de 2014, as Olimpíadas em 2016 e o pré-sal, enquanto a China tem abundância de recursos para investir e uma relação comercial forte com Brasil."
Valor Econômico

País indica que pode, no futuro, copiar medida argentina

O respeito ao prazo máximo de 60 dias, determinado pela Organização Mundial de Comércio (OMC), é hoje a principal preocupação do governo e do setor privado brasileiro em relação ao novo pacote de licenças não automáticas anunciado pela Argentina. A inquietude foi manifestada em Buenos Aires pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, e pelo representante do Sindipeças, Antonio Carlos Meduna. "Nossa preocupação é que os prazos longos não afetem o Brasil, porque isso já geraria um problema com o Mercosul", disse Teixeira em entrevista ao jornal "La Nación".
Teixeira afirmou ainda que o Brasil "compartilha com a Argentina a preocupação" com a concorrência (de importações) de produtos asiáticos, que teria sido o motivo da nova leva de licenças. "Queremos observar o que faz a Argentina, porque, no futuro, também poderíamos usá-las como mecanismo de defesa nacional", disse ele.
O secretário-executivo participou ontem, na capital argentina, da reunião regular de monitoramento do comércio bilateral, onde as licenças foram um dos principais assuntos do encontro, que não contou com a participação do setor privado. Hoje as discussões bilaterais envolvem os ministros do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e da Indústria argentina, Débora Giorgi.
Meduna afirmou ao Valor que na reunião com Associação de Fábricas Argentinas de Componentes (Afac), realizada em Buenos Aires, foi "garantido" que o prazo máximo de 60 dias será "respeitado". Segundo ele, o Brasil seria "privilegiado" pelas autoridades argentinas na obediência a esse prazo. "Eles nos deram essa garantia. Mas precisamos saber do governo argentino quem serão nossos interlocutores nessas discussões, já que a agenda de produtos afetados [pelas licenças] é ampla e ainda não sabemos quais deles serão afetados ou não", disse Meduna.
A Argentina, lembrou o empresário, é o principal destino das exportações do setor de autopeças do Brasil. E o mercado brasileiro também é o principal endereço das exportações argentinas do setor. Meduna disse que os brasileiros não esperam que a ministra argentina recue agora na aplicação da medida.
"A aplicação da licença não automática é uma prerrogativa da Argentina. Mas nossa preocupação é com o prazo de 60 dias", reiterou. Ele disse que a trava burocrática não prejudicou, por exemplo, o comércio brasileiro de freios e embreagens durante 2009 e 2010. "Tudo foi respeitado e o setor brasileiro ganhou visibilidade no mercado argentino."
A duvida, porém, é se a ampla gama de setores que passarão a ter a licença acabará prejudicando as exportações brasileiras do ramo de autopeças. "Vamos ter que discutir caso a caso, produto por produto. Não vai ser uma coisa simples", disse. Além da reunião com a Afac, os representantes do Sindipeças se reuniram com a Câmara Argentina de Fricção e Afins (Caifa). "Mas temos ainda uma série de interrogações no horizonte", disse.
Uma comitiva da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) desembarcou, ontem, em Buenos Aires. "Achamos que as medidas não afetam o setor automotivo, mas espero sair daqui com essa certeza após as reuniões de amanhã", disse um assessor da entidade.
Valor Econômico

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ministra fala em proteger a indústria, mas importador teme desabastecimento

A ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, justificou, ontem, a ampliação das licenças não-automáticas, que afetarão duzentos produtos importados, dizendo que o Brasil também costuma adotar a medida. "As autoridades brasileiras foram informadas sobre a medida, que é uma ferramenta que eles utilizam habitualmente", disse Giorgi, em comunicado à imprensa.
Assessores da ministra disseram ao Valor que ela teria antecipado a decisão às autoridades brasileiras durante visita da presidente Dilma Rousseff à Buenos Aires, em 31 de janeiro. "Nós combinamos continuar trabalhando para articular cadeias de valor que nos permitam equilibrar a balança comercial", afirmou Giorgi. Ela disse que seu objetivo é "proteger o mercado nacional da concorrência desleal". Em 2010, enquanto as exportações argentinas cresceram 23% frente a 2009 as importações saltaram 46% em relação ao mesmo período.
No total, a partir desta lista, seiscentos produtos serão afetados pelas licenças não automática para entrar na Argentina. Pelas regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), o governo tem 60 dias para conceder a autorização.
As novas barreiras burocráticas entram em vigor em dezenove dias e, segundo assessores do governo brasileiro, podem afetar as exportações do Brasil para o mercado vizinho. "Nossa expectativa é que o governo argentino adote o "fast-track" para os produtos do Brasil", disseram. No ministério argentino, contudo, a exceção esperada pelo Brasil foi considerada como "difícil". "O Brasil faz o mesmo para proteger sua industria", insistiram assessores da ministra. "Mas faremos o que sempre foi feito. Agilizar e respeitar prazos".
A medida surpreendeu setores importadores da Argentina. "Essa não é uma boa notícia. O consumo interno continua em alta, mas a produção nacional não é suficiente para atender esta demanda em eletrônicos, por exemplo", disse um empresário e importador de uma rede de departamentos que pediu anonimato temendo represálias do governo. O presidente da Câmara de Importadores, Diego Pérez Santiesteban, disse que "não existe invasão" de produtos para justificar a medida oficial.
O anúncio das novas licenças levou o economista Dante Sica, da consultoria Abeceb, a afirmar que haverá "tensão de preços", quando a inflação continua sendo uma das principais preocupações no país. Mas as licenças foram elogiadas pelos fabricantes de Terra do Fogo, na Patagônia, onde o governo da presidente Cristina Kirchner quer estimular a produção nacional de eletrônicos. Ao mesmo tempo, o presidente da Fundação Pro-Tejer, Pedro Bergaglio, disse que a medida "é uma resposta às praticas comerciais desleais do último ano". A importação de alguns tecidos, diz ele, "triplicou" desde 2008.
A indústria metalúrgica, reunida na Associação Argentina de Fabricantes de Maquinas, Ferramentas e Acessórios (Adimra), também respaldou a iniciativa. "Existe, hoje, uma grande pressão das importações que colocam em risco o atual processo de recuperação da produção, do investimento e do emprego do setor metalúrgico", disse, segundo o jornal "El Cronista".
Valor Econômico

