sexta-feira, 29 de julho de 2011

Indústria de SP caminha para ano "medíocre", diz Fiesp

A atividade da indústria de transformação paulista teve forte desaceleração no primeiro semestre do ano, ao crescer apenas 3,4% sobre mesmo período de 2010. A variação é praticamente um terço da registrada de janeiro a junho do ano passado, quando o nível de atividade industrial de São Paulo havia crescido 12,7%. O número de 2011 também é o menor para o primeiro semestre desde 2007, com exceção de 2009, quando a atividade caiu 12,7% em consequência da crise financeira que atingiu em cheio o setor.
Segundo analistas consultados pelo Valor, o dado divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) antecede a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, a ser publicada na próxima terça com os resultados de junho, que deve vir com estagnação, ou mesmo queda da produção fabril no mês.
Para Rogério César de Souza, economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), a perda de fôlego no primeiro semestre do ano era algo previsto, já que os primeiros seis meses de 2010 apenas recuperaram o tombo sofrido em 2009, mas, mesmo assim, o arrefecimento foi maior do que o esperado. "É um sinal bastante preocupante. A indústria paulista sempre influencia muito o resultado geral", diz.
O setor está vivendo um momento "nada favorável", avalia Souza, para quem os números de junho e do semestre indicam que a indústria está patinando, mas com tendência de retração ao longo do ano. A previsão do Iedi é que a produção industrial cresça ao redor de 3% em 2011, após avanço de 10,5% em 2010. "Eu tinha uma projeção mais otimista, de 3,5% no começo do ano, mas agora estou jogando ela para baixo".
O sócio-diretor da RC Consultores, Fábio Silveira, afirma que a indústria terá um "bom esfriamento" neste ano, atingida pelas medidas macroprudenciais, o aumento dos juros e o câmbio excessivamente valorizado, além da elevação do nível de inadimplência, que leva a uma desaceleração nas vendas. "O INA só ratifica que devemos fechar o ano com taxa de crescimento muito baixa." A RC estima expansão de 2,8% frente 2010.
Na avaliação da Fiesp, as perspectivas da indústria também denotam estagnação da atividade. O Sensor Fiesp, que mede as expectativas dos empresários paulistas sobre a economia brasileira nos próximos meses, subiu de 50,6 pontos em junho para 51 pontos em julho, interrompendo três meses consecutivos de queda.
O indicador, no entanto, ainda está abaixo dos 56,9 pontos registrados em março, mês anterior ao início da piora na confiança do empresariado paulista. Em julho do ano passado, o sensor estava em 52,4 pontos. O índice varia de zero a 100. Abaixo de 50 pontos, indica empresários pessimistas e, acima de 50, otimistas.
Segundo o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, o número de julho demonstra o que a entidade espera para a indústria nos próximos meses. "O sensor está dizendo que nada de diferente vai acontecer no horizonte", diz.
Para Francini, nenhum dos cinco componentes do sensor apresenta variação significativa, o que aponta para um crescimento "medíocre" da indústria em 2011. "Estagnação é a melhor palavra. O PIB só tem crescimento expressivo quando a indústria de transformação cresce acima dele", sustenta.
Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Importação também afeta meta crescimento em fundição

O aumento de importações de metais fundidos para atender a indústria automobilística foi um banho de água fria no setor de fundição nacional, que revisou para baixo sua expectativa de crescimento de 10% para o segundo semestre do ano. Segundo Associação Brasileira de Fundição (Abifa), a expansão deve ser de 7% em 2011.
No acumulado de janeiro a junho, o setor também ficou abaixo da expectativa, com crescimento de 7,7%, de acordo com balanço divulgado ontem pela Abifa. O presidente da entidade, Devanir Brichesi, diz que a falta de uma política industrial efetiva permitiu avanço dos importados, desaquecendo o mercado interno. "Se esse índice for mantido até o final do ano já será uma grande vitória", diz Brichesi. "Para atingir a meta estipulada, precisaria crescer 13% ao mês, o que será impossível", acrescenta.
Segundo ele, o setor automotivo consome quase 60% da produção nacional de fundidos. Mas com a oferta da China a preços atrativos, as montadoras não tiveram escolha. "Precisamos urgente resgatar nossa competitividade", afirma, fazendo coro com o restante do setor produtivo, às vésperas do anúncio do plano do governo.
A redução das vendas colocou nível de utilização das fábricas de ferro e aço em 80% no semestre e o do alumínio, em 70%. "Há anos estamos produzindo muito menos que a capacidade instalada permite", finaliza.
No total da produção entre ferro, aço e os não ferrosos (cobre, zinco, alumínio e magnésio), ficou em 1.669 tonelada, ante 1,5 mil toneladas de 2010.
Aço nacional e mundial
A produção brasileira de aço subiu 4% em junho sobre igual período de 2010, segundo a Associação Mundial de Aço (WSA). O Brasil produziu 2,9 milhões de toneladas de aço bruto, ante 2,8 milhões em junho de 2010. A produção chinesa subiu 12% em junho.
Fonte: DCI

Fundição cresce com base em novos investimentos no setor de infraestutura.

De acordo com dados levantados pela Associação Brasileira de Fundição – Abifa, na comparação do mês de junho de 2010 e 2011, o setor de fundição de ferro, aço, não ferrosos, cobre, zinco, alumínio e magnésio, teve um acréscimo em sua produção de 2,7% neste ano. Na comparação de maio e junho de 2011 houve um aumento de 0,8%, uma diferença de volume de 2.212 toneladas.


Este aumento ainda não representa o índice ideal de produção, se comparado com os volumes alcançados em 2008, e ainda deixam longe a perspectiva de alcançar 10% de aumento na produção deste ano.
Com este cenário, os planos de investimentos do setor também sofreram alterações. Antes da crise de 2009, o investimento programado estava em US$ 1,2 bilhão para o período 2008 a 2013, contudo, hoje a programação até 2016 é de investimentos da ordem de US$ 1 bilhão.
O maior vilão das empresas de fundição nacionais, que fornecem 60% de suas produções para o setor automotivo, é o índice crescente da importação de veículos. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores - Abeiva, a previsão inicial de importação era de 165 mil unidades para 2011, porém, esta marca foi revista e projeta-se um volume de 185 mil unidades importadas até o final do ano.
No entanto, o setor de fundição tem enxergado, a partir do novo momento do setor de infraestrutura, novas perspectivas de negócios para manter o crescimento em sua produção. De acordo com a Abifa, parte dos investimentos será destinado aos setores ferroviários e óleo e gás.
Fonte: Infomet

terça-feira, 26 de julho de 2011

CNI revê para 3,8% projeção de crescimento do PIB

Arícia Martins | De São Paulo
26/07/2011
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) melhorou sua previsão para o crescimento da atividade, mas ainda projeta retração em relação a 2010. A expectativa para a inflação foi mantida e a de investimentos, novamente reduzida. Segundo dados divulgados ontem pela instituição, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 3,8% em 2011, o que representa ligeiro avanço em relação à projeção de 3,5% divulgada em abril.
A revisão da CNI manteve em 6% a expectativa para a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A estimativa de aumento para os investimentos, medidos pela formação bruta de capital fixo, saiu de 9% para 8,5%. Essa taxa correspondeu a 21,9% em 2010. Segundo a CNI, o PIB industrial deve crescer 3,2% neste ano. A previsão antecedente era de 2,8%.
O saldo comercial é esperado em US$ 20 bilhões, número igual à estimativa anterior. As exportações, para a entidade, devem somar US$ 250 bilhões e as importações, US$ 230 bilhões. A CNI piorou a expectativa para o saldo na conta corrente externa, cujo déficit aumentou de US$ 57 bilhões para US$ 61 bilhões. Para a taxa nominal de câmbio, a CNI aponta R$ 1,56 ao fim de 2011, ante R$ 1,63 esperado anteriormente.
O setor industrial prevê uma taxa média nominal de juros em 12,07%, ante 12,13% aguardados antes. Para o fim do ano, o juro esperado é de 12,50%, sendo que a taxa real de juros (deflacionada pelo IPCA) é projetada em torno de 5,2% no ano. A CNI calcula um superávit primário de 2,7% do PIB, um déficit nominal de 3,2% do PIB e a dívida pública líquida caindo para 39,5% do PIB, depois de fechar 2010 em 40,2% do PIB.
fonte: Valor Econômico