Nova lista de restrições deve reduzir vendas do Brasil para a Argentina

A ampliação de 400 para 600 itens na lista de produtos submetidos à licença prévia de importação pela Argentina pegou de surpresa importantes segmentos exportadores brasileiros. Divulgada às vésperas de reuniões bilaterais entre Brasil e Argentina, que serão realizadas hoje e amanhã, a lista com os 200 novos produtos sujeitos à restrição inclui desde automóveis de luxo, motocicletas, autopeças e acessórios, a máquinas de lavar roupa, ventiladores, celulares, computadores, laptops e produtos químicos e vidros.
"A nova medida argentina deve afetar 50% das exportações brasileiras do setor para a Argentina", diz Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Ele lembra que as restrições agora alcançam celulares e microcomputadores, dois itens que são muito comprados pelos argentinos.
Para Barbato, o resultado será a redução das exportações ao país vizinho. No ano passado, diz, as vendas para os argentinos no segmento elétrico e eletrônico somaram US$ 2,2 bilhões, com crescimento de 12,8% em relação ao ano anterior. Itens como monitores de vídeo, porém, que já estavam na lista anterior de exigência de licença prévia, tiveram redução de 53% nas vendas. Houve também queda de 27% nas exportações brasileiras à Argentina no ano passado. Com a ampliação da restrição também para os celulares, Barbato acredita em nova redução das vendas do produto aos argentinos.
O presidente da Abinee lembra que a medida deve desestimular ainda mais a fabricação de celulares no Brasil. "As regras do jogo não são respeitadas, o que está fazendo as indústrias se mudarem para a Terra do Fogo."
"Recebemos com surpresa a notícia ontem à noite", diz Antonio Carlos Meduna, que tem acompanhado as negociações bilaterais pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Ele lembra que a agenda de reuniões entre os dois países inclui encontros hoje e amanhã para tratar de questões do setor automotivo. A expectativa, conta, era discutir nas reuniões restrições de comércio para alguns componentes, como sistemas de embreagem e freios, por exemplo. A medida argentina, porém, acabou criando restrições adicionais com a extensão da licença prévia para vários produtos do setor.
Meduna diz que o Sindipeças ainda não levantou a representatividade da nova lista no total exportado pelo setor aos argentinos, mas diz que a diversidade é grande. Segundo ele, a restrição atinge não apenas os grandes sistemistas, mas também os fabricantes das chamadas "commodities" do setor, com peças menores como pistões e anéis. Um dos receios, diz, é de que os fabricantes brasileiros de autopeças percam espaço no mercado de reposição de peças argentino. As montadoras, lembra, terão maior facilidade para importação não só para a fabricação de veículos como também para venda no mercado de reposição. Com a imposição da licença prévia, que causa atrasos no desembaraço das mercadorias, há risco de desabastecimento no mercado argentino, o que fará os consumidores adquirirem peças de reposição nas concessionárias. Para Meduna, as medidas argentinas aumentam as expectativas em relação à reunião, que deverá ser a primeira do governo Dilma, num ambiente de mercado aquecido tanto no Brasil quanto no país vizinho.
Domingos Mosca, coordenador da área internacional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), acredita que a nova restrição divulgada às vésperas da reunião é um sinalizador de que a Argentina continuará dura para as negociações bilaterais. Para Mosca, o Brasil deveria mudar sua estratégia de negociação com o país vizinho. "Em vez de negociar licença por licença e produto a produto, no varejo, é preciso tentar negociar o assunto como um todo, de acordo com as normas do comércio internacional."
Segundo a Abit, a ampliação da lista de licença prévia atinge US$ 24 milhões dos US 392 milhões exportados do Brasil aos argentinos no ano passado, com a inclusão de tecidos e fios, principalmente. Com a nova listagem, o segmento fica com 230 produtos têxteis e confeccionados sob o regime de licenciamento não automático.
Valor Econômico

Otimismo do empresário industrial está menor que em 2010, aponta CNI

Queda é resultado do 'resfriamento' da atividade econômica.
Frente a janeiro, no entanto, indicador ficou praticamente estável.

A expectativa dos empresários para a economia brasileira no começo de 2011 ficou praticamente estável na passagem de janeiro para fevereiro, conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou um ligeiro recuo ao passar de 62 pontos para 61,8 pontos.
O empresariado, no entanto, está muito menos otimista no início deste ano do que estava no mesmo período de 2010. O grau de confiança recuou seis pontos em fevereiro de 2011 contra o mesmo mês do ano passado.
“A queda no otimismo é resultado do resfriamento da atividade econômica nos últimos meses. Em fevereiro do ano passado, a indústria estava em um momento muito bom”, afirmou o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Segundo Azevedo, mesmo com a retração, os empresários continuam confiantes, já que o ICEI varia de zero a cem pontos e valores acima de 50 pontos são considerados positivos
Todos os portes de empresa apresentaram menor confiança em relação a fevereiro do ano passado. A piora do otimismo também ocorreu em todas as regiões. Da mesma forma, as expectativas do empresariado para os próximos seis meses se deterioraram, de 71 pontos em fevereiro de 2010 para 65,5 pontos para fevereiro deste ano.
A redução no otimismo dos empresários foi constatada em todas as regiões do país na comparação com o mesmo período de 2010. No Sul, por exemplo, o indicador recuou 7,3 pontos e ficou em 59,9 pontos. A menor queda foi apurada no Centro-Oeste, onde o índice caiu 3,4 pontos, para 65,9 pontos.
Sobre janeiro, o ICEI de fevereiro ficou praticamente estável em todas as regiões, com pequenas oscilações para acima e para baixo.
Já por setores, as melhores perspectivas estão com os empresários do segmento de outros equipamentos de transporte (69,9 pontos) e equipamentos hospitalares e de precisão (66,4 pontos).
Perspectivas
O índice de expectativa para a economia nos próximos seis meses também ficou estável no mês de fevereiro ao registrar 61,3 pontos, próximo aos 61,4 pontos verificados em janeiro. A mesma perspectiva é vista quando se trata das expectativas para os negócios da empresa, com o indicador subindo apenas de 67,5 para 67,7 pontos.
A pesquisa da CNI foi realizada entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro, com 1.839 empresas, das quais 1.028 pequenas, 561 de médio porte e 250 grandes.
Com informações do Valor Online e da Agência Estado
G1

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Argentina amplia barreiras contra produtos importados

Com a medida, governo pretende pressionar a indústria do país a fazer investimentos em diversos setores. No mercado de autopeças, déficit comercial com o Brasil aumentou R$ 1,5 bi no último semestre
O governo da Argentina decidiu aumentar as barreiras contra as importações, conforme medida publicada no Diário Oficial desta terça-feira. O Ministério de Indústria anunciou a ampliação da lista de produtos atingidos pelo sistema de Licenças Não Automáticas (LNA), de 400 para 600 itens. Este sistema exige a aprovação prévia do governo para a entrada dos produtos no mercado doméstico. A nova lista inclui produtos metalúrgicos, siderúrgicos, eletrônicos, linhas, tecidos, automóveis de luxo, vidros, bicicletas, motos, entre outros.
Os automóveis atingidos são os que possuem motores acima de 3.0 litros, no caso dos que são movidos a gasolina, e os superiores a 2.5 litros para o caso dos motores movidos a diesel. Na realidade, a importação de automóveis de luxo pela Argentina está paralisada desde o início de fevereiro. Assessores da ministra de Produção, Débora Giorgi, explicaram que "a medida não afeta os automóveis provenientes do Brasil e México". Porém, segundo levantamento realizado pela consultoria Investigações Econômicas Setoriais (IES), as importações de autopeças cresceram 61,7%, em 2010, comparado a 2009.
A IES estima que a alta foi resultado da negociação entre os dois países, em meados do ano, para colocar um fim das barreiras argentinas contra as autopeças. "O déficit comercial com o Brasil nesse setor subiu de US$ 1,353 bilhão para US$ 2,843 bilhões, no período mencionado, provavelmente por causa da liberação de algumas importações dessa origem", afirmou o economista chefe da consultoria, Eduardo Álvarez.
Com as restrições, o governo pretende pressionar os empresários para que realizem investimentos no país e produzam mais autopeças nacionais. Em nota oficial, Giorgi explicou que a medida tem o objetivo de "preservar os produtos nacionais no mercado interno" e o "processo de reindustrialização". Ela diz que as novas licenças não automáticas serão aplicadas em setores nos quais a Argentina tem uma produção nacional capaz de satisfazer a demanda.
"A estratégia de comércio administrado para resguardar os postos de trabalho deu resultados satisfatórios à nossa indústria, que conseguiu substituir importações no valor de US$ 9,2 bilhões, no último ano", afirmou a ministra. Ela detalhou ainda que "os setores cujas importações têm licenças não automáticas são os que mais aportaram para a substituição de produtos importados, como o automobilístico, eletrônicos, linha branca, calçados e têxteis". Débora Giorgi ressaltou que a medida "não significa que não se possa importar" na Argentina.
Ela disse que o sistema permite ao governo um prazo de 60 dias para conceder a autorização para que o produto entre no país, conforme estabelece a Organização Mundial de Comércio (OMC). O problema é que, como o sistema não é informatizado, a análise pode demorar muito mais que 90 dias, segundo reclamações de empresários brasileiros.
Amanhã

41% das indústrias de SC sentem a disputa com a China, mostra FIESC

A Sondagem Especial China - Santa Catarina, realizada pela Federação das Indústrias (FIESC) e divulgada na última quinta-feira (10), mostra que 41% das indústrias do estado enfrentam concorrência de produtos chineses no Brasil e que, desse grupo, quase um terço (29%) perdeu participação de mercado. A disputa no exterior é ainda mais forte e, segundo o levantamento com 103 empresas de grande, médio e pequeno portes, 63% das exportadoras precisam disputar espaço no exterior com os produtos feitos naquele país.
Mas o levantamento também mostra que a indústria está atenta às oportunidades do atual cenário de câmbio favorável à importação e procura compensar esse acirramento na concorrência. Conforme a sondagem, 30% das empresas estão importando matérias-primas da China e 17% importam produtos acabados, mesmo percentual que está trazendo máquinas e equipamentos. "O fator China precisa ser considerado no planejamento estratégico de qualquer empresa, independentemente do seu porte. E o levantamento mostra que as indústrias catarinenses estão atentas, pois 59% das empresas pesquisadas responderam que já definiram estratégia para enfrentar a concorrência chinesa", diz o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma.
A preocupação, contudo, é com a possibilidade de haver um crescimento da transferência de produção para fora do país no longo prazo, tendência agravada pelo câmbio e pelos altos custos de produzir no Brasil. O estudo mostrou que 5% das indústrias catarinenses pretendem terceirizar parte de sua produção com empresas chinesas. Por isso a FIESC fará no dia 24 o seminário Riscos da Desindustrialização, que vai ter entre os painelistas Flávio Castelo Branco, economista da CNI, André Luiz Sacconato, da Tendências Consultoria Integrada, e José Augusto de Castro, da USP/FIPE-SP (veja a programação abaixo). As inscrições devem ser feitas pelo banner do seminário no portal FIESCnet (http://www.fiescnet.com.br/). "O tema é controverso e não há consenso. O agravamento dessa situação depende muito mais da macroeconomia e do cenário internacional do que das estratégias adotadas pelas empresas, que precisam se adaptar à conjuntura buscando a sua perenidade. Daí a importância do debate", diz Quaresma.

Entre as estratégias adotadas pelas indústrias catarinenses para enfrentar a concorrência chinesa estão os esforços para reduzir custos e elevar a produtividade (resposta de 31% das empresas pesquisadas), investimento em qualidade e design dos produtos (30%), diferenciação de marca, imagem e marketing (26%), lançamento de novos produtos (17%), parcerias com empresas chinesas (13%) e redução de preços e/ou lucratividade (9,3%).
Programação
14h30 - Credenciamento
14h45 - Abertura
15h - Palestra: "Desindustrialização no Brasil: fato ou ameaça?" - Flávio Pinheiro de Castelo Branco. Formado em Ciências Econômicas pela Faculdade de Economia e Administração da UFRJ, mestre em Economia pela UNB e Doutor pela Universidade de Cornell nos EUA. Gerente-Executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria e Secretário-Executivo do Conselho Temático de Integração Nacional e do Conselho Temático de Política Econômica da CNI. Professor do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense.
15h45 - Palestra: "Desindustrialização: conceituação, comparações internacionais, riscos e tendências para a indústria brasileira" - André Luiz Sacconato. Mestre e Doutor em Teoria Econômica pelo IPE-USP. Professor de Economia de Empresas e Macroeconomia Brasileira de MBAS executivo da FIA-USP e FIPE-USP. Responde pelos setores de Contas Externas e Finanças Públicas e exerce a função de Coordenador de Projetos Macroeconômicos da Tendências Consultoria Integrada.
16h30 - Palestra: "Brasil: Desindustrialização ou estagnação da industrialização?" - José Augusto de Castro. Graduado em Administração de Empresas pela FGV/SP, Vice-Presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Ex-Coordenador da FUNCEX, ex-funcionário da CACEX, Banco do Brasil, autor de 12 livros sobre comércio exterior, professor em MBAS em Comércio Exterior na USP/FIPE-SP, IBMEC-RJ e UFRJ-RJ. Vice-Presidente da Federação das Câmaras de Comércio Exterior, consultor de empresas em comércio exterior e Diretor da PROCEX Técnica Internacional S/C Ltda.
17h15 - Perguntas e respostas
17h45 - Encerramento
Fiesc

Exportações e importações de SC iniciam ano em alta

As exportações catarinenses fecharam janeiro em US$ 527,8 milhões, com alta de 24% em relação ao mesmo mês de 2010, divulgou a Federação das Indústrias (FIESC) na sexta-feira, dia 12. Na mesma comparação, as importações subiram 33%, chegando a 1,04 bilhão. Com isso, Santa Catarina iniciou 2011 com déficit de US$ 513 milhões no saldo da balança comercial.
A elevação dos embarques do estado foi impulsionada principalmente pelas vendas de carne de frango, que em janeiro somaram US$ 147 milhões, com acréscimo de 45% em relação ao primeiro mês do ano passado. Também influenciaram positivamente as exportações as vendas de produtos como motocompressores (10%), fundidos para motores (91%) e carne suína (40%).
Já a pauta de importações catarinenses segue sendo dominada por matérias-primas para o setor industrial. Catodos de cobre lideram as compras (US$ 116 milhões), seguidos por polietilenos (US$ 32 milhões) e laminados de ferro e aço (US$ 30 milhões). A China mantém a liderança entre os países que mais vendem para Santa Catarina (US$ 291,7 milhões), com mais de duas vezes o valor do segundo colocado, que é o Chile (US$ 125,6 milhões). No primeiro mês do ano, as compras do país asiático feitas pelas empresas instaladas em Santa Catarina saltaram 56% em relação a janeiro de 2010.
O principal país a comprar produtos do estado em janeiro foi a Argentina (US$ 54,9 milhões), superando os Estados Unidos (US$ 50 milhões), tradicionalmente o principal destino das exportações catarinenses.
Fiesc

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sindimet se reúne com representantes do Comde

Os representantes das empresas filiadas e a diretoria do Sindimet - Sindicato das Empresas Metalúrgicas e de Material Elétrico de Joinville – reuniram-se com dirigentes das entidades que integram o Comde (Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência) com o objetivo de buscar parcerias referentes à inclusão de pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho. Durante o encontro, cada entidade apresentou os trabalhos que vem realizando com os seus associados e o número de pessoas com deficiência existentes em seu cadastro.