Empresas Metalúrgicas injetaram mais de R$ 3,6 bilhões na economia de Joinville em 2010

As empresas associadas ao Sindimet, que completou 40 anos em maio, representam mais de 80% dos empregos gerados no setor metalúrgico em Joinville e foram responsáveis pela injeção de mais de R$ 3,6 bilhões na economia em 2010.
De acordo com pesquisa realizada no primeiro trimestre de 2011 entre as empresas associadas ao Sindimet, houve um aumento de 16% no número de funcionários existentes no final do 1º trimestre, comparado ao mesmo período de 2010. Em relação ao final de 2010, o aumento foi de 5%. O setor metalúrgico emprega aproximadamente de 22 mil trabalhadores em mais de 230 empresas em Joinville.
A pesquisa apontou um significativo crescimento no faturamento das empresas, se comparado ao primeiro trimestre de 2010. O faturamento das empresas pesquisadas no primeiro trimestre ultrapassou a cifra de R$ 1 bilhão, valor 24% superior ao mesmo período do ano anterior e representando 30% do total faturado no ano de 2010. O faturamento total das empresas pesquisadas em 2010 foi superior a 3,6 bilhões.
O valor da Folha de Pagamento (salários) se manteve percentualmente sobre os valores de faturamento. No primeiro trimestre de 2011 representou em média 15,9% do faturamento total das empresas pesquisadas. No mesmo período de 2010 representava em média 15,3%, o que denota uma significativa melhoria salarial média.
Até o final do primeiro trimestre, as empresas pesquisadas já tiveram uma produção superior a 165 mil toneladas, o que corresponde a 57% do total produzido no primeiro semestre de 2010 e 26% do total produzido no ano passado. Em 2010 a produção do primeiro trimestre correspondeu a 49% do total produzido no semestre e a 22% do total produzido no ano de 2010. Em 2010, a produção total superou 649 mil toneladas.
As exportações tiveram uma pequena queda de 1,3%. Hoje as vendas internas representam mais de 89% do total das vendas das empresas pesquisadas. Outro dado da pesquisa mostra que as empresas metalúrgicas injetaram em Joinville neste ano mais de R$ 46 milhões em pagamento de participação nos resultados referentes ao ano de 2010. De acordo com o levantamento feito pelo Sindimet 60% das empresas têm programa de distribuição de resultados.



Produção industrial sente desaquecimento econômico

A produção industrial brasileira está em queda, assim como a demanda interna, que cresce abaixo da expectativa. A avaliação é do gerente executivo de Pesquisa da Conferedação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, ao divulgar hoje (22) a Sondagem Industrial do mês de junho.
As medidas de desaquecimento da demanda adotadas pelo Banco Central na área de juros e de crédito tiveram efeito. "A competição com os importados e a valorização cambial têm tirado demanda que poderia estar indo para os produtos domésticos.", apontou Fonseca.
Setores
Os setores que mais sofrem com o desaquecimento da indústria são têxtil, calçadista e de máquinas e equipamentos. Segundo Fonseca, a Região Sul, por sediar muitas dessas indústrias, foi a que registrou os piores indicadores. "Os setores mais tradicionais, como vestuário, madeira, máquinas e equipamentos, que têm maior competição com os importados, sobretudo dos países asiáticos, estão sofrendo mais".
O desaquecimento se revela em vários indicadores, como o de estoque da indústria que, em junho, ficou em 52,3 pontos, superando os dois meses anteriores, que registraram 51,4 pontos. Entre os 26 setores da indústria, 17 apresentaram estoque elevado.

Queda nas exportações
As empresas esperam, para este mês, queda nas exportações. O índice de expectativa recuou de 50,4 pontos, em junho, para 48 pontos em julho, abaixo da linha de 50 pontos, o que significa pessimismo.
Contudo, quanto à demanda interna, a indústria está otimista para os próximos meses. O índice para julho ficou em 61,9 pontos, o que mostra, na comparação com o mês anterior, estabilidade, pois a expectativa estava um pouco abaixo: 61,6 pontos.
Quanto ao número de empregados para julho, os empresários também estão otimistas, pois o índice ficou em 54,2 pontos, o que mostra estabilidade em relação ao mês anterior (54 pontos).
A compra de matérias-primas também ficou acima dos 50 pontos, registrando 58,2 pontos. Na comparação com junho, houve estabilidade, com índice de 58 pontos.
Recuperação
Apesar do cenário ruim, os empresários têm expectativa de que, no segundo semestre, haverá uma melhora. A expectativa de demanda para julho ficou com 61,9 pontos, motivada por fatores sazonais, como o Natal. "Pode ocorrer é que, em vez disso se refletir em uma maior demanda doméstica, se refletir em mais importação, não só de insumos, mas de produtos finais, competindo com a indústria", conclui. A pesquisa foi feita entre 1º e 15 de julho com 1.692 empresas de grande, médio e pequeno portes.

Desaquecimento da indústria se agrava no segundo trimestre, diz CNI

Com a produção registrando 48,1 pontos e a utilização da capacidade instalada (UCI) aquém do usual, com 44,7 pontos em junho, a indústria brasileira registrou uma “evidente queda” na demanda no segundo trimestre do ano, sofrendo forte impacto. O diagnóstico é da Sondagem Industrial, divulgada nesta sexta-feira, 22.06, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de zero a cem. Valores acima de 50 mostram evolução positiva, estoque acima do planejado ou UCI acima do usual.
“A atividade industrial está perdendo força. Os sinais de desaquecimento existentes no primeiro trimestre se tornaram mais evidentes durante o segundo trimestre, sobretudo em junho”, assinala a pesquisa, que ouviu 1.692 empresas entre 1º e 15 de julho, das quais 915 pequenas, 535 médias e 242 grandes.
Os empresários informaram que os estoques efetivos em relação ao planejado atingiram 53 pontos, o maior valor desde 2009. “Diferentemente do primeiro trimestre, as empresas acumularam estoques durante todo o segundo trimestre”, registra a Sondagem Industrial, lembrando que tal acúmulo resultou de vendas menores do que as pretendidas.
O gerente-executivo da Unidade de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, atribuiu a desaceleração da produção industrial a dois fatores principais – o aperto no crédito e a alta dos juros promovidos pelo Banco Central e a maior competição dos produtos importados, pela valorização do câmbio. “Estes dois fatores, que refletem diretamente na demanda e na concorrência com o produto nacional, levaram à perda de dinamismo da indústria”, acrescentou.
Insatisfação – A CNI detectou insatisfação do empresariado da indústria com a margem de lucro operacional e constatou que apesar de continuar positiva, a satisfação com a situação financeira da empresa recuou. “A contínua moderação da atividade industrial e um câmbio que favorece cada vez mais os produtos importados prejudicam as condições financeiras das empresas. Os industriais encontram-se insatisfeitos com suas margens de lucro e a satisfação com a situação financeira é cada vez menor”, atesta a pesquisa.
A Sondagem Industrial apontou novo recuo no índice de satisfação com a margem de lucro, que caiu de 46,6 pontos nos três meses iniciais do ano para 45,7 pontos no segundo trimestre. “Ao se afastar ainda mais da linha divisória de 50 pontos, o indicador registra aumento da insatisfação”, sublinha a pesquisa. Apesar de permanecer positiva, com 51,5 pontos, a satisfação com a situação financeira caiu de 46,6 pontos no primeiro trimestre para 45,7 pontos entre abril e junho. “A satisfação diminuiu pelo terceiro trimestre consecutivo e o índice é o menor desde o terceiro trimestre de 2009”, pontua o levantamento.


A CNI informa que o aperto monetário promovido pelo Banco Central tornou o acesso das empresas ao crédito mais difícil. O índice de acesso ao crédito atingiu 43,8 pontos no segundo trimestre, o menor valor desde o quarto trimestre de 2009.
A falta de demanda ganhou no segundo trimestre maior importância entre os principais problemas listados pelo empresário industrial. “. Entre as pequenas empresas, esse item passou da sexta para a quarta posição entre os principais
problemas. Nas médias empresas, o registro subiu de 26,4% para 29,9% das empresas, mantendo-se na terceira posição. O problema ganhou importância também entre as grandes empresas, passando da sétima para a sexta posição. A maior importância do problema explicita o desaquecimento da demanda por produtos industriais domésticos”, relata a pesquisa.

Regiões e setores - De acordo com o levantamento, estão na região sul os sinais mais claros de desaquecimento da atividade industrial. A UCI nas empresas do sul ficou em 43,7 pontos em relação ao normal e o índice de estoques atingiu 55,4 pontos, enquanto a produção registrou 45,7 pontos, decrescendo na comparação com maio. A região foi a única que em junho reduziu o número de empregados, índice que marcou 48,5 pontos.

Após constatar que a desaceleração da indústria está mais disseminada entre os setores, com a UCI abaixo do usual em junho em 24 dos 26 segmentos abrangidos pela pesquisa, a CNI se declara preocupada especialmente com o setor têxtil.

“A produção está caindo na comparação com o mês anterior desde novembro de 2010. O número de empregados também se reduz desde janeiro. A utilização da capacidade instalada do setor têxtil está abaixo do usual para o mês desde setembro de 2010. Mesmo reduzindo sua produção mês a mês, a demanda é insuficiente para absorver a produção”, analisa a Sondagem Industrial.

Apesar das avaliações negativas, os empresários da indústria mostram-se otimistas nas expectativas sobre a contratação de empregados e compras de matérias-primas. Estes índices assinalaram, em julho, 54,2 pontos e 58,2 pontos, respectivamente, mantendo praticamente os mesmos patamares de junho (54 pontos e 58 pontos).
fonte: CNI

Ritmo de contratações na indústria de SC cai no 1º semestre

Embora ainda esteja aumentando o número de trabalhadores nos seus quadros, a indústria catarinense termina o primeiro semestre de 2011 contratando menos. Enquanto no mesmo período em 2010 o setor registrou crescimento de 4,5% nas admissões, nesse ano, a alta foi de 1,7%, revela pesquisa da Federação das Indústrias (FIESC) realizada com 339 empresas de médio e grande portes. Considerando apenas junho de 2011, o ritmo é ainda mais fraco com variação positiva de 0,11% contra 0,45% registrado no mesmo mês em 2010.

O diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma, chama a atenção que nesse cenário o setor aguarda com ainda mais expectativa as medidas da nova política industrial que deve ser anunciada nos próximos dias pelo governo. A proposta da indústria, elaborada com participação da FIESC, foi encaminhada em março ao governo. "Esperamos ações concretas que evitem a desindustrialização do Brasil. O setor produtivo espera a desoneração dos investimentos e das exportações, medidas de defesa comercial e de controle das importações", disse Quaresma. Também foram sugeridas a criação de mecanismos de incentivo à compra de produtos nacionais, o estabelecimento de um índice de conteúdo local e novos financiamentos e incentivos para a inovação tecnológica para dar mais competitividade às empresas.

O levantamento contempla 19 setores da indústria de transformação. Em termos percentuais, de janeiro a junho, os segmentos industriais que mais contrataram foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,5%), couros e artigos de viagem (4,8%), produtos cerâmicos (4,3%), produtos de metal (4,2%) e máquinas e equipamentos (3,9%). Nesse mesmo período, os setores que mais fecharam postos de trabalho foram produtos têxteis (-3,7%), veículos automotores (-3,2%), produtos de madeira (-2,2%) e artigos de borracha e plástico (-0,9%).     

COMPORTAMENTO DO EMPREGO EM 2011

Meses
Número de Empregados

Variação %
Início
Final
Saldo
Jan
224.543
224.588
45
0,02
Fev
224.588
226.762
2.174
0,97
Mar
226.762
          227.342
580
0,26
Abr
227.342
228.538
1.196
0,53
Mai
228.538
228.140
-398
-0,17
Jun
228.140
228.401
261
0,11
No ano
224.543
228.401
3.858
1,72
Fonte: FIESC/PEI                                                      
Número de indústrias informantes: 339

Confiança do industrial catarinense fica em 53,6 pontos em julho

A confiança do industrial catarinense na economia registrou 53,6 pontos, um leve acréscimo de 0,5 ponto em relação a junho. A pequena alta ocorreu devido à melhora na expectativa dos empresários na economia para os próximos seis meses. O resultado de julho é 7,8 pontos menor que o registrado no mesmo mês em 2010, mostra a pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), realizada pela Fiesc com 169 empresas dos segmentos de transformação e da construção civil.

"O desempenho reflete a preocupação dos empresários com o crescimento das importações, o aumento da inflação e o alto custo das matérias-primas. Apesar da confiança dos industriais seguir uma trajetória de queda ao longo do ano, a expectativa para o próximo semestre acena para resultados melhores", afirma o diretor de relações industriais e institucionais da Fiesc, Henry Quaresma.