O presidente do Sindimet, Evair Oenning, disse que as empresas metalúrgicas, para atender a Lei de Cotas, devem contratar 577 pessoas com deficiência e que tem encontrado grandes dificuldades para encontrar essa mão de obra qualificada e mesmo pessoas interessadas. O encontro evidenciou uma grande distância entre a exigência legal e a realidade de pessoas com deficiência existentes em Joinville. Como grande parte das vagas não está preenchida, o encontro serviu para debater ações que poderão ser realizadas em conjunto entre o sindicato e as entidades ligadas ao Comde.

Diagnosticar, divulgar, orientar, fiscalizar e cobrar o cumprimento do Decreto 5296, que garante plena inclusão da pessoa com deficiência, por meio do uso de equipamentos, instalações, tecnologias e/ou outros instrumentos que garantam acesso ao exercício pleno da sua cidadania é o papel que está reservado ao Comde, nesse processo, segundo o seu presidente Sergio Luiz Celestino da Silva.

“A reunião também facilitou o contato das entidades com os representantes das empresas associadas ao sindicato. Novos encontros serão realizados futuramente”, garantiu Oenning.

Impasse sobre Ponto Eletrônico pode ter solução definitiva

Nota Oficial da FIESP
São Paulo - 08/02/2011

Registro deverá ser optativo e negociável. Este é o resultado dos entendimentos entre o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e o presidente Paulo Skaf

A Portaria 1510/09, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que disciplina o Registro de Ponto Eletrônico nas empresas, deve ganhar finalmente uma solução adequada à realidade e à modernidade.

A norma entraria em vigor em agosto de 2010, mas diante da rigidez imposta levantou críticas negativas em todos os lados envolvidos. A implantação foi adiada para 1º de março deste ano, segundo a Portaria 1987/10. Mesmo assim, a portaria esbarraria na total impossibilidade de cumprimento de prazo, além de insistir na falta de flexibilidade.
Em encontro no último dia 20 de janeiro, com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, cobrou mais uma vez a solução para o impasse dessa medida, que traz altos custos, baixa efetividade na redução das fraudes, além de pesar na balança da competitividade da indústria e impactar negativamente as relações de trabalho. Até o Meio Ambiente seria penalizado devido à alta utilização de papel na impressão dos comprovantes, conforme ressaltou Skaf.
Mas a Fiesp não ficou apenas na crítica à Portaria. “A solução está em deixar que as partes negociem, livremente, se irão utilizar o ponto eletrônico. Os maiores interessados, empresas e trabalhadores, levariam o assunto às suas negociações”, ponderou Skaf na audiência com o ministro Lupi.
Na mesma oportunidade, o ministro sinalizou que a implantação do ponto ganhará esse contorno optativo e negociado. Essa intenção foi ratificada em recente conversa telefônica entre o ministro e o presidente da Fiesp.
Agência Indusnet Fiesp

Faturamento da indústria cresce acima da produção

O faturamento cresceu com mais força do que a produção em 12 de 19 setores da indústria nos últimos meses, segundo estudo da Rosenberg & Associados. Além dos segmentos de produtos químicos, máquinas e equipamentos, veículos e celulose e papel, também se destacam os de têxteis, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, calçados e couros e outros equipamentos de transporte.
No setor de produtos químicos, o faturamento nominal aumentou 9,9% entre junho e dezembro, feito o ajuste sazonal, enquanto a produção avançou 5% no período. A alta mais forte do faturamento reflete uma recuperação dos preços no segmento, que ocorre na esteira da alta de insumos importantes como a nafta. Depois de cair com força em 2009, devido à crise global, o petróleo e seus derivados voltaram a subir, como lembra a diretora técnica de economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fátima Ferreira.
No segundo semestre de 2010, o índice geral de volume de produção da Abiquim, calculado em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), teve alta de 2,5% em relação ao mesmo período de 2009, ao passo que o indicador de preços do segmento aumentou 12%. Segundo Fátima, o que houve foi mais uma recuperação em cima de uma base muito fraca.
No setor de máquinas e equipamentos, o faturamento subiu 13,8% em termos nominais no segundo semestre, feito o ajuste sazonal. A produção do segmento, por sua vez, caiu 0,4% entre junho e dezembro. Nesse setor, a mudança para uma linha de produtos mais sofisticados parece a explicação mais plausível para o descolamento enter faturamento e produção, acredita a economista-chefe da Rosenberg, Thaís Marzola Zara. É uma estratégia usada por alguns segmentos desde antes da crise, diz ela, lembrando o caso da indústria calçadista. Sofrendo com a forte concorrência dos produtos chineses nos produtos mais básicos, o setor começou a buscar nichos de maior valor agregado. Entre junho e dezembro de 2010, o segmento de calçados e couros conseguiu elevar o faturamento nominal em 11,8%, na série com ajuste sazonal. No período, a produção teve queda de 8,8%.
Parte dessa disparidade no setor se explica também pelos reajustes de preços que chegaram ao varejo no ano passado. Em 2010, o item calçados e acessórios subiu 8,08% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Para o economista Silvio Sales, consultor da Fundação Getulio Vargas (FGV), o aumento expressivo das importações ao longo de 2010 é o motivo de maior peso para a estagnação da produção industrial desde abril do ano passado. Em alguns segmentos, isso limitou repasses de preços, como nos de bens duráveis, como automóveis e eletroeletrônicos.
O estudo da Rosenberg considerou os setores que aparecem ao mesmo tempo na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre faturamento, e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Eles equivalem a 92,5% da indústria geral pesquisada pelo IBGE", explica Thaís. A pesquisa da CNI leva em conta os valores em reais, enquanto a do IBGE mostra a evolução dos volumes produzidos.
Valor Econômico

Indústria aumenta preços e sofistica linhas de produtos

O faturamento da indústria cresceu acima do ritmo da produção nos últimos meses. Enquanto a produção ficou praticamente estagnada no segundo semestre do ano passado, as vendas da indústria cresceram 7,7%, em valores, na comparação entre junho e dezembro, com ajuste sazonal, segundo estudo da Rosenberg & Associados. O faturamento real, que desconta a inflação, subiu 4,5%.
Alta da cotação de commodities, reajustes de preços em alguns setores e mudança do mix de produção para bens de maior valor são alguns dos motivos que explicam a disparidade, acredita a economista-chefe da Rosenberg, Thaís Marzola Zara. O aquecimento da economia, num quadro de elevação do custo de insumos importantes, foi decisivo para esse movimento. Entre os setores que têm maior peso na produção da indústria, Thaís destaca os de veículos, produtos químicos, máquinas e equipamentos, celulose e papel.
O faturamento nominal no setor de veículos subiu 12,6% no segundo semestre, feito o ajuste sazonal, enquanto a produção aumentou 5%. Nesse setor, a alta do faturamento reflete mais o crescimento da participação de produtos mais caros, acredita Thaís. Esse movimento teria mais peso do que o reajuste de preços - no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o item automóvel novo caiu 1,03%. Os carros 1.0 têm perdido algum espaço na produção das montadoras. Além disso, boa parte dos veículos populares incluem vários acessórios.
Setores de commodities também registraram uma alta forte do faturamento na segunda metade do ano passado. Na área de celulose e papel, as vendas nominais cresceram 14,2% no período, feito o ajuste sazonal, enquanto a produção aumentou 2% na comparação entre junho e dezembro. Nesse caso, a elevação de preços no mercado internacional ajudou a jogar as cotações para cima, diz Thaís.
O economista Sílvio Sales, consultor da Fundação Getulio Vargas (FGV), acredita que essa diversificação de produtos, em direção a itens mais sofisticados, é o fator mais importante para explicar o aumento mais forte do faturamento do que da produção. Aumentos de preços e ajuste de estoques em setores localizados também têm papel nesse processo, diz ele.
Valor Econômico