O ICEI varia de zero a cem. Valores acima de 50 mostram que os empresários estão confiantes e, abaixo de 50, indicam falta de confiança. O indicador é construído a partir da opinião dos executivos sobre as condições atuais da economia e expectativas em relação à economia nacional e ao desempenho da própria empresa.
Portal EconomiaSC

Em junho foram criados 2.999 postos de trabalho em Santa Catarina

Em junho, o emprego com carteira assinada cresceu 0,17% em Santa Catarina, com a criação de 2.999 novas vagas formais de trabalho, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
De acordo com a série histórica, esse resultado mensal foi 50,8% inferior ao verificado no mesmo mês do ano passado, quando houve a geração de 6.099 postos.
Nessa comparação, o ritmo de crescimento das contratações no mês em questão parece consolidar uma tendência de desaceleração na atividade econômica que vem se manifestando desde março.
Semestre
Com o resultado de junho, o Estado fecha o primeiro semestre de 2011 com um saldo líquido (diferença entre contratações e desligamentos) de 54.386 novas contratações no mercado formal de trabalho o que corresponde a um crescimento de 3,15%.
Embora este ainda seja o terceiro melhor resultado para o período desde o início da série histórica, representou uma queda de quase 18% em relação ao saldo líquido verificado em no ano anterior, quando foram criadas 66.296 vagas.
Nos últimos 12 meses completados em junho, o estoque de empregos formais elevou-se em 5,26%, representando o incremento de 89.071 postos de trabalho, situando-se 15,7% abaixo do saldo líquido de igual período do ano passado (105.637). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (19) pelo Sine/SC - Sistema Nacional de Emprego, vinculado a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação.

Setores da economia
Os setores de atividade econômica que apresentaram o melhor desempenho em junho foram o setor de Serviços com a abertura de 1.418 vagas e o Comércio com 1.260. A agropecuária (-460 postos), Indústria de Transformação (-114) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-24) foram os setores de atividade econômica nos quais os desligamentos superaram as contratações.

Quando comparado com o mês de junho do ano passado, a Indústria de Transformação foi a atividade econômica que apresentou o pior desempenho. Em junho de 2010 possibilitou a geração de 3.287 vagas, enquanto no mês em questão respondeu pela desativação de 114 empregos.

Entre os ramos industriais, a Indústria Têxtil e Vestuário (-982), a Indústria da Borracha e Fumo (-174) e a Indústria da Madeira e Mobiliário (-153) foram os que apresentaram os piores desempenhos.
O baixo resultado do emprego no setor Agrícola (-460 postos ou -1,05%) foi decorrente de fatores sazonais relacionados às atividades da fruticultura e da fumicultura.
Os dados do Caged até junho confirmam que mercado de trabalho catarinense atravessa um processo de desaceleração. Este desaquecimento é puxado especialmente pela Indústria de Transformação que, embora seja o setor que em termos absolutos mais gerou empregos no ano, vem perdendo força a cada mês. Foram criadas apenas 21.720 vagas nos primeiros seis meses de 2011 contra 38.072 no primeiro semestre de 2010
A análise setorial nos últimos doze meses aponta a Construção Civil como a atividade econômica que mais se sobressaiu. Com a geração de 11.318 postos de trabalho, registrou um crescimento de 10,65% no período.
Municípios
O ranking dos municípios com maior saldo de empregos formais no mês passado foi liderado por Joinville (+805), seguido de São José (+588) e Florianópolis (+389). Apesar da desaceleração da Indústria da Transformação, em Joinville este setor foi o destaque e respondeu pela geração de 256 empregos, seguido da Construção Civil, com 216 vagas.
Em São José, o Comércio (+298) e o setor de Serviços (+170) apresentaram os melhores resultados. Em Florianópolis, os destaques foram o setor de Serviços (+364) e a Construção Civil (+ 127).
Os três municípios que mais desativaram vagas formais em junho foram: Caçador (-413), Palhoça (-242) e Lages (-195). Em Caçador, a Construção Civil respondeu pela desativação de 330 vagas e a Agropecuária, por 104. Em Palhoça o setor de Serviços (-333) se destacou pela baixa performance do emprego no município. Em Lages, a Indústria de Transformação, com o fechamento de -118 vagas comprometeu o desempenho do emprego no município.
Portal Economia SC

sexta-feira, 15 de julho de 2011


Sindimet com nova diretoria

O Sindimet - Sindicato das Empresas Metalúrgicas e de Material Elétrico de Joinville está sob novo comando. O empresário Evair Oenning passou a presidência da entidade a Wladimiro Woyno, vice-presidente de Recursos Humanos da Tupy. A eleição da nova diretoria - gestão 2011/2014 - ocorreu em junho. O executivo está à frente da diretoria de RH da Tupy há 2 anos e traz consigo uma vasta experiência profissional na área em companhias como as americanas Miller Brewing Company, Seagram Co e Praxes LLC. Na Colômbia, seu país de origem, o executivo trabalhou na Hoechst, Dow Chemical e no grupo industrial Inversiones Mundial. No Brasil, além da Tupy, Woyno já atuou no grupo Amanco, onde ocupou o cargo de vice-presidente de Recursos Humanos para a América Latina, no período de 2004 a 2007.

Mutirão do MTE fiscaliza empresas por cumprimento de acordo coletivo


Passado mais de um ano da assinatura da convenção coletiva pelos setores metalúrgico, mecânico e térmico de Joinville para melhoria das condições de trabalho em prensas mecânicas e hidráulicas e equipamentos similares de Joinville, continuam as ações para cumprimento do acordo. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou um novo mutirão de fiscalização nas empresas do setor metalmecânico para verificação do cumprimento da convenção e da nova NR-12.
De acordo com Ricardo Bessa Albuquerque, auditor-fiscal do MTE, 75 empresas foram notificadas para apresentar o seu Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares (PPRPS), caso possuíssem prensas e similares, um Laudo Técnico de suas instalações elétricas e a comprovação da capacitação de seus empregados, exigida pela NR-12 e pela convenção. Dessas 75 empresas, apenas 21 têm prensas e/ou similares e 13 receberam auto de infração por não cumprirem o cronograma estipulado pela convenção. Algumas empresas foram notificadas novamente para apresentação, em setembro, de Laudo Técnico e da comprovação de capacitação de seus funcionários.
O acordo assinado em abril de 2010 prevê que todas as cerca de 1.300 empresas dos setores, usuárias de prensas mecânicas e hidráulicas e equipamentos similares abrangidas pela convenção, devem instalar dispositivos de proteção ao trabalhador para promover a sua saúde e segurança. Para isso foi estabelecido um cronograma para elaboração e implementação do PPRPS que começou a valer na data da assinatura da convenção e termina em 30 de setembro de 2014.
O formato e a estrutura do acordo têm gerado interesse de sindicatos de outras cidades do estado. “O sindicato metalúrgico de Blumenau já nos procurou e demonstrou interesse em assinar uma convenção coletiva nos moldes da de Joinville. Existe também a possibilidade de elaboração de uma convenção coletiva estadual”, revelou o auditor-fiscal. Em futuro próximo deverá ser promovida uma reunião com a participação de representantes da FIESC e de centrais sindicais para debater o assunto.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Atividade econômica cresceu em ritmo menor em maio, mostra indicador do BC

O crescimento da atividade econômica no país perdeu força, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) ficou em 143,77 pontos, em maio, contra 143,52 pontos em abril, um crescimento de 0,17%. Em abril, em relação a março, o crescimento havia sido maior - de 0,44%, o que mostra um ritmo menor de crescimento ao longo dos meses.
Em relação a maio de 2010 (138,33 pontos), houve alta de 3,93%. Em 12 meses encerrados em maio, o crescimento foi de 5,34%. Até abril, esse crescimento havia sido de 5,76%.
A estimativa do BC para o crescimento da economia (PIB - Produto Interno Bruto) neste ano é de 4%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora e sintetiza informações sobre o nível da atividade dos setores da economia, como indústria, comércio, agropecuária e serviços.
O BC acompanha com atenção o desempenho da atividade econômica, um dos indicadores que servem de base para a tomada de decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em relação à taxa básica de juros, a Selic. Neste ano, o BC já elevou a Selic em 0,50 ponto percentual em janeiro e em março e em 0,25 ponto percentual em abril e em junho. Ao elevar os juros básicos, o crédito no país fica mais caro, que pode provocar a queda no consumo, que por sua vez reduz a inflação.
Portal Economia SC

GIFA - A Meca da Metalurgia.

Mesmo sendo um tempo relativamente curto para grandes mudanças tecnológicas, a cada quatro anos a GIFA, a maior feira de fundição do Mundo, nos surpreende. Este ano com destaque especial a grande quantidade de fornecedores dos mais diversos tipos de equipamentos para o setor metal/mecânico.
A presença da maioria dos fornecedores tradicionais globais, facilita a comparações de equipamentos, insumos e serviços. A troca de idéias entre técnicos e negociadores também é facilitada pelo contato "face-to-face".
A energia presente no evento cria uma áurea única, que envolve todos os que dela participam. Lá é possível ver as tendências da tecnologia e da mudança da posição geográfica das empresas. Destaque para a crescimento da indústria metalúrgica na Índia e na China. Também podemos perceber a participação de empresas de países que não eram participantes ativos da GIFA, como o Iran, por exemplo.
O evento, que aconteceu entre os dias 28 de Junho e 02 de Julho próximo passado, em Düsseldorf, na Alemanha, também é muito importante no aspecto do "networking". Lá podemos encontrar pessoas com as quais normalmente mantemos contatos por e-mail ou telefone. Apesar de todas as mídias sociais disponíveis, o contato pessoal ainda é valorizado e insubstituível. É um local onde podemos rever velhos amigos e fazer novos.
Os contatos se estendem além do horário normal da feira, nos diversos bares e restaurantes da "altstat" de Düsseldorf e arredores.
A GIFA é para os Metalúrgico o que Meca é para os Muçulmanos. Todo metalúrgico deveria pelo menos uma vez na sua vida profissional fazer uma visita a Feira. Quem dos que visitaram a feira, não tem uma boa história para contar?
Nos vemos na GIFA em 2015.

Fonte: Foundry Gate

Governo estuda medidas de apoio à industria do alumínio

Publicada em 2011-07-07
O governo prepara um pacote de estímulos para a indústria do alumínio. As medidas de apoio ao setor, conforme apurou o Valor, envolverão desde estratégias para redução da tarifa de energia, até ações fiscais que incentivem o adensamento da cadeia de produção do metal no país.
Na prática, o governo quer garantir o suprimento do alumínio no mercado interno — ameaçado a depender de importações em alguns anos — e, paralelamente, apoiar a indústria nacional de transformação do metal. O objetivo é dar condições para que o setor continue a ser um grande exportador, e não importador.
Um grupo interministerial já foi montado para estruturar uma política voltada exclusivamente para indústria do alumínio.
Fonte: Valor

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Medidas de incentivos podem sair aos poucos

Claudia Safatle | De Brasília
13/07/2011
Antes de anunciar a nova política industrial, com foco prioritário no desenvolvimento da inovação e da tecnologia, os técnicos e ministros envolvidos na sua montagem vão ter uma reunião com Dilma Rousseff. Hoje, ela terá encontro com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. A divulgação do pacote de medidas de incentivos fiscais para a indústria está prevista para dia 21. Nem todas as medidas, porém, estarão necessariamente nesse conjunto. A revisão dos 11 regimes tributários especiais e a desoneração da folha de salários das empresas podem ficar para um segundo momento.
Com o poder de compra do governo próximo a R$ 70 bilhões este ano, acredita-se que será possível dar bom fôlego para a indústria têxtil, de softwares, equipamentos de saúde, remédios, vacinas e equipamentos de defesa. O que se pretende, embora não seja uma operação trivial, é dirigir as encomendas públicas para esses setores.
A Defesa, por exemplo, será orientada a usar as indústrias têxtil e de calçados nacionais para fazer os uniformes e coturnos das Forças Armadas. Parte do orçamento de compras do Ministério da Defesa, de mais de R$ 15 bilhões este ano, pode ser destinada a esse fim.
Para isso, é preciso regulamentar a medida provisória 495, aprovada no fim de 2010, que concede uma margem de preferência às empresas desses setores, autorizadas a praticar preços até 25% maiores que a concorrência nas licitações para os órgãos públicos.
Na lista de medidas do governo constam, ainda, a possibilidade do crédito imediato do PIS/Cofins pago pelas máquinas adquiridas para produção - o que hoje demora dois anos ou mais e é motivo de queixas dos empresários -, assim como redução de cinco anos para um ano do prazo para depreciação de máquinas e equipamentos.
As medidas de incentivo à indústria serão acompanhadas de objetivos e metas a serem cumpridas nos próximos cinco anos. Com elas o governo acredita que será possível neutralizar uma parte importante dos efeitos adversos que a valorização da taxa de câmbio tem produzido sobre o parque industrial brasileiro.
Uma das metas, nesse caso, será elevar a participação da indústria no PIB dos atuais 18,3% para 19,5%. Outra é aumentar a alocação de recursos públicos para investimentos em ciência e tecnologia, sobretudo em tecnologia de informação e comunicação, que no ano passado correspondeu a 0,8% do PIB, assim como a participação do setor privado, que foi de 0,5% do PIB em 2010.
No caso dos investimentos privados, a ideia é chegar a 0,9% do PIB até 2015. Avalia-se, no governo, que o Programa de Desenvolvimento Produtivo (PDP), da gestão anterior, não teve peso na inovação tecnológica. Além disso, será assegurada a isenção de IPI sobre todos os tipos de bens de capital, de máquinas e equipamentos a material de transporte e bens de informática usados na produção industrial.
Ontem, houve mais uma reunião para discutir esse elenco de medidas no Ministério do Desenvolvimento. As propostas foram apresentadas pelo ministro Fernando Pimentel e espera-se que o lançamento da nova política industrial ocorra ainda este mês. O ministério não quis se comprometer com uma data.
Valor Econômico

Política industrial terá desoneração da folha

Medida, de forte impacto para as empresas, reduziria eventuais críticas à nova política, de que não deve avançar quase nada em outras reduções tributárias
Da Agência Estado
A presidente Dilma Rousseff quer transformar o anúncio da desoneração da folha de pagamentos das empresas na grande estrela da Política de Desenvolvimento da Competitividade (PDC), em elaboração no governo.
A medida, de forte impacto para as empresas, reduziria eventuais críticas à nova política, de que não deve avançar quase nada em outras reduções tributárias, como defende o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Mesmo com o caixa reforçado este ano, a área econômica não vê espaço fiscal para perdas expressivas de arrecadação. "Não há muito espaço para desonerações tributárias. A presidente (Dilma Rousseff) está firme na decisão de fazer a meta de superávit primário este ano", afirmou uma fonte do governo.
As medidas que estão sendo fechadas no Ministério do Desenvolvimento são mais para desburocratizar e reforçar a defesa comercial do país, informou outra fonte. "Não tem nada de substancial, de grande impacto." Outras medidas com custo fiscal estão sendo calculadas pela Receita Federal a pedido do gabinete do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
No leque de medidas em estudo, o governo deve dar estímulos para associações de empresas estrangeiras com grupos nacionais para instalação de unidades de produção no Brasil. Os estímulos poderão ser por meio de incentivos fiscais e concessão de financiamentos de bancos federais. Também deve passar a ser imediata a devolução de PIS e Cofins pagos pela indústria na compra de máquinas. Hoje, o prazo é de 12 meses. A Fazenda afirma que a medida depende de espaço fiscal.
O Ministério do Desenvolvimento quer ainda a redução de cinco anos para um ano da chamada "depreciação acelerada", pela qual as empresas podem declarar o valor pago na compra de máquinas como despesa, reduzindo o lucro e pagando menos Imposto de Renda. E essa é uma das medidas que sofrem resistências da Receita.
As equipes trabalharam até durante o fim de semana para tentar avançar nas medidas. O Ministério do Desenvolvimento trabalha com a data de 21 de julho para o anúncio da PDC. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Revista Amanhã