Empregado com atividade penosa ganha direito a adicional na Justiça

Túlio Oliveira Massoni: empregados que trabalham em turnos ininterruptos de revezamento ganham o adicional
Um servente de pedreiro, que realizava serviços externos em construções e chegava a ficar suspenso a alturas superiores a 20 metros, obteve na Justiça do Trabalho de Minas Gerais um acréscimo de 30% sobre o valor de seu salário-base. Ele conseguiu comprovar que merecia receber o chamado adicional de penosidade, por realizar um trabalho considerado árduo.
O adicional de penosidade - previsto na Constituição, juntamente com o de periculosidade e insalubridade - é pouco aplicado no país. Isso porque até hoje não foi regulamentado por lei específica, como ocorreu com os demais. O Judiciário só tem condenado empresas a pagar essa compensação aos trabalhadores, caso haja convenção coletiva ou acordo entre uma empresa e o sindicato da categoria que estabeleça o benefício.
Desde a Constituição de 1988, já foram apresentados no Congresso 55 projetos de lei que mencionavam o assunto. Porém, apenas oito continuam em tramitação, segundo levantamento realizado pela advogada Marcela Seidel Albuquerque, do Siqueira Castro Advogados. "Mais de 20 anos se passaram e o adicional não foi regulamentado", afirma.
A juíza Rita de Cássia Barquette Nascimento, da 2ª Vara do Trabalho de Pouso Alegre (MG), ao conceder o benefício ao auxiliar de pedreiro, considerou a cláusula 6ª da convenção trabalhista da categoria. Pela regra, os empregados que trabalham em serviços externos realizados a uma altura acima de três metros terão um acréscimo de 30% sobre o valor do salário-base. Uma testemunha indicada pela construtora confirmou que ele trabalhava com os demais pedreiros e carpinteiros ao levar materiais para os andares superiores das construções e ajudar na montagem das lajes.
A magistrada, no entanto, entendeu que, se não existir essa previsão em normas internas ou coletivas, não haverá amparo legal para que o empregado cobre em juízo a concessão do benefício. Esse mesmo raciocínio também têm norteado as decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A menção ao adicional de penosidade apareceu pela primeira vez na Lei Orgânica nº 3.807, de 1960, da Previdência Social, ao instituir aposentadoria especial para trabalhos penosos. Na época, considerou-se como atividades penosas a de professores, motoristas e cobradores de ônibus, motoristas de caminhão e trabalhadores de subsolo, como galerias, poços e depósitos. Com a revogação da norma, o tema voltou a aparecer no inciso XXIII, artigo 7º da Constituição de 1988. Agora, porém, de forma geral, apenas indica que são devidos os adicionais para atividades penosas, insalubres ou perigosas.
Para a advogada Marcela Albuquerque seria imprescindível a regulamentação do adicional de penosidade por lei e por norma do Ministério do Trabalho para que ele seja efetivamente utilizado. "É necessário também que o ministério determine os limites sobre o que seria considerado trabalho penoso", diz. Enquanto isso não ocorre, os pedidos dos trabalhadores são negados na Justiça, com exceção para os acordos prévios de pagamentos com as empresas.
O adicional tem sido aplicado com mais frequência por companhias que mantêm empregados trabalhando em turnos ininterruptos de revezamento, segundo o advogado Túlio Oliveira Massoni, do Amauri Mascaro Nascimento Advocacia Consultiva. Ou seja, no qual ele trabalha pela manhã em uma semana, na seguinte, à tarde, na próxima, à noite, e assim sucessivamente. Esse tipo de trabalho, comum nas plataformas de petróleo, refinarias e siderúrgicas, faz com que o funcionário não consiga manter os mesmos horários livres ao ter de condicionar sua disponibilidade à jornada semanal. Por isso, algumas companhias preveem o adicional. O percentual, no entanto, tem variado conforme a negociação com os sindicatos. Há casos em que o adicional estipulado é de 7,5% incidente sobre salário nominal. Outros, de 15% sobre o salário-base, entre outros.
Alguns motoristas de ônibus também já tiveram direito ao acréscimo. Em um acordo firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Caxias do Sul (RS) e uma empresa do setor, as partes reconheceram que o serviço seria penoso e fixaram o adicional equivalente a 10% do valor do salário mínimo na proporção dos dias efetivamente trabalhados. O Sindicato da Construção Civil do Tocantins firmou acordo semelhante com as empresas locais para incluir o adicional de penosidade em 20% do salário a todos os trabalhadores, inclusive serventes, quando trabalharem supensos em balancinhos, na construção de torres ou elevadores.
Enquanto os projetos de lei que regulamentam o tema não são aprovados, apenas esses acordos têm sido validados na Justiça, segundo Massoni. Para ele, no entanto, somente uma lei poderia definir os limites da aplicação do adicional. Um dúvida, por exemplo, é se ele poderia ser cumulativo com os adicionais de periculosidade e insalubridade.
Valor Econômico

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Concorrência e crédito mais caro farão indústria crescer 4% em 2011, avalia CNI

Depois de um ano de forte dinamismo e desempenhos recordes, o setor fabril inicia 2011 com o temor de que as importações possam subtrair fatia relevante do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. Em parte devido à perspectiva de acirramento da concorrência com fornecedores estrangeiros, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a taxa de expansão da indústria de transformação passará de 10% em 2010, percentual a ser confirmado pelo IBGE, para 4% em um ano em que a comparação de desempenho com as bases elevadas do ano anterior dará o tom das análises sobre o ritmo de atividade.
No acumulado de janeiro a dezembro de 2010, a indústria registrou aumentos recordes de 9,9% no faturamento, de 7,1% nas horas trabalhadas, de 5,4% no emprego e de 5,9% da massa salarial real, apontou a CNI. Em dezembro, o uso da capacidade instalada ficou em 82,8%, terceira alta consecutiva de 0,2 ponto percentual na série com ajuste sazonal.
Ao fazer a projeção de 4% de expansão para o PIB da indústria de transformação neste ano, a entidade considerou a comparação com a base elevada que configura 2010, a desaceleração da demanda e o encarecimento dos financiamentos em consequência da política monetária restritiva. Nos próximos meses essa indicação pode ser refeita em função do maior ou menor impacto da concorrência com os importados, entre outros fatores determinantes do nível de atividade.
A CNI é cautelosa ao mencionar os riscos de desindustrialização. A entidade considera que não é possível adotar o discurso do desmonte do parque fabril quando o setor exibe desempenho recorde. Ainda assim, os economistas da entidade alertam que a disputa pelo mercado brasileiro entre produtores nacionais e estrangeiros é crescente e preocupante.
"A desindustrialização é uma questão sensível e polêmica. Talvez o problema comece a ficar transparente quando olharmos a composição setorial da indústria", diz Flávio Castelo Branco, economista da CNI. Ele cita os subsetores têxtil, de calçados, de equipamentos eletrônicos, de móveis e de madeira entre os que enfrentam concorrência mais agressiva com os importados.
Além da penetração dos manufaturados provenientes do exterior, principalmente da Ásia, a entidade informa que tem sido crescente o uso de bens intermediários em cadeias produtivas mais longas, com risco de perda relativa para outros subsetores da indústria.
A CNI detectou forte recuo do nível de atividade industrial nos últimos meses de 2010. Em dezembro, três dos cinco indicadores mostraram resultado negativo frente a novembro. Os recuos foram de 2,2% no faturamento, de 8,8% nas horas trabalhadas, e de 1,9% no emprego. Dessazonalizadas, as retrações foram de 0,6%, 2,2% e 0,5%, respectivamente.
Fonte: DCI

Emprego na indústria fecha 2010 com alta recorde de 3,4%, diz IBGE

Resultado foi o maior desde o início da série histórica, em 2002.
Salários também cresceram, registrando maior alta desde 2004.

O emprego na indústria brasileira recuou 0,1% em dezembro, na comparação com o mês anterior. Porém, no acumulado em 2010, foi registrado crescimento de 3,4%, a maior alta desde o início da série histórica, em 2002. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado, segundo o instituto reflete "a recuperação gradual do emprego industrial ao longo do ano e a baixa da base de comparação em função dos ajustes realizados no mercado de trabalho em 2009, por conta dos efeitos da crise econômica internacional".
No ano, conforme já anunciado, a produção da indústria avançou 10,5%, apresentando crescimento nas 14 regiões pesquisadas pelo IBGE.
Seguindo o crescimento da atividade do setor, em todos os locais pesquisados, bem como em 13 dos 18 ramos, foram verificados resultados positivos. Entre as regiões, as maiores influências partiram de São Paulo (2,8%), região Nordeste (5,0%), Norte e Centro-Oeste (4,2%), Rio Grande do Sul (4,0%), Rio de Janeiro (5,6%) e Santa Catarina (3,4%).
Entre os setores, os destaques mais significativos foram observadas nos setores de máquinas e equipamentos (7,3%), produtos de metal (7,0%), meios de transporte (5,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,2%), calçados e couro (5,7%), têxtil (6,4%), alimentos e bebidas (1,5%) e metalurgia básica (7,7%). Na contramão, o emprego teve recuo nos ramos de vestuário (-2,1%) e de madeira (-5,8%).
Salário maior
Em 2010, subiu também o valor da folha de pagamento real. O crescimento foi de 6,8% no fechamento do ano, resultado mais alto registrado desde 2004 (9,7%).
G1

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ritmo da indústria foi desigual entre as regiões

O comportamento da produção industrial nas 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi bastante desigual no ano passado. Das regiões pesquisadas pelo instituto, nove cresceram abaixo da média nacional, enquanto cinco superaram o crescimento médio de 10,5% registrado pela indústria brasileira. Nas pontas, a produção industrial no Espírito Santo cresceu 22,3% em relação a 2009, enquanto Santa Catarina foi o Estado com menor evolução - 6,5%, um resultado que não permitiu recuperar a perda registrada no ano anterior.
Além do Espírito Santo, também cresceram acima da média nacional, Minas Gerais (15%), Paraná (14,2%), Goiás (17,1%) e Amazonas (16,3%). Em Goiás, o aumento da produção de 17,1% foi recorde para uma série iniciada em 2003.
Além dessas regiões, São Paulo, com 10,1%, teve avanço de dois dígitos, no melhor resultado desde os 11,8% de 2004. No Estado, que tem o maior peso na indústria nacional, o resultado do ano passado foi puxado por veículos automotores, com avanço de 24,6%, e por máquinas e equipamentos, com crescimento de 26,6%. Juntos, os dois setores têm peso de cerca de 14% na produção industrial paulista.
"A maior presença de setores ligados a bens de consumo duráveis, especialmente automóveis e eletrodomésticos de linha marrom, explica o forte avanço de determinadas regiões. Além disso, foram beneficiadas áreas com fabricação de bens de capital e produção de commodities, que recuperaram as exportações", frisou André Macedo, gerente da coordenação de indústria do IBGE. "Além disso, a base de comparação mais baixa é importante para explicar o crescimento de dois dígitos", acrescentou.
Os dados do IBGE mostram que a grande maioria dos Estados conseguiu recuperar as perdas registradas em 2009. As exceções foram Rio Grande do Sul e Santa Catarina, regiões onde o percentual de crescimento de 2010 foi inferior ao de queda no ano da crise.
Na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2010, a produção industrial mostrou maior acomodação. A alta no país foi de 3,3% em relação ao mesmo período de 2009, contra um avanço de 8% no terceiro trimestre em relação a igual período do ano anterior. Em três regiões, a produção caiu no quarto trimestre, na comparação com os três meses anteriores - Nordeste (-1,6%), Ceará (-5,9%) e Bahia (-2,8%). Entre as demais áreas, só Goiás apresentou aceleração no período, passando de uma alta de 12,8% na produção entre julho e setembro para 15% no período de outubro a dezembro. As outras dez regiões tiveram alta na produção, mas a um ritmo menor que no terceiro trimestre.
A análise de dezembro mostra a força da acomodação em São Paulo e no Rio de Janeiro. Enquanto na primeira região houve queda de 1,2% na produção frente ao mês anterior, no Rio o tombo foi de 5,7%, puxado pela metalurgia básica, que sofreu com o maior volume de importações, e pelo setor têxtil. Em São Paulo, a queda foi causada principalmente pelos setores farmacêutico, de metalurgia, de celulose e de eletroeletrônicos. "O Rio vinha de uma alta de 5,7% em novembro e São Paulo vinha de um crescimento de 1,2%. O saldo nessas duas regiões dá o tom da estabilidade na produção industrial", ponderou Macedo.