Vendas da indústria de SC crescem em ritmo lento

As vendas reais da indústria catarinense cresceram 1% de janeiro a maio de 2011. O resultado moderado se deve ao desempenho negativo de oito das dezesseis atividades industriais pesquisadas pela Federação das Indústrias (FIESC).
No acumulado do ano até maio, os setores que registraram maiores decréscimos foram produtos têxteis (-17,5%), móveis (-17,9%), artigos de plástico (-9,7%), produtos de madeira (-9,3%), veículos automotores (-6,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,6%).
De outro lado, os segmentos que tiveram alta no faturamento foram material eletrônico e equipamentos de comunicação (27,6%), metalurgia básica (12,4%), confecções, artigos do vestuário e acessórios (12,6%), celulose, papel e produtos de papel (9,2%) e alimentos e bebidas (6,8%).
As remunerações pagas aos trabalhadores cresceram 5,6% de janeiro a maio. Os segmentos que registraram maior crescimento da folha salarial no período foram material eletrônico e equipamentos de comunicação (29,8%), artigos de plástico (22,2%), máquinas e equipamentos (16,6%), máquinas aparelhos e materiais elétricos (14%) e metalurgia básica (14%).
A capacidade produtiva das indústrias fechou o acumulado do ano com 83,8% contra 85,9% no mesmo período no ano anterior.
Portal Economia SC

terça-feira, 12 de julho de 2011

Emprego industrial cresce em maio, diz IBGE

Contingente cresceu em 12 dos 14 locais pesquisados em maio, frente ao mesmo período do ano passado
Da Agência Estado
O contingente de trabalhadores na indústria brasileira cresceu em 12 dos 14 locais pesquisados em maio, frente ao mesmo período do ano passado, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em todo o País, o emprego industrial registrou expansão de 1,3% na mesma base de comparação.

As principais contribuições positivas foram do Paraná (6,1%), Minas Gerais (3,0%), Região Nordeste (2,3%), Rio Grande do Sul (2,7%) e Região Norte e Centro-Oeste (2,5%). O resultado do Paraná é explicado pelas contribuições dos setores de alimentos e bebidas (14,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (30,7%) e meios de transporte (13,6%).

Entre as atividades, ainda na comparação com maio de 2010, o emprego industrial avançou em 11 dos 18 ramos investigados, com destaque para alimentos e bebidas (3,4%), meios de transporte (7,6%), máquinas e equipamentos (4,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,4%), outros produtos da indústria de transformação (5,7%) e metalurgia básica (7,5%). Na direção oposta, exerceram os principais impactos negativos as atividades de papel e gráfica (-10,2%), vestuário (-4,0%), madeira (-10,2%) e calçados e couro (-3,7%).
Revista Amanhã






Santa Catarina teve a maior queda na produção industrial em maio

A produção industrial apresentou crescimento em 11 dos 14 locais analisados na passagem de abril para maio, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Regional, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, a expansão média registrada no país foi 1,3%, Santa Catarina, porém, registrou queda em todas as comparações.
A indústria de Goiás aparece como a principal influência para o resultado positivo, com crescimento na produção de 15% em maio, após queda de 4,6% nos dois meses anteriores.
Santa Catarina
A maior queda mensal no mês de maio ocorreu em Santa Catarina, com -2,4%. As fábricas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro também apresentaram queda de -0,3% e -1,8%, respectivamente. Em compensação, na produção da Bahia (4,5%), do Amazonas (3,9%), Paraná (3,6%), Pará (2,7%), de São Paulo (1,9%) e do Ceará (1,6%) houve crescimento acima da média nacional.
Em comparação com maio de 2010, a queda na produção industrial de Santa Catarina chega a -9,8%. Já nos cinco primeiros meses do ano, a diminuição é de -3,8% e no acumulado de 12 meses fica em -04%.
A nível nacional, no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, a produção da indústria cresceu 1,8% na comparação com igual período de 2010. Em oito dos 14 locais pesquisados, houve crescimento da atividade industrial. Entre os destaques estão o Espírito Santo, o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul.
Na comparação anual, a produção industrial avançou 2,7% e oito dos 14 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram elevações dos níveis de atividade das fábricas.
Portal Economia SC

Indicadores industriais dão sinais contraditórios

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) acredita em moderação da atividade, mas os indicadores de maio apontam que há setores com larga expansão, em ritmo acima da média dos demais. Somente três setores acusaram queda de produção, na comparação com o mesmo mês de 2010.
Exemplo do dinamismo forte é o setor de produtos de metal, cuja expansão nas vendas reais dobrou de 5,6% em abril para 12,6% em maio, com variação positiva de 12,4% em 12 meses, e de 12,5% no ano. A produção medida por horas trabalhadas subiu 5% na comparação com maio do ano passado.
Em lado oposto, setores mais dependentes do mercado internacional e sensíveis à queda do dólar em relação ao real, como vestuário e madeira, junto com produtos químicos, registraram recuo no faturamento e na produção. O setor de vestuário, segundo a CNI, teve queda no faturamento de 6,7% em maio sobre abril, mês que já mostrava queda de 1,1% ante março.
Tomando-se as 19 atividades pesquisadas pela CNI, os dados de maio mostraram dubiedade. Por exemplo: o faturamento geral recuou 1,3% ante abril, quando excluídos fatores sazonais. Mas cresceu fortemente, em 6,7%, na comparação com maio de 2010.
Também o emprego (0,4%) e a utilização da capacidade instalada (82,4%) mostraram alta em maio sobre abril (82,2%), em dados dessazonalizados. Em maio de 2010 o indicador se encontrava em 82,8%. Madeira foi o único a ter queda (5,7%) no emprego. Na comparação com maio de 2010, o acréscimo foi de 3,1%. E em 12 áreas, a capacidade instalada evoluiu positivamente. O nível de emprego industrial, na comparação com maio de 2010, teve acréscimo de 3,1%.
As horas trabalhadas na produção da indústria tiveram baixa de 0,5% entre abril e maio, pelo critério dessazonalizado. Quanto à massa salarial real da indústria de transformação, foi apurado avanço de 1,8% na base mensal.
Mesmo com números contraditórios, o economista responsável pela coleta e processamento dos indicadores da CNI, Marcelo de Ávila, diz que há "moderação da atividade". Para ele, os indicadores deste ano ainda estão alavancados pelo forte crescimento econômico de 2010. Ele sustenta também que o impacto do aumento da taxa básica de juros Selic, iniciado em janeiro, ainda não foi sentido de forma completa por alguns setores da economia.
Valor Econômico

Mínimo regional só vale sem negociação

O Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT/SC) entende que o salário mínimo regional de Santa Catarina só vale quando não há negociação coletiva entre os sindicatos de empresas e de empregados.
O TRT julgou ontem a primeira ação relativa ao mínimo regional no Estado e decidiu que as empresas ligadas ao Sindicato das Indústrias Gráficas da Grande Florianópolis não serão obrigadas a pagar o mínimo regional porque existe a convenção coletiva de trabalho.
A ação que defendia a prevalência do valor do mínimo regional foi movida pelo Ministério Público do Trabalho.
A decisão do tribunal catarinense segue o Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou, em março, a ação da Confederação Nacional do Comércio e da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) na qual decidiu que o mínimo regional do Estado não se aplica a trabalhadores que negociam pisos salariais com os empregadores, por meio dos respectivos sindicatos ou federações.
No entendimento do Supremo, deve prevalecer a lei trabalhista nacional.
Fonte: Informe Econômico, por Estela Benetti, no Diário Catarinense

Comissão de Trabalho da Câmara (CTASP) aprova medida para sustar do Ponto Eletrônico

Em reunião ordinária realizada nessa manhã, a CTASP (Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público) aprovou o parecer do Deputado Ronaldo Nogueira, Relator de PDC 2839/2011, para sustar a Portaria 1.510/2009.

Abaixo, relatório oficial incluído no site da Câmara dos Deputados. 

    "7 - PDC 2839/2010 - do Sr. Arnaldo Madeira - (PDC 4/2011) - que "susta a Portaria nº 1.510 do Ministério do Trabalho e Emprego, de 21 de agosto de 2009, publicada no Diário Oficial da União de 25 de agosto de 2009". (Apensados: PDC 2847/2010 e PDC 4/2011 (Apensados: PDC 5/2011 e PDC 6/2011)) Explicação: Que disciplina o registro eletrônico de ponto e a utilização do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto.

    RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEIRA.

    PARECER: pela aprovação deste e dos PDCs nºs 2.847/10, 4/11, 5/11 e 6/11, apensados.
    RESULTADO:

    Aprovado por Unanimidade o Parecer."

Fonte: Blog RT

terça-feira, 5 de julho de 2011

Importação de máquinas e equipamentos bate novo recorde

(03/07/2011) - Em maio de 2011, a importação de máquinas e equipamentos registrou novo recorde mensal, totalizando US$ 2,7 bilhões, superando recorde anterior do mês de setembro de 2010.
No período janeiro a maio de 2011, as importações somam US$ 11,6 bilhões, volume 33,7% superior ao mesmo período do ano passado. Com esse resultado sobe para US$ 7,2 bilhões o déficit comercial da balança do setor que, no mesmo período, exportou US$ 4,4 bilhões (cerca de 30% mais que de jan-maio de 2010.
Para o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, é necessário que o governo invista em ações e medidas que possam reverter os processos de desnacionalização, reprimarização e desindustrialização enfrentados pelo País. “Os dados mostram que o quadro do setor piora a cada dia. Se a exportação de produtos primários continuar crescente, assim como a importação de produtos industrializados, o Brasil fatalmente eliminará o seu segmento industrial, caminhando rumo a uma volta aos tempos de colônia”, afirma.
Aubert destaca a necessidade de condições que permitam à indústria nacional competir de forma mais justa com seus concorrentes estrangeiros. “Para isso, precisamos melhorar as condições de financiamentos, reduzir a taxa de juros e a carga tributária, resolver o problema do câmbio valorizado, eliminar o Custo Brasil e desonerar os investimentos”.
Usinagem Brasil

Produção se recupera e sobe em maio

A produção industrial em maio cresceu 1,3% sobre abril, feito o ajuste sazonal, recuperando-se do tombo do mês anterior - cujo resultado foi revisado para cima elo IBGE. Em vez de uma queda de 2,1% em relação a março, houve um recuo mais modesto, de 1,2%. No entanto, também houve uma mudança em todos os dados anteriores, desde janeiro de 2010, mostrando "um crescimento menor no início do ano de 2011 do que previamente divulgado", como notou o Banco Fator, em relatório. A produção de março subiu apenas 0,3% sobre fevereiro, e não 1,1%. No ano, a indústria cresce 1,8% e no acumulado em 12 meses, 4,5%.
O crescimento da produção industrial em maio, ainda que robusto, não foi visto pelos analistas como uma retomada firme, porque indicadores referentes a junho sugerem um quadro pouco animador para o segmento. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do HSBC, por exemplo, recuou de 50,8 pontos em maio para 49 pontos em junho, ficando abaixo de 50 pela primeira vez desde novembro de 2010. Um indicador abaixo de 50 indica retração da atividade industrial.
Mesmo com essas ressalvas, o patamar da produção industrial em maio atingiu o novo recorde da série histórica, iniciada em 1991, ficando 0,1% acima do recorde anterior, atingido em março. Apesar disso, o ritmo de crescimento é visto pelo IBGE como "mais moderado". Para o gerente da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. a "indústria alcançou o patamar de março, mas já com movimento de menor intensidade de crescimento".
Os maiores destaques de maio foram os setores de bens duráveis, com alta de 2,7% sobre abril, e de bens de capital, com avanço de 1,7%. Macedo lembrou que, no mês anterior, a produção desses dois segmentos havia caído com força. (SL e Rafael Rosas, do Rio)
Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Indicadores industriais de junho apontam atividade mais fraca

Duas pesquisas com empresários feitas em junho reforçaram a percepção de desaceleração da atividade na indústria no segundo trimestre, indicando que a recuperação esboçada pelo setor no início do ano foi um movimento pontual. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou pela sexta vez seguida no mês passado, caindo 2,5% em relação a maio, passando de 109,9 para 107,1 pontos, feito o ajuste sazonal, de acordo com a Sondagem da Indústria da Transformação da Fundação Getulio Vargas (FGV). A retração foi puxada pelo Índice de Situação Atual, que caiu de 111,6 pontos em maio para 107,7 pontos no mês atual. Aumentou a fatia das empresas que pretendem demitir nos próximos três meses, ao mesmo tempo em que diminuiu as que planejam contratar no período.

Já o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do HSBC caiu de 50,8 pontos em maio para 49 pontos no mês passado, também na série livre de influências sazonais. Foi a primeira vez, desde novembro de 2010, que o indicador ficou abaixo de 50, o que sugere retração na atividade industrial. Quando o número fica acima de 50, a leitura é de alta.

O economista Aloisio Campelo, coordenador de sondagens conjunturais da FGV, chama atenção para o fato de que a queda na confiança da indústria foi generalizada em junho. Dos 14 setores consultados, 11 registraram recuo na confiança, dois estabilidade e apenas um alta. "O espalhamento denota a desaceleração sentida na indústria como um todo."
Para ele, a retração da demanda interna, após a adoção das medidas macroprudenciais para controlar o crédito, e o aumento da taxa de juros básica podem ter afetado a confiança das empresas no futuro e piorado sua percepção sobre o momento atual. As empresas, segundo Campelo, também estão com maior dificuldade para reajustar os preços, o que acaba por reduzir a margem de lucro das companhias.

"Os preços estão cedendo um pouco, o que, somado a um período maior de vendas um pouco mais fracas, fez com que a indústria perdesse a confiança num ritmo mais forte do que nos meses anteriores", disse Campelo.