Automóveis e alimentos prejudicam desempenho em SC
Júlia Pitthan | De Florianópolis
Quedas na produção de automóveis e de alimentos prejudicaram o desempenho da indústria catarinense em 2010, colocando os níveis de produção do Estado abaixo da média nacional. Santa Catarina ficou na lanterna no ranking nacional de produção industrial, com 6,5% de crescimento, abaixo da média nacional de 10,5%.
Segundo dados do IBGE, compilados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), de janeiro a novembro do ano passado o setor de veículos automotores acumulava queda de 25,76% na produção e 40,66% nas vendas em relação ao desempenho de 2009. O resultado da indústria alimentícia também apresentava índice negativo, com queda de 1,6% na produção e de 8,86% nas vendas.
No último mês do ano, no entanto, o Estado teve crescimento de 5,2% na produção industrial sobre igual período de 2009. Na relação entre novembro e dezembro de 2010, o crescimento em Santa Catarina foi de 3%.
Segundo o vice-presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, o Estado leva desvantagem, porque não possui setor extrativo mineral forte nem polo voltado para a indústria automotiva. Segundo o relatório do IBGE, automóveis, eletrodomésticos da "linha marrom" e commodities, como o aço e grãos, puxaram o crescimento nacional.
Apesar de o setor de autopeças ter apresentado resultados positivos, o segmento levou desvantagem com a paralisação das atividades da fabricante de carrocerias de ônibus Busscar. A empresa de Joinville enfrenta dificuldades financeiras desde 2009, que se agravaram no ano passado.
Em 2008, o último ano em que a empresa informou dados de produção à Associação Nacional de Fabricantes de Ônibus (Fabus), foram produzidos 4.752 carrocerias. Em 2009, a empresa só manteve a entidade atualizada até agosto. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, foram fabricados 1.282 ônibus. Em 2010, as linhas de produção funcionaram esporadicamente.
O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores em Santa Catarina (Sindipeças), Hugo Ferreira, questionou o resultado negativo do setor. Segundo o dirigente, as 22 empresas ligadas à produção de autopeças no Estado tiveram crescimento de 51,3% em faturamento, e crescimento de 70,89% nas exportações. No acumulado dos 12 meses de 2010, Santa Catarina teve superávit de US$ 353 milhões no setor. Segundo Ferreira, o resultado foi o primeiro entre os Estados brasileiros, que sofreram com a entrada de produtos importados.
Na produção de alimentos, a produção de suínos e aves, que detém a maior fatia do setor, ainda sentiu o impacto da retração do consumo mundial com a crise internacional, que se agravou no fim de 2008 e se estendeu por 2009. Segundo Clever Pirola Ávila, presidente da Associação Catarinense de Avicultura, 2010 começou ainda sob os efeitos da crise. O crescimento ganhou ritmo com o decorrer do ano, atingindo o ápice de produção em dezembro, embalado pelas vendas de fim de ano. Segundo Ávila, a avicultura catarinense teve crescimento de 6% na comparação entre 2010 e 2009, o que representou abate de cerca de 2,8 milhões de toneladas.
Segundo Côrte, da Fiesc, se fossem desconsiderados os segmentos de automóveis e alimentos, o Estado teria ganhado um ponto percentual em índice de crescimento nas vendas. Ele ponderou que, apesar de o resultado ter ficado aquém da média nacional, foi positivo. Côrte lembrou que em 2009 a queda da produção industrial no Estado foi de 8% e em 2009, de 1%. "Foi um ano de recuperação importante, apesar de não termos apresentado nenhum resultado excepcional."
Valor Econômico

Fundição busca solução para a areia

A areia usada pelas fundições para dar o molde às peças é o resíduo industrial com maior volume no Brasil. Para cada tonelada de metal fundido é gerada outra tonelada de areia que precisa ser descartada. Cerca de três milhões de toneladas de resíduos chegam por ano aos aterros industriais no país.
O setor tenta comprovar que o resíduo, considerado não-inerte pela legislação brasileira, pode ter outras finalidades sem contaminar o ambiente. Alguns Estados - como São Paulo e Santa Catarina - permitem que a areia de fundição seja usada na fabricação de asfalto e na construção de artefatos de concreto que não tenham funções estruturais, como tijolos e lajotas para calçadas. Apesar da liberação, o uso é pequeno se comparado com o volume de resíduos produzidos pelas fundições. Em maio do ano passado, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também aprovou uma norma que permite o uso das areias de fundição em aterros e asfalto.
A intenção do setor é implementar o modelo adotado nos Estados Unidos, países da Europa e Japão, em que esse tipo de areia é usado em cobertura de aterros, estradas e na agricultura, na composição de solo. Segundo Fabio Garcia, sócio da Faro Engenharia e coordenador do comitê de estudos de resíduos de fundição da ABNT, em 95% dos casos as areias são não-contaminantes. "É uma oportunidade para poupar areia natural, usando esse material."
Hoje, a Associação Brasileira da Indústria de Fundição (Abifa) se reúne na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) para discutir o tema. O trabalho da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) abre o encontro. Segundo o pesquisador José Angelo Rabelo, que coordenou o estudo, o objetivo é demonstrar que a areia, usada no solo, não contaminaria as plantas.
Durante dois anos, a areia de fundição foi testada em cultivo de cenoura direto no solo e alface em hidroponia na Estação Experimental da Epagri, em Itajaí. Segundo Rabelo, o material foi testado em diferentes concentrações e não apresentou nenhuma contaminação das plantas. O estudo foi elaborado em parceria com a Tupy, que, sozinha, consome em média 23 mil toneladas de areia nova por mês.
A fundição tem produção em Joinville (SC) e em Mauá (SP). Segundo o diretor-gerente de Engenharia Metalúrgica e Ambiental da Tupy, Wilson Guesser, a empresa vem trabalhando em transformar o material que era destinado ao aterro em insumo com outras finalidades. A indústria de fabricação de cimento já recebe material da Tupy. Segundo Guesser, cerca de mil toneladas mês são destinadas às cimenteiras.
Garcia diz que há uma tendência crescente da indústria de cimento absorver a areia de fundição. Há um ano, a cimenteira recebia R$ 100 por tonelada de areia incorporada em seu processo. Hoje, os preços estão em R$ 11. Para Garcia, em poucos anos a indústria de cimento vai passar a pagar para consumir o material.
Além da destinação para a indústria de cimento, a Tupy instalou em Joinville uma pequena fábrica de artefatos de concreto. Segundo Guesser, a empresa procurou parceiros para o projeto. Sem encontrar interessados, resolveu tomar a iniciativa. A Tupy entrou em acordo com a prefeitura de Joinville e cedeu o material para o calçamento do 62º Batalhão de Infantaria na cidade. As calçadas atuais darão lugar a 1.450 metros de piso que estão sendo assentadas com mão de obra do exército. Segundo Guesser, a aplicação pública é um meio de demonstrar o produto para a comunidade.
Além da obra em Joinville, a Tupy fez uma parceria com o Departamento Estadual de Infra-Estrutura (Deinfra) de Santa Catarina. Com uma licença obtida junto à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma), está iniciando a construção de um trecho de 400 metros da Rodovia SC 422, no município de Rio Negrinho, utilizando areias de fundição para fazer a base, sub-base e subleito da estrada.
Após concluído, esse trecho será monitorado por dois anos. No aspecto tecnológico, pelo 10º Batalhão de Construção do Exército. E, no aspecto ambiental, por uma empresa privada.
Fonte do texto original: http://www.scribd.com/doc/48501178/Fundicao-busca-solucao-para-a-areia
Fonte: Scribd

Seminário na FIESC debate risco de desindustrialização

A FIESC realiza no dia 24, em Florianópolis, o Seminário Riscos da Desindustrialização. O evento vai debater a entrada de produtos importados no mercado nacional, impulsionada pela taxa cambial, pelo avanço da China no mercado global e em função dos elevados custos de produção no Brasil.
O seminário contará com as palestras "Desindustrialização no Brasil: fato ou ameaça?", de Flávio Pinheiro de Castelo Branco, "Desindustrialização: conceituação, comparações internacionais, riscos e tendências para a indústria brasileira", de André Luiz Sacconato e "Brasil: Desindustrialização ou estagnação da industrialização?", de José Augusto de Castro.
Inscrições e mais informações no site www.fiescnet.com.br (banner Seminário Riscos da Desindustrialização) ou telefone (48) 3231-4724.
Programação
14h30 - Credenciamento
14h45 - Abertura
15h - Palestra: "Desindustrialização no Brasil: fato ou ameaça?" - Flávio Pinheiro de Castelo Branco. Formado em Ciências Econômicas pela Faculdade de Economia e Administração da UFRJ, mestre em Economia pela UNB e Doutor pela Universidade de Cornell nos EUA. Gerente-Executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria e Secretário-Executivo do Conselho Temático de Integração Nacional e do Conselho Temático de Política Econômica da CNI. Professor do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense.