Na leitura de junho do Índice de Preços Geral-Mercado (IGP-M), divulgado anteontem pela FGV, todos os estágios de produtos industriais tiveram deflação, com queda de 0,5% em bens finais, 0,47% em matérias-primas brutas e 0,39% em bens intermediários.

Segundo o economista da FGV, a redução da demanda interna acabou por afetar também as perspectivas do empresariado para os próximos seis meses e a pretensão da indústria em relação ao emprego. O Índice de Expectativas teve seu quarto recuo consecutivo ao atingir 106,5 pontos em junho.

Das 1.146 empresas consultadas pela pesquisa, 30,2% afirmaram pretender aumentar seu quadro de funcionários nos próximos três meses, abaixo dos 32,8% apurados no mês anterior. O número de empresas com planos de demitir, por outro lado, aumentou: essa parcela ficou em 11,3% no atual mês, contra 10,1% em maio. Em janeiro, os empresários que pretendiam dispensar empregados eram apenas 4,5% do total.

Os dados de emprego industrial chamaram a atenção de Thovan Tucakov, da LCA Consultores. "Esses números vão ao encontro do que já observamos no Caged: uma redução no ritmo de contratação da indústria". Segundo o Ministério do Trabalho, nos primeiros cinco meses do ano a indústria criou 221.367 vagas formais, número 37% inferior aos 349.663 postos concentrados no setor no mesmo período de 2010.

O analista acredita que as consecutivas quedas no otimismo do empresariado irão resultar em menos produção industrial. Para a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) de maio, a ser divulgada hoje, Tucakov prevê um crescimento de 0,8% da produção nacional. Para 2011, a LCA projeta que a indústria crescerá 3%.

O nível de utilização de capacidade da indústria de junho ficou em 84,3%, feito o ajuste sazonal. Houve uma pequena queda em relação aos 84,4% registrados em abril e maio, um nível que não causa grandes preocupações. Em outubro de 2010, o nível de utilização de capacidade instalada chegou a 85,2%.

Já o relatório do PMI, do HSBC, mostrou que "os fabricantes brasileiros relataram um nível mais baixo de produção em junho, encerrando assim o período de crescimento da produção que começou em novembro passado." A pesquisa captou queda do volume de novos pedidos, "com as empresas citando os mercados mais fracos e a intensificação nas pressões por parte dos concorrentes".

Segundo o economista-chefe do HSBC, André Loes, "os componentes do índice corroboram o cenário de desaceleração generalizada, uma vez que os índices de produção, novos pedidos e emprego caíram abaixo de 50 pontos em junho". Ele observa ainda que "a alta de preços de insumos e de bens finais foi menos intensa que nos meses anteriores, mas os preços permanecem em trajetória de alta."

As empresas consultadas também relataram um acúmulo marginal nos estoques de bens finais, além de informarem ter diminuído o volume de insumos adquiridos, por conta de necessidades menores para produção. Nesse cenário, os estoques de insumos também recuaram.

O PMI é um termômetro da atividade industrial, baseado em pesquisa com mais de 400 executivos, que respondem sobre itens como produção, encomendas, emprego, pedidos de exportação, estoques e preços de bens finais e de insumos.
fonte: Valor Econômico

Falta de mão de obra qualificada preocupa empregadores de Joinville

Portal Mais Emprego é apresentado como forma de amenizar o problema
— Temos muitas oportunidades em Joinville e região, mas faltam pessoas qualificadas —, disse o vice-presidente da Brasil Recursos Humanos de Joinville, Fábio Luís de Oliveira, no Fórum Municipal de Políticas Públicas de Qualificação e Intermediação de Mão de Obra, que aconteceu nesta quinta-feira, na Acij.

A frase reflete a preocupação em qualificar trabalhadores para estarem aptos a um emprego.

— O desafio das empresas, hoje, é investir na capacitação dos funcionários —, completa Oliveira.

Segundo o vice-presidente, a falta de profissionais qualificados está na área de serviço – panificação – e na indústria – desde a parte operacional até a mais técnica.

O superintendente do Ministério de Trabalho e Emprego em SC, Carlos Arthur Barbosa apresentou o Portal Mais Emprego (http://maisemprego.mte.gov.br), que será lançado este mês no Estado. O site integrará o banco de dados (Sine, da Caixa Econômica Federal e do Ministério do Trabalho) de seguro-desemprego, qualificação profissional e intermediação de mão de obra.

— Será um local onde as empresas poderão disponibilizar as vagas, onde o trabalhador poderá anexar currículo e ainda se profissionalizar —, explicou.
A partir de 2012, quem for sacar o seguro-desemprego participará de um curso profissionalizante.

— Por meio do Pronatec, um programa do governo direcionado para capacitação. As atividades serão nas estruturas técnicas federais espalhadas pelo Brasil —, acrescenta o superintendente.
A NOTÍCIA

Salário de brasileiros com ensino superior cresce menos que a média

O excesso de pessoas formadas em algumas carreiras, a carência em outras com alta demanda e o aumento de renda das classes D e E são as causas da estagnação salarial dos brasileiros com nível superior no período de 2003 a 2010.
A análise é feita pelo técnico em planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Paulo Meyer Nascimento, ao comentar a recente Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, cujos resultados mostram que os salários dos profissionais de nível superior tiveram, no período, elevação de 0,3%, enquanto a média salarial no país cresceu 19%, em ambos os casos descontada a inflação.
A situação "é um reflexo de como tem se dado o crescimento no Brasil nos últimos anos, puxado principalmente pela inclusão de um contingente grande pessoas que estavam alijadas do consumo e também da própria heterogeneidade da formação de ensino superior", analisa Nascimento.
"No Brasil existe um viés muito grande para formar administradores, advogados e educadores, o que não é necessariamente ruim, o problema é formar pouco pessoal de caráter mais técnico-científico, como engenheiros, profissionais mais ligados a setores de pesquisa e desenvolvimento tecnológico". Isso significa que nas carreiras de ensino superior cuja carência ainda é grande o crescimento na remuneração foi bem superior à média. São "engenheiros, tecnólogos e profissões mais relacionadas ao setor produtivo mesmo e a tecnologia", afirma.
Qualidade da formação
Para Nascimento, a carência de profissionais qualificados pode estar associada à qualidade da formação. "Em que medida há uma escassez mesmo, ou se é em alguns setores ou algumas funções que precisam mais de especialização?", questiona. "Isso é um problema de qualidade, ou seja, ter o profissional com o diploma necessário, mas não com as competências e habilidades que o mercado está realmente demandando; às vezes há uma carência da qualidade da formação também", afirma Nascimento.
A constatação explica os resultados de outro estudo, este realizado pela Fundação Getúlio Vargas em 2010, também com base na PME do IBGE. Segundo a análise, as pessoas que passam por cursos técnicos, superiores de tecnologia ou qualificação profissional têm 48% mais chances de obter emprego e têm salários em média 13% maiores que os demais trabalhadores.
Ex-aluno de cursos técnico e superior de tecnologia do Senai em Luzerna, Paulo Dalpiva, confirma esta pesquisa. "Dos 21 anos até os 30, eu consegui formar um patrimônio significativo, o que me foi possível graças às boas opções de trabalho que os cursos me proporcionaram", explica. Ele salienta que, além do conhecimento e da competência técnica, a dedicação e o comprometimento com as atividades são relevantes para o sucesso na profissão.
Com informações do fiesc.net
Fonte: Portal Economia SC