15h45
- Palestra: "Desindustrialização: conceituação, comparações internacionais, riscos e tendências para a indústria brasileira". André Luiz Sacconato. Mestre e Doutor em Teoria Econômica pelo IPE-USP. Professor de Economia de Empresas e Macroeconomia Brasileira dos cursos de MBA executivo da FIA-USP e FIPE-USP. Responde pelos setores de Contas Externas e Finanças Públicas e exerce a função de Coordenador de Projetos Macroeconômicos da Tendências Consultoria Integrada.
16h30 - Palestra: "Brasil: Desindustrialização ou estagnação da industrialização?" - José Augusto de Castro. Graduado em Administração de Empresas pela FGV/SP, Vice-Presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Ex-Coordenador da FUNCEX, ex-funcionário da CACEX, Banco do Brasil, autor de 12 livros sobre comércio exterior, professor em cursos de MBA em Comércio Exterior na USP/FIPE-SP, IBMEC-RJ e UFRJ-RJ. Vice-Presidente da Federação das Câmaras de Comércio Exterior, consultor de empresas em comércio exterior e Diretor da PROCEX Técnica Internacional S/C Ltda.
17h15 - Perguntas e respostas
17h45 - Encerramento
Fiesc

Concorrência chinesa afeta 25% das empresas brasileiras

A concorrência com produtos chinesas afeta uma em quatro empresas industriais brasileiras. E dentre as empresas expostas à concorrência chinesa, uma parcela de 45% perdeu participação no mercado interno.
As conclusões acima fazem parte de pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), com base nas respostas de 1.529 empresas, de grande, médio e pequeno porte, entre os dias 4 e 19 de outubro do ano passado. Os resultados foram publicados somente hoje.
A pesquisa mostra ainda que a concorrência chinesa também determinou a perda de mercado externo. Dentre as empresas exportadoras consultadas, mais da metade (52%) concorre com os produtos asiáticos, e nesse grupo, 67% perderam clientes externos.
No caso do mercado doméstico, os efeitos dessa concorrência foram mais sentidos em quatro setores: produtos de metal, couros, calçados e têxteis. Enquanto no caso do mercado externo, a perda de clientes foi mais intensa nos setores têxteis, de Volume importado cresce quase quatro vezes acima da produçãomáquinas e equipamentos, além de produtos de metal, bem como o setor calçadista.
CIMM

Produção industrial cresceu nas 14 regiões em 2010, diz IBGE

Cinco regiões avançaram mais que a média nacional no período, de 10,5%.
Em dezembro, sobre novembro, houve queda em 11 locais.
A produção da indústria nacional avançou em todas as 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. De acordo com o levantamento, divulgado nesta quarta-feira (9), cinco unidades da Federação registraram altas acima da média nacional no período, que ficou em 10,5%. Os maiores destaques ficaram com Espírito Santo (22,3%), Goiás (17,1%), Amazonas (16,3%), Minas Gerais (15,0%) e Paraná (14,2%). Na pesquisa, o IBGE considera 13 estados e a região Nordeste.    
Segundo o gerente da Coordenação de Indústria, André Luiz Macedo, os principais setores dentro da indústria responsáveis pelo crescimento são os ligados aos bens de consumos duráveis. "Principalmente automóveis e eletrodomésticos, com destaque para a linha marrom, onde a produção de televisores foi, sem dúvidas, a que mais cresceu. Além desses, o setor relacionado aos bens de capital, a própria recuperação da produção dos insumos industriais e das exportações de commodities”, disse.
Evolução da produção industrial  
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2010 impulsionou a produção de automóveis e de máquinas e equipamentos, onde estão incluídos os eletrodomésticos da linha branca, como geladeiras e fogões. "Isso explica o forte crescimento da indústria no primeiro trimestre, que contribuiu para o resultado positivo no ano."
Locais
Acumulado em 2010
Amazonas
16,3%
Pará
9,4%
Região Nordeste
8,1%
Ceará
9%
Pernambuco
10,2%
Bahia
7,1%
Minas Gerais
15%
Espírito Santo
22,3%
Rio de Janeiro
8,4%
São Paulo
10,1%
Paraná
14,2%
 Santa Catarina
6,5%
Rio Grande do Sul
6,9%
Goiás
17,1%

Fonte: IBGE

 "O crescimento do Espírito Santo [em 2010] tem a ver com o maior beneficiamento do minério de ferro, maior extração de petróleo e gás, além de avanços na metalurgia básica e produção de celulose”, afirmou Macedo.
O crescimento da produção da indústria, da ordem de dois dígitos se justifica também, conforme afirmou o gerente, pelos resultados negativos em 2009.  “Esse crescimento de dois dígitos também tem a ver com uma base de comparação muito baixa com relação ao ano interior.” Em 2009, a produção recuara 7,4% no país, em todas as regiões pesquisadas, com exceção apenas do estado de Goiás, que teve um leve crescimento de 0,2%. O pior desempenho fora registrado no Espírito Santo.
Sobre novembroNa comparação mensal, dezembro frente a novembro, foi verificada queda, com ajuste sazonal, em 11 dos 14 locais. Os maiores recuos partiram de Rio de Janeiro (-5,7%), Paraná (-5,0%), Bahia (-3,9%), Goiás (-3,8%) e Rio Grande do Sul (-3,0%), Espírito Santo (-1,9%), Ceará (-1,6%), São Paulo (-1,2%), Pernambuco (-1,2%), Região Nordeste (-0,7%) e Amazonas (-0,4%). Na contramão, nesse período, altas foram observadas em Santa Catarina (3,0%), Minas Gerais (2,0%) e Pará (0,8%). A média nacional, na comparação mensal, registrou queda de 0,7%.
"Em dezembro de 2010, a desaceleração na produção de veículos automotores, no setor têxtil e de metalurgia explicam a queda de 5,7% na produção industrial do estado do Rio de Janeiro, na comparação com novembro do mesmo ano. Foi a maior queda entre as regiões pesquisadas.”
Destaque para o ParáJá em relação ao mesmo período de 2009, a produção industrial avançou em 10 dos 14 locais pesquisados. Os maiores destaques foram registrados no Pará (13,5%) e em Goiás (10,3%). Na sequência, estão Amazonas (8,7%), Minas Gerais (6,5%) e Santa Catarina (5,2%). Tiveram crescimento, mas um pouco abaixo da média nacional, de 2,7%, Rio de Janeiro e São Paulo (ambos com 1,2%), Rio Grande do Sul (0,7%), Paraná e Pernambuco (ambos com 0,2%). Em sentido inverso ficam Espírito Santo, cuja produção caiu 0,8%), região Nordeste (-5,5%), Ceará (-9,7%) e Bahia (-10,8%).
G1